Uma entrevista de 1999. Artigos e notas sobre exposições entre 1991 e 2006: ver no Scribd ou academia.edu
e
O Marquês de Pombal, em Vila Real de Santo António, 2009
Uma entrevista de 1999. Artigos e notas sobre exposições entre 1991 e 2006: ver no Scribd ou academia.edu
e
O Marquês de Pombal, em Vila Real de Santo António, 2009
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Tags: D. Sebastião, João Cutileiro, Lagos, Monumento ao 25 de Abril
1991, Dezembro, 28 (Expresso Revista, pp. 24-26)
Por ocasião de duas exposições na Gulbenkian, "Celebració de la Mel" e Tàpies nas colecções europeias, sobre as quais escreveu nas mm páginas J.L.Porfírio. (O confronto desigual com os conceptuais espanhóis dos anos 70 bem como as excomunhões dos realistas, como Lopez Garcia, não são aqui referidasa; e a agressividade comercial de Tàpies e família confere igualmente um lado obscuro ao personagem de ascético retrato formal. A sua Fundação em Barcelona manteve uma ecléctico programa internacional com o seu 1º director, Manuel Borja-Videll)
Cronologias e índice
A . Do MNAC ao Museu do Chiado
No centenário do decreto fundador do Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC), de 26 de Maio de 1910: entrada de 27 Maio 2011 sobre as comemorações
(1ª parte) o encerramento antes do incêndio (notas de exposições 1988 e 89, O MNAC fora de portas): nota sobre ARTE DO SÉCULO XIX, Palácio da Ajuda, 1 Abril 1988
e nota "Colecção do MNAC" ("Colecção de de Pintura Portuguesa 1842-1979", Pal. de Queluz - Julho 89/Julho 90), 5 Agosto 1989
Depois do incêndio: "O próximo MNAC", cx de 13 Janeiro 1990 (O museu fora encerrado em 1987, passando a considerar-se a possibilidade de o instalar noutro local. Pelo despacho nº 37/89, de 10 Abril, Teresa Gouveia nomeia RHS para dirigir o tratamento da colecção, referindo a adaptação do local a galeria de exposições, até à ulterior redefinição dos espaços e da segurança do antigo MNAC).
A re-inauguração: "Salvo pelo fogo", artigo de 12 Julho 1994, Revista pp 24 a 27. + Cx "Ex-MNAC", a cronologia dd 1987 (encerramento), 25/26 de Agosto de 1988 (incêndio), 1989 a 1990-94 + inclui notícia de 14 Dezembro 1991 sobre oferta francesa da maquete
Fototeca do Palácio Foz
Arquivo Municipal. Lisboa
Arquivo Nacional de Fotografia
Centro Português de Fotografia (1996, 1997, 1998/99: DRC/Casa das Artes, Porto, Cadeia da Relação + Torre do Tombo)
"O Centro Português de Fotografia foi criado pelo Decreto-Lei n.º 160/97, publicado no Diário da República de 25 de Junho de 1997, com sede no edifício da Ex-Cadeia e Tribunal da Relação do Porto, desafectado em 29 de Abril de 1975.
As salas de exposição do rés-do-chão foram utilizadas nesse mesmo ano, a partir de Dezembro, mas o edifício só seria ocupado na sua totalidade pelo CPF em 2001, depois de restaurado a adaptado à sua nova função, pela equipa dos Arquitectos Eduardo Souto Moura e Humberto Vieira.
Em 2007, e no quadro das orientações definidas pelo Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE), o Centro Português de Fotografia foi extinto por fusão com o Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo. Desta decisão resultou a criação da Direcção-Geral de Arquivos, com sede em Lisboa, actual entidade de tutela do CPF (Decreto-Lei 93/2007 de 29 de Março e Portaria 372/2007 de 30 de Março)."
Arquivo Fotográfico de Lisboa (CPF/TT): em 1998 anunciou-se a construção um edifício próprio
Actualm. (2011) o CPF depende directam. do director da Direcção Geral de Arquivos (DGARQ) e existe um Núcleo de Arquivo Fotográfico entre os serviços do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, tb. integrado na DGARQ
Instituto dos Arquivos Nacionais/ Torre do Tombo (1997-2007, extinto pelo PRACE), agora Direcção Geral de Arquivos (DGARQ) - Decreto-Lei n.º 93/2007 , pdf: "Este organismo foi criado na sequência da extinção do Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo (IAN/TT) e do Centro Português de Fotografia (CPF), que sendo objecto de fusão, mantiveram as respectivas identidades. É dirigida por um director-geral, coadjuvado por dois subdirectores-gerais e integra, para além dos serviços centrais, os arquivos dependentes, de âmbito nacional – Arquivo Nacional da Torre do Tombo e o Centro Português de Fotografia – e regional. O Guia de Fundos Fotográficos da TT abrange a documentação fotográfica do Centro Português de Fotografia e do antigo Arquivo Fotográfico de Lisboa.
1 - ARQUIVO NACIONAL DE FOTOGRAFIA
Arquivos de fotografia em Encontro Nacional
DN 23 Nov. 1982, recorte
(iniciativa do ANF ), Palácio da Ajuda. José Luís Madeira, responsável pelo ANF; Natália Correia Guedes, IPPC
2 - A COLECÇÃO NACIONAL (1989-1996)
1. comemorações do 150º aniversário da divulgação da fotografia, criação da Colecção Nacional de Fotografia ou Colecção SEC
«1839-1989 / Um Ano Depois / Colecção Nacional de Fotografia», "Modos de ver" , 11 Jan. 1991
2. Entrevista com Jorge Calado, "Uma árvore tem muitos ramos", 23 Fev. (ver CPF)
3. Roubadas fotos da colecção da SEC, 11-02-1995, pp. 4 e 5 (Colecção nº 3 - ver CPF)
4. FOTOGRAFIAS DA SEC, «A Ordem do Ver e do Dizer», exp. de Teresa Siza, Casa de Serralves, 11-03-95: notas (Colecção nº 4 - ver CPF)
5. (A colecção em Serralves desde 1994, exposta em 1995, vai ser atribuída ao CPF): "Serralves sob pressão - parte II”, 17-08-96 (Colecção nº 5 - ver CPF)
O Centro Português de Fotografia foi criado pelo Decreto-Lei n.º 160/97, publicado no Diário da República de 25 de Junho de 1997, com sede no edifício da Ex-Cadeia e Tribunal da Relação do Porto, desafectado em 29 de Abril de 1975.
As salas de exposição do rés-do-chão foram utilizadas nesse mesmo ano, a partir de Dezembro, mas o edifício só seria ocupado na sua totalidade pelo CPF em 2001, depois de restaurado a adaptado à sua nova função, pela equipa dos Arquitectos Eduardo Souto Moura e Humberto Vieira.
Em 2007, e no quadro das orientações definidas pelo Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE), o Centro Português de Fotografia foi extinto por fusão com o Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo. Desta decisão resultou a criação da Direcção-Geral de Arquivos, com sede em Lisboa, actual entidade de tutela do CPF (Decreto-Lei 93/2007 de 29 de Março e Portaria 372/2007 de 30 de Março).
3 - ANF: 1994 1995
O ANF nunca teve a sua existência legalmente definida, esteve? integrado como Divisão de Fotografia no antigo Instituto Português do Património Cultural; em 1991 passou para a dependência do IPM, ficando a aguardar regulamentação específica. No entanto, desde 1986? (1981?), e em especial?! desde 1987, que o ANF se dedica à conservação, tratamento e estudo de espólios fotográficos, alguns adquiridos e outros doados ou depositados, depois de ter ganho a confiança de autores e herdeiros. Conta em 1996 com muito mais de três milhões de imagens, muitas dezenas de aparelhos e várias bibliotecas, que justificariam a criação de uma unidade museológica (ver «Conservar e produzir», EXPRESSO/Revista de 9/7/94). ?
Exposições do ANF/IPM
1. COLECÇÃO FLOWER, Museu do Chiado: o calotipista Frederick William Flower apresentado pelo Arquivo Nacional de Fotografia. Ver 09 julho 94, Revista: Frederick Flower "Uma família inglesa"
Frederick William Flower - Um pioneiro da fotografia portuguesa
Museu do Chiado / Lisboa Capital Europeia da Cultura, 29 de Junho a 31 de Agosto 1994
Comis. científica Vitória Mesquita, comis. adjunto José Pessoa (Arquivo Nacional de Fotografia)
Cat. Electa.
SAN PAYO, Museu do Chiado (4-11-95) O Arquivo Nacional de Fotografia, entidade informal ou serviço do Instituto Português de Museus (alguém irá finalmente dar-lhe agora existência legal e estatuto condigno?), revela um dos espólios que recebeu e conserva.
4 - CPF, 1996...
o grupo de trabalho nomeado em 1996
1 - “Fotografias desfocadas” - 30-03-96: aqui
2 - “Orientar a criação” - 30-03-96
3 - «Segredo fotográfico» - 26-10-96: para a Cadeia da Relação?
4 - “A gestão do segredo” - 1-11-96: inclusão do ANF
5 - “Foto-novela” - 14- 12-96
1998 - "Fotografia na Torre do Tombo" (Expresso Actual de 06-11-98, por António Henriques)
O património do Palácio Foz vai ser dividido por três instituições (CPF, BN e TT)
O ARQUIVO Fotográfico de Lisboa, serviço regional do Centro Português de Fotografia (CPF), vai ser construído de raiz em terrenos anexos ao edifício da Torre do Tombo, prevendo-se que esteja finalizado em 2001. O novo edifício, para o qual será lançado um concurso de ideias no próximo ano, vai receber os espólios fotográficos depositados na Fototeca do Palácio Foz, bem como a fotografia histórica que se encontra no Palácio da Ajuda, no Arquivo Nacional de Fotografia, que ocupa o antigo laboratório de Física do Rei D.Carlos.
EXPOSIÇÕES de CPF (e anexos)
“Alfândega Nova, O Sítio e o Signo / The Site and the Sign”, Museu dos Transportes e Comunicações, Porto - Expresso Revista de 03-03-95: “Porto revisto” - Um projecto fotográfico para ver a Alfândega Nova no momento em que se lhe procura um novo destino + nota: 11-03-95
Aurélio Paz dos Reis
Casa das Artes, Porto (21-12-1996)
Cadeia da Relação, Porto (31-12-1998)
Palácio Foz (13- 11- 1999), "À procura de um autor"
Aurélio Paz dos Reis
Cadeia da Relação, Porto
(31-12-1998)
Depois de uma primeira apresentação do fotógrafo (1862-1931) por ocasião do centenário do cinema, de que foi um dos pioneiros em Portugal, espera-se que esta seja a «edição crítica» que, através das provas originais (foram 2464 os positivos entregues ao CPF) e também das imagens impressas nas publicações da época (expondo as próprias páginas da «Ilustração Portuguesa»), permita situar a obra no seu tempo e avaliar o entendimento e o uso da fotografia por parte de A.P.R. Embora o tratamento do espólio de 9260 negativos de vidro seja aliciante por constituir um extenso acervo de imagens da cidade e da vida quotidiana do Porto das primeiras décadas do séc., e também de acontecimentos tão significativos como a implantação da República, importaria conhecer as fotografias com que se fez representar nas Exposições Universais de 1900 e 1904, e noutras posteriores; importaria mostrar e dar a entender o gosto tardio pelas vistas estereoscópicas (que tinham tido voga internacional nas décadas 70 e 80 do séc. anterior); importaria avaliar, através das imagens que ele próprio imprimiu e divulgou, vistas nos formatos e processos que usou (e não através de «inéditos»), a sua prática de foto-repórter amador e talvez depois profissional, contemporâneo de Joshua Benoliel, a sua distância em relação à escola documental de Emílio Biel ou à fotografia artística internacional do seu tempo, já marcada pelos processos pigmentares. Em suma, espera-se que o CPF saiba recentrar a investigação do passado da fotografia sobre as provas de época e resista à tentação de entender os negativos de um autor de há sete ou oito décadas como materiais livremente manipuláveis segundos os gostos e as técnicas de hoje (expondo, por exemplo, caixas de luz, dípticos e outras montagens sequenciais ou quadros fotográficos, não identificados como recriações). Mas será possível mostrar provas «vintage» nas enxovias da Relação? (Até 28 Fev.)
Paulo Catrica
Cadeia da Relação
05-09-1998
O Centro Português de Fotografia apresenta um novo fotógrafo, nascido em Lisboa em 1965, com aprendizagem no Ar.Co, em 1985, e formação em História, professor de fotografia e graduado em Imagem e Comunicação no Goldsmith College, de Londres, em 1997. Sob o título «Periferias», P.C. expõe um trabalho de encomenda do CPF, com 30 fotografias realizadas nos concelhos limítrofes do Porto, com edição de um catálogo em que se inclui um texto analítico de Ian Jeffrey. Catrica exclui das suas imagens as pessoas e o movimento dos carros, bem como (quase sempre) as variações do céu, trabalhando com a primeira luz da manhã; as suas imagens desenham-se segundo os processos de observação da paisagem definidos pela Nova Topografia, com informação também colhida em John Davies ou Gabriele Basilico e na objectividade da «escola» alemã. Aplicado com rigor, o método não é aqui um mero exercício de estilo, mas um instrumento eficaz para reconhecer a paisagem local e o original absurdo de uma muito particular sedimentação de tempos e formas de vida pré e pós-moderna. (Até 13)
Livro de Viagem
Cadeia da Relação
20-03-99
Organizada para Frankfurt 97 por Tereza Siza e já mostrada também no CCB, é uma antologia da fotografia portuguesa conduzida pelo tema da diáspora ultramarina e em geral pela ideia de viagem, tomando embora largas liberdades com tal programa de modo a incluir itinerários históricos cumpridos no interior do país (de Frederick Flower aos «pioneiros» dos anos 50/60 - mas sem Benoliel e Castello Lopes) e também autores contemporâneos alheados da observação do mundo e dos outros. A nova montagem, revista na sua sequência e algo ampliada, atribui toda uma enxovia da Cadeia à edição de Lisboa Cidade Triste e Alegre, trocando a ordem dos autores para Costa Martins/Victor Palla, sem razão compreensível, e reúne algumas páginas da maqueta original a provas oriundas de diversas colecções, mostradas sem as suas datas de reimpressão - o mesmo se passa com Fernando Lemos, embora já nos casos de Paz dos Reis e de Orlando Ribeiro se proceda à correcta datação e atribuição das novas tiragens. Entretanto, assinale-se a identificação de Agostiniano de Oliveira como autor da colecção do Museu do Dundo, antes anónima. Outra sala é atribuída a Carlos Calvet e a Paulo Nozolino, este com uma vasta selecção de 20 anos de trabalho, entrada na colecção do Centro Nacional de Fotografia sob o título «Los Angeles-Tokyo», e mais uma a Fernando Lemos e Jorge Molder, sob a epígrafe «Percursos em torno do objecto fotográfico». O gosto pelas classificações sem sentido prossegue no capítulo «Inventar um signo, revisitar uma ideia», que inclui José M. Rodrigues (portfolio «Viagem», 1997) ao lado de Helena Almeida e Valente Alves, enquanto outro espaço é intitulado «Viagens» e apresenta Aurélio Paz dos Reis, Domingos Alvão (com o trabalho no Douro para o Instituto do Vinho do Porto), Orlando Ribeiro e Albano Silva Pereira - estabelecendo também neste caso a amálgama entre projectos totalmente distintos. Do mesmo modo, «O Labirinto da Saudade» será uma designação improcedente para apresentar António Leitão Marques, António Júlio Duarte e Mariano Piçarra, com que se completa aqui a selecção contemporânea. Importa, aliás, notar o carácter sempre vago e arbitrário dos textos que acompanham os autores ou os tópicos em que se incluem, trocando a informação necessária por comentários supostamente literários (exemplo: «Inquieto e inquietante, Paulo Nozolino carrega, como aquele Fernão de Magalhães que não chegou a dar a volta ao mundo, o inconformismo com o país, a história, a claridade»). O levantamento das imagens coloniais, iniciada nos Encontros de Coimbra, é uma linha de trabalho que mereceria ser continuada. (Até 3 Abr.)
Antes no CCB: 05-09-1998
Depois da operação Europália'91 (Charleroi e Gent, não vista em Portugal), a oportunidade da Feira de Frankfurt proporcionou um novo ensaio de reconsideração histórica da fotografia portuguesa (1854 -1997), que ganhou com os temas da viagem e do Império, adequados às celebrações em curso, a possibilidade de compensar as lacunas da investigação e das colecções nacionais. Com ausências menos explicáveis (Castello Lopes) e com algumas presenças demasiado excêntricas, o projecto de Teresa Siza é por vezes inconsequente, mas fica como mais uma etapa de um processo em aberto. (Até dom.)
Eva Besnyo
Cadeia da Relação, Porto
16-10.99
Húngara como tantos outros grandes fotógrafos, instalada em Amsterdão desde 1932, não é um nome conhecido, mas descobre-se com imenso prazer e proveito, graças a José Manuel Rodrigues, vindo da Holanda e que algo lhe ficou a dever (como Ed Van der Elsken, exposto há tempos). O empenhamento do seu olhar não cabe nas classificações estilísticas (modernismo, construtivismo, humanismo...) e alimenta-se sempre de uma emocionante intimidade com os modelos, como se tudo passasse pelo seu quotidiano pessoal. Os retratos são admiráveis (foi amiga da grande pintora Charley Toorop) e as fotografias de crianças estão no topo do «género»; o catálogo é uma excelente edição. (Até dom.)
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depois de 1989... (as comemorações do 150º aniversário da divulgação da fotografia, a criação da Colecção Nacional de Fotografia ou Colecção SEC)
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ENTREVISTA
Uma árvore com muitos ramos
23 Fev. 1991, Revista, pág. 37R
Como se faz uma colecção de fotografia? O projecto estava definido à partida ou houve uma grande margem de acaso?
JORGE CALADO - Foi tudo feito muito intuitivamente e, no entanto, ao organizar o catálogo e a exposição, ao escrever o texto para tentar integrar as várias imagens, eu próprio fiquei espantado por haver vários fios condutores ... , porque, de facto, está tudo ligado.
Evidentemente que achava que o dinheiro não era muito e que tinha de ser económico na maneira de o gerir. Mas havia duas ou três ideias prévias: por um lado, devia constituir núcleos que fizessem um certo sentido, e depois saltitar um bocado pela história da fotografia até aos anos 40-50, isso por uma questão de opção, porque achei que havia fotografias que eram fáceis de obter em boas condições financeiras neste momento, mas que se se esperasse mais um ou dois anos já não seria possível comprá-las. Por outro lado, procurei não ir atrás dos chavões, isto é, daquelas imagens que toda a gente conhece e vêm reproduzidas em todos os livros. Há, julgo eu, só uma excepção óbvia que é a fotografia da Dorothea Lange da mãe migrante, mas há uma história por trás daquela mulher que sempre me sensibilizou e que aliás conto no texto. E há um outro facto ainda: esta fotografia foi impressa a partir do negativo original mas não pela D. Lange; foi impressa pelo Arthur Rothstein, que era também um dos grandes fotógrafos do mesmo movimento da FSA (Farm Security Administration), e há nela uma condensação de história que me interessou: quem a tirou, quem a imprimiu, etc...
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Tags: Jorge Calado
EXPRESSO Cartaz 15 Junho, pág. 13
"Público e privado"As primeiras três obras instaladas no âmbito do programa de «Arte Pública» incluído nas Festas de Lisboa (as obras de Cerveira Pinto, Leonel Moura e Pedro Portugal) têm a caracteristica comum de associarem a intervenção artística a conteúdos ou processos próprios da acção e propaganda políticas, o que não ocorrerá com outras anunciadas intervenções na cidade (de José de Guimarães, Xana, Marta Wengorovius, Teresa Dias Coelho, Henrique Cayatte ... ).
com fotografia de Luiz Carvalho:
"Leonel Moura (e Taveira): Amoreiras"
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EXPRESSO Cartaz Actual de 27 Julho 1991
"Crime no Areeiro"
DAR o nome de Francisco Sá Carneiro à praça que é o emblema da cidade do Estado Novo já tinha sido a mais absurda exibição de ignorância dada pelos governantes que se enfeitam com a sua herança política. Se lessem o Professor França, mesmo em edição de bolso, eles saberiam que «depois da Praça do Comércio pombalina, da rotunda ter minal da Avenida da Liberdade fontista, esta nova praça (o Areeiro), com a monumentalidade dos seus edifícios habitacionais de grande 'standing', em parte sobre arcadas e com um torreão ao topo, ía ser a praça ordenativa e distributiva da nova ci dade salazarísta».
com a fotografia da Clara Azevedo
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ARQUIVO / Expresso Revista de 23 Novembro 1991 , pág 12
"Antigos e novos feitos"
(Na entrada de novo governo, depois de Santana Lopes I)
ENTRE as pressões contrárias do calen dário e do orçamento estar-se-ão certamente a procurar, na Ajuda, as respostas para várias questões herdadas no terreno da Cultura. Por exemplo, ao acaso: como o Outo no vai adiantado, não se devia conhecer já a temporada de S. Carlos? Estão a programar-se com a prudente antecedência os primeiros anos do Centro de Belém, depois da inauguração efectiva ser adiada para 93? Ou, passando logo às vertentes de representação externa: retocam-se os programas culturais e festivos com que se desejou preencher as noites de alguns burocratas comunitários arrastados a Lisboa por seis meses, graças à fatal itinerân cia da capital europeia? Preparam-se museus e festivais, palácios e catedrais, para acolher melhor uns milhares de turistas culturais que virão no próximo ano ao engodo europaliano? Estudam-se os convites para participar na torrente de programas espanhóis de 92, em Madrid e Sevilha? Vão mobilizar-se consen sos e energias para corresponder ao desafio de, em 94, se chamar a Lisboa capital cultural?
Posted at 01:20 in 1991, politica cultural | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
"Caso a Caso" (com Inês Pedrosa), a acompanhar uma entrevista com Pedro Santana Lopes, EXPRESSO Revista de 6 de Abril, pp. 10, 11, 12, 15, 16, 18.
"Os casos da Cultura são já tantos que a sua inventariação só se pode fazer através de um dicionário". Em pouco mais de um ano de mandato já se podia falar da balbúrdia da SEC. Mas podia falar-se..., dentro de alguns anos iam ser usados, por outros, métodos sujos de silenciamento
ACORDO ORTOGRÁFICO - S.L. assinou-o. (Ver CNALP)
ÁGUA - A EPAL costuma cortá-Ia aos Museus, por acumulação de facturas em atraso. A EDP e os TLP também fiam: em Janeiro o total das dívidas do IPPC às três empresas públicas ultrapassava os 21 mil contos, tendo aquelas começado a ser saldadas, segundo o «DN», com verbas saídas (ou desviadas?) do Fundo* de Fomento Cultural. (Ver Museus)
ANOS DE PROJECÇÃO - Santana Lopes anunciou que
os «anos de ouro» já começaram em 1990 e que vão até
1994, assim calendarizados:
1990. Comemorações dos 150 anos da restauração da inde
pendência (tratou-se de um início simbólico e talvez por
isso não se deu por nada - mesmo assim, os festejos em
Vila Viçosa com a respectiva publicidade devem ter orçado
em 70 mil contos).
1991. Exposição dos «Tesouros da Coroa Portuguesa» (que
se deverá inaugurar este Verão na Ajuda, mesmo antes de
seguirem para Bruxelas). Europália*.
1992. Presidência* do Conselho das Comunidades Europeias, no 1º semestre. Programa anual de animação das
regiões fronteiriças. Exposição de Sevilha. Circa 92, em
Washington (Ver Painéis).
1993. Supressão das fronteiras.
1994. Lisboa, Capital * Europeia da Cultura.
Posted at 23:52 in 1991, Polemica, politica cultural, Santana Lopes, SEC | Permalink | Comments (0)
Tags: Pedro Santana Lopes
ARQUIVO
EXPRESSO, Cartaz, 1 de Junho de 1991. pp. 38-39 (Actual / Opinião)
"A cultura do ressentimento"
Edite Estrela e António Reis apresentaram no passado sábado, num hotel de Lisboa, as propostas do Partido Socialista para o sector da cultura. A quatro meses das eleições, um extenso documento intitulado «A política cultural do PS em debate» foi oferecido à apreciação dos «agentes culturais»; a quatro meses das eleições, também, Edite Estrela e António Reis perfilaram-se como candidatos à pasta da cultura num possível governo socialista.
Acontece, entretanto, que as propostas formuladas se revelam absolutamente distanciadas da actual realidade do sector (por efeito do longo afastamento do Poder?, por sobrevivência de um quadro ideológico de referência que impede a compreensão das dinâmicas culturais que atravessam o quotidiano?). São todas as marcas da velha ideia da «mudança das mentalidades», do entendimento burocrático e livresco da cultura como o plano mais «nobre» de uma política de instrução pública de modelo oitocentista, que se reconhecem como inspiradoras do documento. O prazo parece ser curto para que, neste domínio e nesta direcção, a intervenção socialista venha a revelar-se mobilizadora, ou sequer positiva num contexto que é, por outro lado, o do caos generalizado no campo da política governamental da cultura.
Posted at 22:17 in 1991, Polemica, politica cultural, PS | Permalink | Comments (0)
Política cultural
“Os luxos do Estado”. Festival de teatro e feira de arte anunciados pelo SEC PSL. Cartaz: 26 Janeiro. pág. 35
“Para que serve a cultura?”. A nomeação de Marcelo Rebelo de Sousa, líder da oposição na CML, como alto-comissário de Lisboa capital cultural. Cartaz: 2 Março. pág. 35.
Entrevista com Pedro Santana Lopes: “Estar na Cultura ajudou a aperfeiçoar o meu gosto”, por Joaquim Vieira e AP, Revista: 6 de Abril. pp. 8-19.
E “Caso a Caso” (#), o dicionário da crise, com Inês Pedrosa, mm data pp. 10-18.
"A cultura do ressentimento" (#) O programa do PS para a Cultura. Cartaz1 Junho
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"Retrato de grupo"
Europália, "Portugal 1890-1990", comissário António Sena
exposições em
Charleroi, Musée de la Photographie: Joshua Benoliel / "Regards Étrangers" (Jorge Calado) / "Les Années de Transitions, 1927-1967" / Helena Almeida
Antwerpen, Provinciaal Museum voor Fotografie, "Regards Inquiets"Expresso Revista, 23 de Novembro de 1991
PODERA citar-se a propósito da representação da fotografia na Europália o que se costuma dizer da garrafa meia cheia e meia vazia. Ou seja: o que se levou à Bélgica sob o título «Portugal 1890-1990» foi uma sumária, incompleta e parcial retrospectiva construída sobre apenas alguns momentos significativos da história fotográfica portuguesa; e foi, também, a primeira tentativa global de revisão histórica, o mais amplo panorama desde sempre reunido sobre a história da fotografia em Portugal, e ainda uma belíssima exposição. Não se poderá pretender, contudo, que se tratou de um primeiro passo para fazer aquela história: para lá de algumas outras contribuições episódicas, uma parte central do projecto resulta directamente da acção desenvolvida ao longo da última década pelo comissário António Sena e a associação/galeria Ether, sendo afinal essa mesma actividade que foi agora projectada numa maior dimensão institucional.
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Tags: António Sena, Benoliel, Ether, Jorge Calado
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Tags: António Júlio Duarte, António Sena, Augusto Alves da Silva, Benoliel, Daniel Blaufuks, Ether, Europalia, Jorge Calado, Rui Fonseca
Documento 1
Folha de 1991, não assinada, com origem na SEC, divulgada por ocasião da exp. na Galeria Almada Negreiros da colecção de fotografias da SEC, "1839-1989 Um ano depois / One year late", de 9 de Janeiro a 3 de Março de 1991. Folha incluída no respectivo catálogo.
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Posted at 09:38 in 1989, 1990, 1991, Colecções, CPF, Encontros de Braga, Ether, fotografia, Jorge Calado | Permalink | Comments (0)