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01/11/2021

Galerias do Porto, história intervencionada

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138479326_3718969888139880_2719384926180131630_nA falta de história e a falta de senso. um cartaz em que os curadores se anunciam.

 

Porto 2001 478k
Porto 2001 478k

No Porto 2001 foi assim:  duas exposições sérias que ficaram como referência - a comparação é fatal para este novo "projecto".

Porto Anos 60/70: os Artistas e a Cidade - Serralves e Árvore - comissariado de João Fernandes e Fátima Lambert. Jan.-Abril. Cat. com 320 págs. ed. ASA

[+] de 20 grupos e episódios no Porto do século XX - Galeria do Palácio (à data da sua inauguração) - comissariado de Fátima Lambert e Laura Castro. Cat. em 2 vol. de 312 e 276 págs.

E a programação do ano contou ainda com Fernando Lanhas em Serralves e António Quadros na Árvore, mais Júlio Resende extra.-programa em Matosinhos.

Valerá a pena falar de regressão e de irresponsabilidade. E discutir como se dá livre curso ao esquerdismo manipulador de Paulo Mendes, responsável principal acompanhado por José Maia e Paula Parente Pinto (investigação de arquivo).

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11/10/2020

o surrealismo minhoto em 2001 (memória)

Exposição do surrealismo provoca polémica

Óscar Faria / PÚBLICO
7 de Novembro de 2001

Com a presença do pintor e poeta Mário Cesariny, e com muita polémica à mistura, foi inaugurada no passado domingo, na Fundação Cupertino de Miranda (FCM), em V. N. Famalicão, a mostra "Do Surrealismo em Portugal", uma versão revista e aumentada da exposição "Surrealismo em Portugal 1934-1952", que esteve patente no Museu do Chiado (MC), em Lisboa, até ao passado dia 23 de Setembro, após ter passado pelo MEIAC [Museu Estremenho e Ibero Americano de Arte Contemporânea] . O que estava previsto era uma simples itinerância da exposição do Chiado, comissariada por Maria de Jesus Ávila e Perfecto E. Cuadrado. Mas uma série de peripécias - desde a recusa de Cesariny em que as suas obras coabitassem com as do alegado "fascista" António Pedro, até desentendimentos vários entre Maria Jesus Ávila e o director artístico da FCM, Bernardo Pinto de Almeida - levaram a que a fundação famalicense decidisse promover a sua própria mostra, comissariada apenas por Perfecto Cuadrado. Em causa está não só o alegado "progressivo afastamento do Museu do Chiado (MC), que se saldou pela não comparência de uma das comissárias da mostra, Maria de Jesus Ávila, funcionária daquele Museu lisboeta, apesar do acordo quanto à sua presença estar há muito formalmente garantido" - como se faz notar numa nota lida à imprensa por Bernardo Pinto de Almeida -, mas também a inclusão de obras de António Pedro, artista que Cesariny considera ter sido fascista até 1944 (ver caixa). Jesus Ávila responde à letra, afirmando que Cesariny é quem tem uma "atitude fascista" ao condicionar a sua presença na exposição à retirada dos trabalhos realizados por António Pedro antes deste advogar a causa dos Aliados. Pinto de Almeida diz que, a quatro dias da sua inauguração, a mostra foi deixada à responsabilidade da FCM. "A exposição que hoje vos apresentamos, reorganizada pelo nosso amigo e colaborador e também seu comissário desde o início, Perfecto Cuadrado, não será pois a mesma que se viu no MEIAC, em Badajoz, nem no Chiado". O director artístico da FCM acrescenta que "ela aparece reorganizada por nova montagem e pela presença possível de outras obras, também da nossa colecção ou de amigos próximos, que eliminam o que julgámos injustas exclusões de nomes e obras fundamentais do Surrealismo em Portugal". E conclui: "Esta é, pois, a 'nossa' exposição, a possível, com os meios de que dispunhamos, face a uma situação de surpresa que nada fizemos para desencadear".Maria de Jesus Ávila replica que a FCM "confunde a produção de uma exposição e o seu comissariado" e diz que o modo como a FCM lidou com o processo foi "o caos absoluto". A responsável pela área plástica da exposição - Perfecto Cuadrado organizou o núcleo literário - sublinha que no passado dia 29 de Outubro enviou, a pedido de Pinto de Almeida, uma carta à FCM onde reforçava a sua disponibilidade para acompanhar a montagem da mostra, fazendo também notar que o preço por esse serviço era de 300 contos, uma verba que, segundo a curadora, o director artístico não podia garantir sem o aval da administração. "Não obtive notícias até quarta-feira - dia em que já deveria estar em Famalicão -, quando foi enviada uma resposta não a mim, mas a Pedro Lapa [director do MC]", afirma a comissária, que garante ter estado sempre contactável. "Houve falta de respeito pelo meu trabalho e decidi não ir ". Recorde-se que a exposição "Surrealismo em Portugal1934-1952" foi co-produzida pelo MEIAC e pelo MC, a partir de um trabalho de pesquisa de Maria de Jesus Ávila. Esta afirma ter sempre contado com uma atitude colaborante de Cesariny e Cruzeiro Seixas, entre outros artistas, e garante que "se tivesse estado em Famalicão, nunca teria permitido que se mudasse o conteúdo da mostra"."Qual é o direito que acolhe à fundação e a Bernardo Pinto de Almeida de alterar o conteúdo de uma exposição?", interroga a comissária, frisando que o problema "não passa apenas pelo atropelamento da noção de autoria, algo gravíssimo em si, mas também pelo facto de esta ser uma outra exposição". Relativamente à versão apresentada no MC, a mostra patente na FCM propõe efectivamente uma outra visão do surrealismo em Portugal, saindo dos limites cronológicos da mostra original e incluindo quer trabalhos de artistas considerados antecessores do movimento, como Júlio e Mário Eloy, quer de autores que de alguma forma terão ido beber aos ensinamentos surrealistas: Paula Rego, António Areal, Ana Hatherly, António Quadros, Mário Botas, Raul Perez e Gonçalo Duarte.Pinto de Almeida assume as escolhas de Perfecto E. Cuadrado como suas, referindo-se a esta atitude como uma "posição ética" que cumpre a vontade do surrealismo de "permanecer vivo enquanto utopia". O director artístico da instituição famalicense não recusa a polémica, considerando-a mesmo "saudável e útil, até porque o surrealismo nunca fugiu ao combate". O também responsável pelo Centro de Estudos do Surrealismo considera "completamente arbitrária" a datação da mostra do Chiado, que entende como uma "tentativa obscurantista de encerrar o surrealismo português num espartilho que o diminui e restringe na sua acção".Por seu lado, Pedro Lapa, director do Museu do Chiado, designa como "calúnia" o facto de se afirmar que a presença de Jesus Ávila em Famalicão estava há muito formalmente garantida. "Não houve formalização nenhuma da presença dos comissários na FCM". Na opinião de Maria de Jesus Ávila, "se Bernardo Pinto de Almeida queria outra exposição, então a FCM devia ter documentado, investigado e produzido a sua mostra". Defendendo que "há um rigor histórico que teria de ser salvaguardado", desabafa: "Isto não acontece em parte nenhuma do mundo".

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Negociação com o IPM leva ao encerramento da exposição do surrealismo em Famalicão

Óscar Faria*
28 de Novembro de 2001,
 
Negociações entre o Conselho de Administração da Fundação Cupertino de Miranda (FCM), de Vila Nova de Famalicão, e o Instituto Português de Museus (IPM) levaram anteontem ao final do dia ao encerramento da exposição "Do Surrealismo em Portugal", que deveria ficar patente na instituição até 16 de Dezembro próximo. Este é o desfecho de uma situação polémica, provocada pela alteração dos conteúdos da mostra "Surrealismo em Portugal, 1934-1952", que foi co-produzida pelo Museu do Chiado, de Lisboa, e pelo Museu Estremenho e Ibero Americano de Arte Contemporânea (MEIAC), de Badajoz. Assumida por um dos comissários da exposição, Perfecto E. Cuadrado, com a solidariedade de Bernardo Pinto de Almeida, director artístico da FCM, a revisão consistiu na retirada de alguns trabalhos de António Pedro e a inclusão de obras que rompiam claramente com a datação proposta por Cuadrado e Maria de Jesus Ávila, os autores do projecto original.Segundo Raquel Henriques da Silva, directora do IPM, a decisão quanto ao encerramento da exposição foi tomada em conjunto com a instituição famalicense: "A proposta foi feita pelo Conselho de Administração da fundação, e eu concordei, pois a situação era dificilmente gerível". Na opinião da responsável do IPM, "o que se tinha passado era inaceitável do ponto de vista institucional", referindo-se à alteração da exposição que chegou a Famalicão para uma simples itinerância e viu o seu conteúdo alterado, através da retirada das obras de António Pedro, "com o argumento de que era fascista", e o aumento do período cronológico que abrangia até à contemporaneidade, com obras de artistas como Paula Rego. "A exposição foi corrigida e aumentada e isso foi proclamado publicamente", sublinha.Por seu lado, Pedro Lapa, director do Museu do Chiado, considera que a atitude da FCM é "a mais coerente, a mais digna, a única possível para salvaguardar o bom nome da instituição". Para aquele director, o fecho antecipado da mostra "era a única forma de repor o seu sentido", notando ainda que, se a FCM está interessada numa outra exposição acerca do surrealismo português, deve realizar um trabalho de investigação e apresentar depois a sua visão de uma forma fundamentada. "Em termos pessoais, lamento o incidente; Portugal tem muito a aprender acerca da forma mais correcta, deontológica e legal de funcionar com assuntos museológicos." E termina dizendo: "A exposição segue dentro de momentos em Madrid", onde será inaugurada a 8 de Janeiro, no Círculo de Belas-Artes, "e a FCM já adiantou que emprestava todas as peças da sua colecção para serem apresentadas na capital espanhola". O PÚBLICO tentou contactar a administração da FCM, que remeteu a sua resposta para a próxima semana. Por seu lado, Bernardo Pinto de Almeida refere o facto de a decisão ter sido "tomada a nível superior e, como tal, não tenho de a comentar". E adiciona: "A minha consciência está tranquila". Recorde-se que, em comunicado anterior a este desfecho da polémica, o Museu do Chiado e o MEIAC consideraram as alterações introduzidas na exposição "um ultraje" aos direitos de autor da comissária Maria de Jesus Ávila. Como resposta, Pinto de Almeida reconheceu na altura ter redigido "com precipitação" uma nota de imprensa onde, em nome pessoal, defendeu a exposição apresentada na FCM, "ligeiramente transformada relativamente às primeiras versões por um dos seus comissários, prof. Perfecto Cuadrado". Na origem da retirada das três obras de António Pedro - "Le crachat embelli" (1934), "Refoulement" (1936) e "Dança da Roda" (1936), obras que Maria de Jesus Ávila considera que são o primeiro confronto do público português com o surrealismo - está uma exigência do pintor e poeta Mário Cesariny, que recusou a convivência das suas obras com as do "fascista" António Pedro. *com Emília Monteiro e Isabel Salema
 


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07/10/2011

Museu do Chiado. Indice 1988-2011

 

Cronologias e índice

A . Do MNAC ao Museu do Chiado

No centenário do decreto fundador do Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC), de 26 de Maio de 1910: entrada de  27 Maio 2011 sobre as comemorações

(1ª parte) o encerramento antes do incêndio (notas de exposições 1988 e 89, O MNAC fora de portas):      nota sobre ARTE DO SÉCULO XIX, Palácio da Ajuda, 1 Abril 1988
   e nota "Colecção do MNAC" ("Colecção de de Pintura Portuguesa 1842-1979", Pal. de Queluz - Julho 89/Julho 90), 5 Agosto 1989

Depois do incêndio: "O próximo MNAC", cx de 13 Janeiro 1990 (O museu fora encerrado em 1987, passando a considerar-se a possibilidade de o instalar noutro local. Pelo despacho nº 37/89, de 10 Abril, Teresa Gouveia nomeia RHS para dirigir o tratamento da colecção, referindo a adaptação do local a galeria de exposições, até à ulterior redefinição dos espaços e da segurança do antigo MNAC).

A re-inauguração: "Salvo pelo fogo", artigo de 12 Julho 1994, Revista pp 24 a 27. + Cx "Ex-MNAC", a cronologia dd 1987 (encerramento), 25/26 de Agosto de 1988 (incêndio), 1989 a 1990-94 + inclui notícia de 14 Dezembro 1991 sobre oferta francesa da maquete

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06/22/2011

Arquivo de Lisboa (4) 2000-2005

Arquivo Fotográfico de Lisboa, exposições de 2000 a 2003

Luís Pavão
Paulo Catrica
Pedro Letria
Margarida Dias
WOLFGANG SIEVERS (Jorge Calado)
Henrique Manuel
(Museu da Imagem, Braga)
Rui Fonseca
Terra Bendita e Tríptico
(Jorge Calado, Fundação Eugénio de Almeida, Évora)
A COLECÇÃO DO IMPERADOR
(Brasil - CPF)
Pedras & Rochas
(Jorge Calado, Fundação Eugénio de Almeida, Évora) 

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02/28/2011

Cartier-Bresson, Europeus

(Entre outras ocasiões, Cartier-Bresson foi exposto em 1993, no Mês da Fotografia de Lisboa que Sérgio Tréfaut dirigiu e ficou sem sequência. Esteve então no Museu de Etnologia uma retrospectiva do Centre National de Photographie, Paris, com 150 fotografias de 1929 a 1978.)

Arquivo EXPRESSO 27/1/2001

"Viajar com convicções"  

Deambulações europeias de Henri Cartier-Bresson ao longo de mais de meio século de fotografias  

HENRI CARTIER-BRESSON, «EUROPEUS»
Centro Cultural de Belém (Até 22 Março)    

Em meados dos anos 70, Henri Cartier-Bresson trocou a fotografia pelo desenho. Não deixou de trazer a Leica sempre consigo, foi aceitando algumas raras encomendas e continuou a fazer um ou outro retrato, apenas de amigos, mas, em vez de passar a ser um velho fotógrafo, que hoje já tem 92 anos, voltou a viver como um jovem desenhador, dedicado mas inábil. Reatava assim com a aprendizagem dos seus anos 20, no atelier do cubista André Lhote, e também tornava mais nítido um paradoxo das suas fotografias.

Sendo o mais celebrado dos fotojornalistas, o mais carismático representante da profissão, é para o olhar de pintor, para as qualidades formais das imagens (o ritmo plástico, a geometria, a composição regida pela regra clássica do número de ouro) que remetem os comentários que faz sobre o seu trabalho. Na fotografia, ou no desenho, interessa-lhe a alegria visual, o prazer do olhar, não a informação, a actualidade documental ou a pretensão política.

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CPF 1001, inauguração

(entre sete exposições, na inauguração do CPF, por ocasião do Porto 2001)

Koen Wessing
Centro Português de Fotografia  
14/12/2001

O Centro Português de Fotografia inaugurou-se com sete exposições simultâneas, o que dá bem ideia do excesso de espaço disponível na cadeia recuperada. Sete exposições parecem o programa de uns «encontros de fotografia», que por definição são um tipo de evento excepcional e periódico, ficando assim por perceber-se se, para manter as salas ocupadas em permanência, o CPF absorverá as iniciativas congéneres ou se se trata apenas de uma especial programação para a Capital da Cultura, passando depois a visitar-se, vazias, as salas do edifício bem recuperado por Souto Moura.

Entretanto, quer como «encontro» quer como programa inaugural e festivo, falta ao cartaz do CPF qualquer destaque maior que assegure a relevância do novo equipamento, para além de se ter solucionado a velha questão sobre o uso a dar ao emblemático edifício portuense. Cinco exposições vieram da Holanda e são, quase todas, produções de interesse local que dão conta de um universo onde a fotografia e a sua história, ou a contribuição da fotografia para se fazer a história recente, já não estão a dar os primeiros passos. Em «A Câmara Clandestina» recuperam-se documentos da ocupação alemã, e em «O Massacre do Dam» registam-se os seus últimos dias, seguindo-se, já no pós-guerra, a documentação sobre «O Nascimento da Indonésia», enquanto a mostra monográfica dedicada aos anos de exílio holandês de Erich Salomon (33-40) não presta justiça à importância do pioneiro do fotojornalismo.

Apenas a exposição dedicada a Koen Wessing constitui um momento forte, graças à apresentação de um foto-repórter holandês influenciado por Ed van der Elsken e William Klein, autor de uma já longa obra, marcada pelo empenhamento nas causas sociais. Uma montagem cenograficamente eficaz faz-nos atravessar um mundo em convulsão, desde a Londres dos anos 60 à China e à Africa.

De produção própria resta a documentação fotográfica da Casa Alvão sobre a I Exposição Colonial no Porto, em 1934, a que se deu o título «A Porta do Meio» e que foi objecto de volumoso catálogo, mais uma troca de olhares fotográficos entre o Porto e Roterdão. Acrescente-se ao programa uma apresentação incipiente da colecção de máquinas adquirida a António Pedro Vicente e a falta de um núcleo expositivo que tirasse partido da colecção própria. O gigantismo e a escassez de ideias fazem aqui uma estranha aliança.  (Até dia 30)

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Brasil, Século XX

ARQUIVO: EXPRESSO 06-01-2001

Excepções à regra

SÉCULO XX: ARTE DO BRASIL, Centro de Arte Moderna FCG

Ilustr. Ruben Valentim (1922-91), «Pintura nº 11 - Roma 1965»  

AO ASSOCIAREM-SE no CAM os dois núcleos de arte moderna e contemporânea da Mostra do Redescobrimento que se apresentou em São Paulo, com um imenso êxito de público e alguma polémica, foi o segundo segmento cronológico que ficou mais diminuído quanto à possibilidade de tornar inteligível um panorama coerente e representativo, capaz de significar a extensão continental do Brasil e a pluralidade actual dos seus focos criativos, bem como a diversidade das suas dinâmicas artísticas, entre absorção ou dependência dos modelos internacionais e manifestações identificáveis com originalidade própria.

Têm sido frequentes, já antes da quadra comemorativa, as retrospectivas de figuras que intervieram ou intervêm nas décadas recentes da arte brasileira, em parte por efeito de reavaliações críticas ou à mercê das operações de reconstituição de obras, mas têm faltado as abordagens de conjunto que localizem esses e outros artistas nos seus contextos próprios. É só marginalmente que a actual mostra cumpre essa necessidade, certamente por insuficiências de programação por parte do seu comissário, o brasileiro Nelson Aguilar, como se comprova pelo pequeno esforço argumentativo que o catálogo recolhe.

A par de algum gigantismo - decerto inferior ao previsto, dada a escassa ocupação das três naves esvaziadas para a ocasião - impõe-se a sensação vaga de que a escolha dos artistas foi em grande medida aleatória, para além de ser insuficiente a representação de muitos deles, limitada a obras únicas. Sabe-se também que diversas obras expostas em São Paulo ou requeridas para Lisboa (uma vez que se pretendeu reajustar o conteúdo da mostra) rumaram a projectos de maior coerência e a países mais atraentes. Para lá de Valência, que apresenta «Brasil 1920-1950: da Antropofagia a Brasília», já inaugurou em Madrid o panorama «Visões do Sul» e vai abrir na Tate Modern «Century City: Art and Culture in the Modern Metropolis», que dedica um dos seus capítulos cronológicos, entre 1955-1969, ao Rio de Janeiro (em coincidência temporal com outro sobre Lagos, capital da Nigéria…), associando numa só explosão criativa neo-concretismo, Bossa Nova, Cinema Novo e nova arquitectura (de 1 de Fevereiro a 29 de Abril).

No CAM, a história da primeira metade do séc. XX expõe-se com alguma extensão no piso inferior («Cartaz» de 11 de Novembro), fechando com a notável representação de Alfredo Volpi. Foi uma personagem irredutível a qualquer fórmula ou escola, um pintor de origem operária em cuja obra se fundiram raízes populares e aquisições eruditas, com uma energia criativa que atravessou pelo menos cinco décadas. A partir dos anos 50, o despojamento das referências figurativas (fachadas das casas) orienta o interesse prioritário pela cor para uma formulação tendencialmente abstracta, em diálogo com o ambiente concretista instalado a partir da primeira Bienal de São Paulo, em 1951, sem diminuir o curso original da sua pintura.

O itinerário expositivo torna-se depois muito pouco coerente, partilhado entre as duas outras naves sem um fio condutor visível, ao sabor das difíceis condições espaciais. Entretanto, dissolve-se a divisão da mostra de São Paulo entre moderno e contemporâneo, fixada no início dos anos 60 e justificada pela rejeição dos suportes tradicionais por artistas que «percebem que a tela e a massa escultural representam uma limitação às aspirações de liberdade que a arte pretende veicular». A fragilidade da tese não resistiu à viagem.

Ao visitante que regressa à nave central do CAM (vindo da primeira metade do século) oferece-se, à esquerda, uma síntese vasta e massificada da abstracção geométrica dos anos 50, com destaque último para as esculturas de Sérgio Camargo, enquanto à direita se agregam vários exemplos desconexos das conjunturas dos anos 60, em que se associaram aceleradamente novas figurações e importações Pop, contestações políticas e experiências vanguardistas (ambientes, «happenings», etc).

Entretanto, é no piso superior que se sinaliza uma outra situação que também marcou os anos 50-60, a abstracção informal ou gestual concorrente com a arte concreta, mas dando-se logo passagem à efervescência pictural dos anos 80, prolongada por algumas aparições esparsas de artistas já surgidos na última década. Naquele breve conjunto inicial situam-se alguns dos artistas que se destacam da sucessão das conjunturas.

É o caso de Ruben Valentim, que em São Paulo figurou no núcleo dedicado à arte afro-brasileira e aqui se aproximou da abstracção informal, embora as suas geometrias ritualizadas, em que se adivinharam marcas de um mundo mítico-religioso ancestral, sejam habitualmente associadas aos artistas construtivos do Rio. E também o de Tomie Ohtake, única representante dos pintores nipo-brasileiros de São Paulo, com duas telas de grande tensão, elegância e economia formal. Ou de Iberé Camargo, presente com quatro telas vibrantes de matéria viva, onde se inscreve uma impetuosidade corporal que sobrevive aos códigos gestuais da época. (Centro de Arte Moderna. Até dia 20)

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10/28/2010

Arco Madrid Índice dd. 1986

1986, 19 Abril:
"Arco'86 em Madrid" / "pintado de fresco" + "Estratégias de representação" / "os portugueses no labirinto". Pp.50-52R.

1988 "Arco: o museu conformista"

1993, 20 Fevereiro
"Ano 5 d.c." + "O centro mais próximo"

1994

1995
"Arte de Feira"

1996
"Ilusões perdidas"

1997 "A feira das vaidades"

1998 "Arco: a arte do mercado de arte"

1999 "O eixo ibérico"

2000 "Mais Arco, menos consenso"

2001 "Vinte arcos depois"

2002 "Os artistas do momento"

2003 "Relojoaria suíça"

2005 "A mercadoria da festa"

2006 "Euforias ibéricas" (Êxitos portugueses e outras novidades na Arco’06) - 18 Fev., mais a 04 Fev.: "Madrid, a Áustria e o resto" e a 28 de Janeiro: "Arco de Madrid com selecção controversa" (a exclusão da Arte Periférica)

2007 : "União ibérica" (Joana Vasconcelos) - 24 Fev. : Em ano da Coreia e em tempo de revisão de fórmulas, a feira Arco de Madrid volta a ser um palco importante para a arte portuguesa
+ "Madrid: A Arco e o resto" - 27 Jan.

2008: Menos Arco e Uma rede informal de dependências e cumplicidades...

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12/22/2008

O Museu Boijmans no Porto 2001 ("In the rough"!?)

ARQUIVO / A propósito do Museu Boijmans de Roterdão, e de Rembrandt, vindos ao Porto em 2001, e a Serralves, numa desperdiçada ou tosca oportunidade.

 EXPRESSO ACTUAL de 20/1/2001 (PORTO 2001)

"O bazar pós-moderno"

Paisagens e outras imagens da Natureza vindas do Museu Boijmans de Roterdão para Serralves

«IN THE ROUGH»
 Imagens da Natureza Através dos Tempos na Colecção do Museu Boijmans Van Beuningen (Roterdão) Museu de Serralves  


 Quando o Museu de Arte Antiga se apresentou na galeria federal de Bona, em 1999, escolheu, de entre as obras que podiam viajar, o património mais significativo, do duplo ponto de vista do interesse internacional e da representação da arte portuguesa. Quando o Museu Gulbenkian levou uma selecção do seu acervo ao Metropolitan de Nova Iorque, fez deslocar peças de primeira escolha, sob um título, «Only the Best», que já correspondera à divisa do fundador. O melhor não é nunca um dado invariável, mas é uma regra exigente quando os museus viajam.

É outro o caso da colaboração entre Serralves e o Museu Boijmans Van Beuningen. Não por se ter adoptado um tema específico para a embaixada vinda de Roterdão (a paisagem e outras «imagens da natureza através dos tempos»), mas por se trocar a escolha das melhores obras por uma representação onde cabem obras maiores e menores, peças de excepção e curiosidades, a excelência e o «kitsch». O título em inglês, «In the Rough», traduz-se por «em bruto» ou «em tosco» e deve ser interpretado à letra. Note-se, porém, que o universo das imagens da natureza vindas da colecção de Roterdão se restringe à produção dos sécs. XVII-XX, no Ocidente, na área das artes eruditas e sumptuárias.

O que se expõe, sob a dupla responsabilidade de Piet de Jonge e de Vicente Todoli, é um bazar pós-moderno. Um enorme «puzzle» onde nenhuma informação orienta ou esclarece o visitante, sem qualquer ordenação ou categorização inteligível dos objectos.

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12/13/2008

A campanha do Chiado 2001 (2)

3/11/2001

Incitação à revolta
A colecção histórica do Museu do Chiado continua invisível

NOVAS AQUISIÇÕES E DOAÇÕES 2000-2001
 (Museu do Chiado, até 20 de Janeiro de 2002)

Poderia haver motivos de regozijo. O Museu do Chiado está a apresentar as obras que comprou ou lhe foram oferecidas nos anos de 2000-01. Ficamos a saber que, apesar da escassez de meios do Instituto Português de Museus, algum esforço se tem feito para enriquecer as colecções nacionais, em parte graças aos fundos comunitários do Programa Operacional da Cultura. Igualmente depreendemos que a actividade do museu e do seu director têm conseguido motivar a generosidade de artistas e de particulares, em especial no caso dos autores a quem foram dedicadas exposições monográficas, como sucedeu com Jorge Vieira, Joaquim Rodrigo e Vespeira.

São particularmente relevantes a doação de nove provas «vintage» de Fernando Lemos por Marcelino Vespeira, que, após algumas mostras preguiçosas de reimpressões recentes, dão a ver a realidade material (e as dimensões) das suas fotografias de 1949-52, bem como a aquisição de um núcleo consistente de obras de Lourdes Castro, da «assemblage» de objectos recobertos de tinta prateada, de 61, até aos lençóis bordados de 70.

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Tags: Museu do Chiado, Raquel Henriques da Silva

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A campanha do Chiado 2001 (1)

Expresso 27/1/2001

 "Museu suspenso"
 A colecção do Museu do Chiado ficará inacessível durante um ano
 
No Museu do Chiado encerrou há duas semanas a exposição Man Ray e já se anuncia para 2 de Fevereiro uma nova mostra temporária: «Live in your head. Conceito e experimentação na Grã-Bretanha. 1965-75» (traduzindo-se a primeira parte por «Vive na tua cabeça» ou «Viver na vossa cabeça»). Trata-se de uma revisão, e também reconstituição, de manifestações que se defenderam naqueles anos como renovadoras, apresentada na Whitechapel, instituição pública de Londres.

A mostra ocupará todo o espaço disponível do Museu, pelo que a colecção permanente continuará inacessível. A seguir, anuncia-se «Surrealismo em Portugal, 1934-1952», sob o duplo comissariado de Perfecto E. Quadrado e María Jesús Ávila, numa co-produção com o MEIAC de Badajoz, onde se poderá ver já de 9 de Março a 6 de Maio. Mais uma vez todo o espaço do museu será ocupado, pelo que só em Outubro, ao cabo de um ano de ausência, será remontada a colecção histórica.

Entre finais de Junho e de Setembro de 2000, grande parte das galerias tinham estado ocupadas com a retrospectiva de Vespeira e, antes disso, as mostras Cristino da Silva e «Olhares Modernistas» tinham exigido a desmontagem de todo o panorama cronológico cuja exibição foi atribuída ao Museu do Chiado, herdeiro do antigo e decadente Museu Nacional de Arte Contemporânea, que se reinaugurou por ocasião da capital cultural lisboeta de 1994. A retrospectiva de Joaquim Rodrigo, em 1999-2000, já tinha provocado uma interrupção do funcionamento do museu enquanto tal. Mas então o levantamento da colecção podia ainda ser entendido como um acto de alerta ou de pressão quanto à necessidade de se ampliarem as instalações do Museu do Chiado.

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Soares dos Reis, "Museu ao fundo" em 2001

ARQUIVO EXPRESSO 29/9/2001

Museu ao fundo

O IPM pretendia apresentar recurso no caso do Museu Soares dos Reis (o Ministério preferiu pagar uma fortuna à outra srª: dava um romance da Agustina)

Dois meses depois de reaberto, o Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, mergulha numa nova crise devido ao afastamento da sua directora, Lúcia Almeida Matos, que conduziu durante dois anos (feitos no dia 24) o relançamento de uma instituição há muito arredada de um papel central na vida cultural da cidade, e não só pelo seu longo período de encerramento para renovação das instalações. A realização das importantes exposições ainda previstas no programa da capital cultural não deverá, entretanto, ser posta em risco. Mas, num mar encapelado pelas limitações orçamentais do Ministério da Cultura, particularmente gravosas para o funcionamento corrente dos museus oficiais, a dinâmica global de renovação vivida nos anos recentes sofre um inesperado abalo.

A nova situação resulta de o Ministério não ter recorrido do acórdão do Tribunal Central Administrativo (TCA) que, por ocasião da reinauguração do Museu - intrigante coincidência -, se pronunciou pela não aceitação da candidatura de Lúcia A. Matos ao concurso realizado para a respectiva direcção, em 1999. Em consequência, a anterior directora, Mónica Baldaque, que ficara em segundo lugar nas provas e accionara o recurso para o tribunal, pode vir a ocupar o cargo, embora um novo concurso venha a ter lugar já no próximo ano.

O MC recusou-se a prestar quaisquer esclarecimentos sobre as razões jurídicas, técnicas ou políticas que o levaram a prescindir do recurso, limitando-se a informar que foi acatada a decisão do tribunal. Esse silêncio é tanto mais estranho quanto o incidente é considerado em meios ligados aos museus e às artes como uma grave quebra de solidariedade em relação a anteriores decisões do Ministério e dos responsáveis pela política de museus.

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10/26/2008

Bartolomeu dos Santos

Dos-santos 

http://www.ucl.ac.uk/news/news-articles/0806/08060401

Bartolomeu dos Santos, printmaker and professor, born Lisbon, Portugal, 24 August 1931; teacher at the UCL Slade School of Fine Art, 1961–96, becoming Head of Printmaking and Professor of Fine Art; Fellow of UCL, 1995, Emeritus Professor of the University of London, 1996; awarded the Order of Prince Henry by the President of Portugal (for services to Portuguese culture abroad), 1993; married firstly Susan Plant (three daughters, three grandchildren), secondly Fernanda Oliveira Paixao 1988 (two step-sons, two step-grandchildren); died London, 21 May 2008.

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Expresso de 8/12/2001

"Entre ácido e fogo"

Gravuras e azulejos em várias exposições simultâneas

BARTOLOMEU DOS SANTOS
(Centro Cultural de Cascais, retrospectiva de gravura, até dia 30; Ratton Cerâmicas, até 10 Jan.; Galeria 111, Porto, até 30)

Com uma retrospectiva em Cascais da sua obra de gravador, com que ocupa um lugar sem paralelo em Portugal, mais uma mostra de azulejos na Galeria Ratton e outra de gravuras recentes e aguarelas na 111, agora no Porto depois de mostrada em Lisboa, pode dizer-se que Bartolomeu dos Santos está por toda a parte. De regresso a Portugal depois de ter sido entre 1961 e 1996 professor de gravura da Slade School, de Londres, transformou a reforma académica num tempo de intensa actividade criativa, que se prolonga nas obras de «arte pública» ou grande decoração, passando do uso da pedra gravada do Metro de Entrecampos aos azulejos da estação do Pragal.

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04/07/2008

A tradição vanguardista croato-jugoslava

Antes da "Revolução Cinética", uma tb animada representação croata (antes jugoslava) em Cascais, em 2001, haja memória

"No centro da Europa"
Abertura à actualidade ocidental e continuidade da tradição construtivista na arte croata desde 1950
Expresso Actual de 9/6/2001

EXAT 51 (1951-1956) - NOVAS TENDÊNCIAS (1961-1973)
Centro Cultural de Cascais (Até 24 Jun.)

São múltiplas as razões de interesse desta exposição de artistas da Croácia, que traz a Cascais um panorama alargado dos anos 50 até ao presente. Entre elas, abrir um relacionamento ao centro e leste europeu, sempre tão pouco presentes, ao representar um dos velhos países emergentes nos Balcãs e a história de uma ex-Jugoslávia distanciada do bloco soviético na década de 50, através, nomeadamente, da acção pioneira dos grupos de Zagreb aqui mostrados.
Não é uma manifestação regionalista que se apresenta; pelo contrário, ela dá conta de uma dupla situação que foi de abertura à actualidade ocidental e às manifestações vanguardistas dos anos 60 e 70, bem como de continuidade da tradição construtivista, ligada já nas décadas que antecedem a II Guerra Mundial às vanguardas russas e ao ensino da Bauhaus.

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04/06/2008

Arquivo - o IAC II

Alguma coisa podia mudar, ou problematizar-se, com a viragem de 2001, trocando-se Carrilho por Sasportes

"O estado da arte do Estado"
Expresso Cartaz 24/2/2001


Instituto de Arte Contemporânea tem novo director - José Manuel Fernandes* - e abre-se à arquitectura

Tomou posse esta semana como director do Instituto de Arte Contemporânea o arquitecto, professor e historiador de Arquitectura José Manuel Fernandes, também comissário de uma retrospectiva de Cristino da Silva e de outras exposições («Anos 60», Trienal de Milão, etc.), além de colaborador permanente do EXPRESSO.
A nomeação sucede à reforma do anterior director, pintor Fernando Calhau, por razões de saúde. Mantém-se como subdirectora Isabel Carlos**, cujo segundo mandato se prolonga até 2002, embora já tenha manifestado a intenção de vir a proporcionar a sua substituição, depois de acompanhar a presença portuguesa na próxima Bienal de Veneza.

Nas breves declarações proferidas na cerimónia, segunda-feira, J. M. Fernandes prometeu uma orientação de «continuidade transformadora», prestando homenagem ao seu antecessor. Idêntica referência foi feita pelo ministro José Sasportes, falando de «continuidade e transformação». Entretanto, o empossado especificou as direcções em que intervirá como «recriador das intenções» do IAC:
presença da arquitectura entre as artes que merecerão apoios;
interligação entre instituições e, em especial, entre Estado central e poder local;
atenção à chamada arte pública, na relação entre arquitectura e artes plásticas;
integração nas iniciativas públicas e actos de representação do país.

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02/11/2008

Arco 2001

24/2/2001

3 "Vinte arcos depois"

A feira de arte de Madrid é uma história de sucesso, a avaliar pela proliferação de museus e colecções de arte contemporânea

Fotos...
Madame Yevonde, retrato da série «Deusas» (Minerva, 1935)
Auto-retrato de Gillian Wering
Joana Vasconcelos, «Fashion Victim», escultura com movimento na galeria Mário Sequeira.
Tacita Dean, «Ice Rink (Floh)», 2000-01, impressão digital

Atingida a marca das vinte edições, a Arco festejou o aniversário, fez balanços e auscultou o futuro, sem esquecer que o essencial, para o comércio de arte, é viver o dia-a-dia, celebrar o crescimento dos mercados e manter as expectativas quanto à contínua expansão do sector: mais museus, mais colecções, mais galerias, mais artistas, etc. Todos reconhecem é uma história de sucesso, desde logo por ser indissociável das colecções e museus que se multiplicam em Espanha, mas também não ocultam a consciência dos seus limites. O facto de ser a feira que mais público atrai em todo o mundo (176 mil visitantes este ano, seguida por Chicago com 80 mil), não pode deixar de ser visto como uma fragilidade cultural espanhola.

As feiras dirigem-se a um universo de profissionais e coleccionadores (privados, na maioria), e não é pela afluência que se avalia o êxito, pois não se confundem com exposições ou bienais.

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02/02/2008

Balthus (1908-2001)

Expresso Cartaz, 24/2/2001, pág. 8

A magia do real

Balthus (1908-2001), uma obra contra as rupturas do séc. XX

Bombarda047

AO LONGO DE UM SÉCULO que cultivou as rupturas, Balthus personificou a continuidade do ofício da pintura, aprendido com os mestres antigos. Nunca se associou a movimentos, nem a obra se pode definir numa fórmula. Durante décadas envolveu a biografia em mistério e fez da sua pintura realista, não fotográfica mas realizada diante dos modelos ou da paisagem, uma afirmação de estranheza, a revelação dos poderes do sonho ou da magia. Controverso e alvo de juízos contraditórios, marginal à sucessão finalista das tendências modernistas, combateu o academismo usando métodos conservadores e dirigindo a Academia Francesa em Roma.

Autor de uma obra lenta e escassa (terá pintado cerca de 300, foi primeiro um pintor de culto, mais admirado por artistas e escritores, até ser descoberto pelo grande público, em parte devido à escandalosa intensidade erótica das suas adolescentes expostas e expectantes. Às insinuações de pornografia, respondeu em anos recentes com argumentos insólitos: «A minha pintura é uma espécie de oração para celebrar a beleza divina». Camus escrevera no prefácio de uma exposição de 1949: «Aprendemos que a realidade mais quotidiana pode ter este ar insólito e longínquo, a doçura sonora, o mistério velado dos paraísos perdidos. Balthus pinta vítimas mas significativas. Uma faca, nunca o sangue. (...) Não é o crime que lhe interessa, mas a pureza.»

Faleceu no domingo passado quase com 93 anos, no seu «chalet» suíço do séc. XVIII, na companhia da segunda mulher, Setsuko,uma japonesa 35 anos mais nova que retratou em La Chambre Turque, de 1963-66. Foi um casamento ecuménico com o extremo-oriente e a cultura clássica chinesa, por parte de um pintor erudito e autodidacta. A formação adquiriu-a nos museus, como ainda era frequente nos anos 20-30, copiando Poussin no Louvre e depois em peregrinação pelos frescos de Giotto e Piero della Francesca.

 

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01/12/2008

Susana Solano no Museu de Sintra

Expresso Cartaz de 14/7/2001

"Lugares íntimos"
Susana Solano no Museu de Sintra

SUSANA SOLANO Esculturas e fotografias
(Sintra Museu de Arte Moderna, até 23 de Setembro)

Solana Solano é, cronologicamente, o terceiro nome de uma sequência espanhola de grandes escultores do ferro, depois de Julio González (1876-1942) e Eduardo Chillida (1924), e é como eles uma figura que transcende uma qualquer tradição ou dimensão nacional. González, em Paris - como outro notável escultor espanhol, Pablo Gargallo (1881-1834), cuja figuração em bronze fez um original uso do espaço vazio na criação de volumes -, inventou com o ferro forjado e soldado um escultura escrita no espaço, dando sentido tridimensional a linhas sem massa nem volume.

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01/09/2008

MONDRIAN. AMADEO – Da Paisagem à Abstracção

Expresso 7/7/2001

"Encontro em Paris"
As carreiras iniciais de Mondrian e Amadeo através do tema da paisagem

MONDRIAN. AMADEO – Da Paisagem à Abstracção
(Museu de Serralves, até 30 de Setembro)

Se Mondrian tivesse morrido na idade com que desapareceu Amadeo, não saberíamos o seu nome. Com 30 anos em 1902, Pieter Cornelis Mondriaan era um paisagista de Amsterdão que expunha na Sociedade S. Lucas. Só uma década depois, ao mudar para Paris, nasceria Piet Mondrian. Parecia um desafio inverosímil a junção de artistas de tão diferentes itinerários e produções incomensuráveis, com lugares tão diversos na história (universal) do século XX - se é que Amadeo já nela foi admitido, como certamente merece, apesar da brevidade da obra.
O pretexto da parceria das capitais culturais, que poderia mal justificar o encontro dos dois maiores pintores nacionais, fundamenta-se, porém, no argumento mais sólido da sua pertença aos primeiros anos da Escola de Paris, entendida em sentido estrito como a comunidade internacional que aí informalmente vivia a aceleração da aventura da arte moderna.

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12/10/2007

Porto, anos 60/70

Expresso Cartaz de 17/2/2001

"Ares dos tempos"

As viragens dos anos 60 e 70 numa retrospectiva dupla do Porto 2001

"PORTO 60/70: OS ARTISTAS E A CIDADE" (Museu de Serralves e Árvore, Porto. Até Abril)

Poderia ser só uma linha bairrista de programação da capital cultural, mas, através da revisão das décadas de 60 e 70 vividas a Norte, são algumas das raízes do actual cosmopolitismo da cidade que se recuperam e repensam. Outra mostra, que abriu a nova galeria municipal, faz o sumário dos grupos que agitaram a vida artística local ao longo de todo o século XX; lá para meados do ano, a reabertura do Museu Soares dos Reis porá em perspectiva a «Escola do Porto» no período anterior ao que é coberto por Serralves, fazendo da sua colecção permanente um outro pólo estruturante da cultura artística da cidade. Para além desta se rever e interrogar a si própria, serão contribuições para uma história geral pouco investigada e demasiado centrada no eixo que durante várias décadas ia do Palácio Foz à Sociedade Nacional de Belas Artes.

«Porto 60/70: Os Artistas e a Cidade» inaugura um ciclo a que se deu o título «Artistas e Situações Afirmados no Porto da 2ª Metade do Século XX», que continuará com mostras dedicadas a Fernando Lanhas, Ângelo de Sousa e Albuquerque Mendes, em Serralves, e António Quadros, na Árvore. Divide-se já a presente mostra pelos dois lugares, o que tem um imediato conteúdo simbólico: da Árvore partiu a manifestação contra o imobilismo do Museu Soares dos Reis, no seio do qual Fernando Pernes veio a animar, entre 1976 e 80, o Centro de Arte Contemporânea que serviu de estímulo e embrião para o projecto de Serralves. Hoje, a aliança das duas entidades no programa de 2001 é também um gesto de compromisso entre diferentes sensibilidades e poderes da cidade, com o qual se partilham meios e silenciam tensões.

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Surrealismos, de 1934 a 52

Expresso Actual de 2/6/2001, pp. 40-41

"Antes e depois de 1947"

"Fases, rupturas, gerações e divergências na cronologia do surrealismo português" / "Duas anteriores revisões do surrealismo seguiram diferentes cronologias do movimento"

«Surrealismo em Portugal, 1934-1952»
Museu do Chiado
24 Maio 2001 / 23 Set.

O surrealismo português não se deixa converter facilmente em objecto de estudo «científico» e a exposição do Museu do Chiado é mais um testemunho das divergências e tensões que o movimento continua a suscitar. Apesar do recurso aos espólios pessoais dos intervenientes desavindos em 1948, que permite apresentar, pela primeira vez, um panorama «unitário» do período organizado do surrealismo (1947-50), permanece actuante a oposição entre as teses historiográficas sustentadas por José-Augusto França, grandemente centradas no seu activo papel de crítico, e, por outro lado, a recusa protagonizada por Mário Cesariny, também antólogo e historiador militante do movimento, de deixar interpretar como mais um estilo numa sucessão «progressiva» de estilos o que para alguns continuou a ser uma inspiração viva e libertadora.

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Tags: José-Augusto França, Luís de Moura Sobral, María de Jesús Ávila, Mário Cesariny, Paulo Henriques

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Nadir Afonso

Expresso Actual dee 7/4/2001

"Razão e excesso"

A homenagem prestada a Nadir Afonso não é ainda uma retrospectiva organizada com rigor crítico

NADIR AFONSO, Centro Cultural de Cascais. Até 6 Maio

A uma homenagem, como a que o Centro Cultural de Cascais presta a um dos seus munícipes, não se pede o rigor científico de uma retrospectiva, mas Nadir Afonso, que já ultrapassou os 80 anos, ganharia em fazer passar a sua obra pelo crivo de uma exposição crítica, no sentido que têm as edições críticas nos domínios da escrita.

O seu nome é sempre citado quando se recordam as Exposições Independentes, no Porto dos anos 40, e a sua obra de pintor é uma referência na afirmação do abstraccionismo geométrico em Portugal, ao lado do pioneiro Fernando Lanhas, outro «independente». No entanto, para além de algumas pinturas isoladas que todas as sínteses históricas reproduzem, expostas no CAM, em representações nacionais e outras abordagens panorâmicas, a carreira de Nadir continua a ser mal conhecida. Uma primeira retrospectiva foi-lhe dedicada em 1970 pela Gulbenkian, em Paris e Lisboa, mas a generalidade das obras reproduzidas no catálogo datam da década anterior, deixando o percurso prévio por estudar. Também não tiveram rigor crítico quer a retrospectiva apresentada em 93 na sua cidade natal, Chaves, quer a monografia editada em 98 por Livros Horizonte. Aí se foram revelando algumas obras esquecidas ou inéditas, mas sempre sem enquadramento histórico e apenas acompanhadas por textos do próprio artista.

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Júlio Resende Porto'2001

1. Expresso Cartaz de 24/11/2001, pp. 32-33

"A cidade de Júlio Resende"

Da retrospectiva em Matosinhos à Fundação do pintor em Valongo (à margem da capital cultural)

JÚLIO RESENDE, Paços do Concelho de Matosinhos (até 20 Dez.)
FRANCISCO BRENNAND, «No Acerto com o Mundo» (Fundação Júlio Resende, Valbom, Gondomar, até 2 Dez.)

O panorama do Porto, como qualquer panorama, é feito de diferentes e desencontrados círculos, meios ou nichos do pequeno mundo da arte, mas é alargando os itinerários até à periferia que a cidade de Manuel de Oliveira, de Eugénio de Andrade, de Agustina e de Siza Vieira se reencontra com outro dos seus nomes, Júlio Resende. Esta área alimenta-se mais facilmente (mais oficialmente) de esquecimentos ou exclusões do que outras.

É em Matosinhos, por iniciativa da sua Câmara, que se pode ver, neste ano de particular significado para o Porto, a obra do principal dos seus pintores. A homenagem necessária tomou a forma de uma ampla retrospectiva da pintura de Resende, embora na sua muito extensa produção, material e cronologicamente, tenham também relevância o desenho e a aguarela e, em especial, a grande decoração instalada em lugares públicos, com largo recurso à cerâmica (objecto de uma mostra do Museu do Azulejo em 1998).

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Tags: Francisco Brennand, Fundação Júlio Resende, Júlio Resende

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Fernando Lanhas Porto'2001, Serralves

Expresso Cartaz de 21/4/2001, pp. 28-29

Sonhei que sabia tudo

As perguntas, os deslumbramentos, os sonhos e os quadros de Fernando Lanhas

Na sala central do Museu de Serralves, as últimas pinturas de Lanhas, já de 1998-2000, coexistem com vitrinas de trilobites e meteoritos. Numa parede, lê-se: «Sonhei esta noite com trilobites vivas. (…) Em certo momento vi uma trilobite grande, de cor dourada, que estava mutilada nas pleuras. Peguei na trilobite sem qualquer receio, para a ajudar. Era uma trilobite muito sossegada e meiga. As crianças até lhe faziam festas.», S322A (sonho 322), 16-17.XII.92. Dois mapas assinalam os principais meteoros e meteoritos caídos em Portugal e a trajectória de um meteoro observado em 1984.

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07/16/2007

Calapez / Xana

EXPRESSO/Cartaz de 31/03/2001

"Realidades virtuais"

Dois artistas já de longo curso, com pinturas que interrogam ou recusam a referência à paisagem
«CAMPO», de Pedro Calapez , Presença, Porto, até 5 de Maio
«PAISAGENS?», de Xana, Cesar, Lisboa, até 2 de Maio

Que acontece entre a urgência das revelações de jovens artistas, as afirmações geracionais ou novidades e, por outro lado, o ritmo pausado das consagrações ou revisões mais ou menos históricas? Quando não se extinguem os fulgores iniciais, na maioria dos casos, as obras estabelecem-se como produções continuadas, ocupando um espaço precário entre a exigência de um fácil reconhecimento (o estilo, a imagem de marca) e a ameaça da repetição. Não é pacífica, nas artes plásticas, a ideia de maturidade criativa, e a lógica da rápida rotação e obsolescência de todos os produtos também domina este mercado. As colecções institucionais ou particulares mais mediatizáveis fazem-se, em geral, com obras baratas, substituindo-se para isso, aceleradamente, as sucessivas gerações de jovens. Os museu e as histórias sumariam emergências e é à mesma lógica de distribuição que corresponde o actual mercado das feiras.

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Tags: Alexandre Barata, Galeria Cesar, Pedro Calapez, Presença, Xana

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06/13/2007

Fundação António Prates Ponte de Sor/Badajoz (2001)

A Fundação António Prates, em Ponte de Sor, tem inauguração marcada para 13 de Julho. O projecto e a colecção  que o sustenta, com origem na actividade do galerista com o mesmo nome (São Bento, Centro Português de Serigrafia e Gal. António Prates), foram apresentados numa exposição em 2001, no Museu de Badajoz, e falava-se então num início de actividades logo em 2002.
A montagem inaugural, que inclui artistas estrangeiros e portugueses, está a ser organizada pelo titular da colecção e por Graça Fonseca, que teve uma activa galeria com o seu nome entre 1989 e 97, em Lisboa, e é agora secretária-geral da Fundação.

Foi publicado no EXPRESSO/Cartaz de 17/11/2001 o seguinte artigo :

« Caminhos de fronteira »
Apresenta-se em Badajoz a colecção de António Prates e a fundação a instalar em Ponte de Sor

"Fundação António Prates. Um projecto para Ponte de Sor" / MEIAC, Badajoz / Novembro-Dezembro de 2001

Em Madrid expõe-se a colecção de arte portuguesa do MEIAC (Museu Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporáneo), depois de já ter sido apresentada em Sevilha e antes de seguir para Barcelona. Em Famalicão exibe-se a retrospectiva do surrealismo que foi uma iniciativa do Museu de Badajoz e de Perfecto E. Quadrado antes de ser uma co-produção com o Museu do Chiado (em Janeiro vai para Madrid, e conviria resolver antes os equívocos surgidos a seu respeito, porque será um escândalo a montagem no Círculo de Belas Artes sem a participação de Cesariny). No próprio MEIAC faz-se agora a primeira apresentação pública da Fundação António Prates, cuja inauguração em Ponte de Sor se prevê para Abril.

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06/04/2007

Veneza 2001

EXPRESSO/Revista de 16/6/2001

"Volta ao mundo"

O «Palco da Humanidade» segundo Harald Szeemann

Vinte e oito pavilhões nacionais nos Jardins, 21 pela cidade, incluindo os do colectivo latino-americano, de Singapura, Taipé e repúblicas ex-soviéticas. Mais as duplas representações que se multiplicam, da Espanha, Holanda, Suiça, etc., e várias mostras «a latere». Ao gigantesco programa, cada vez mais um mercado mundial de exposições, soma-se o projecto do comissário-geral, a ocupar o vasto Pavilhão da Itália (que fica sem presença própria) e um quilómetro de edifícios fabris, no Arsenal, herança da antiga potência marítima.

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Veneza 2001 - Penalva

"Um palácio em Veneza"

Expresso de 16/6/2001

Portugal em competição em Veneza com uma cenográfica instalação de João Penalva

Coexistem duas bienais em Veneza. Uma é a das representações nacionais, apresentadas quer em pavilhões próprios nos Jardins do Castelo, construídos desde 1907 numa bem curiosa sucessão de estilos arquitectónicos (a bienal seguiu o modelo das exposições universais), quer dispersas pela cidade em espaços variados, no caso dos países sem pavilhão. Outra, a grande exposição do director de cada edição, que visa ser uma proposta cosmopolita sobre o estado da arte e o seu futuro. Esse diálogo, em grande medida de surdos, entre valores nacionais e um ponto de vista internacional, no qual intervêm tanto os países do centro como as periferias mais distantes (excepto a África), é bem elucidativa das resistências à globalização da arte do mundo, que não é o mesmo que «o mundo da arte».

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04/04/2007

Magnum 2001, "Mudar o olhar"

EXPRESSO/Cartaz de 19/5/2001 - II

"Mudar o olhar " - O fotojornalismo num momento de viragem

Quantas vezes já se escreveu que chegou ao fim a idade de ouro do fotojornalismo? Não importa. Invocar uma qualquer idade de ouro é sempre situar o debate no terreno dos mitos. O certo é que as grandes peregrinações da arte contemporânea, como a última edição da Documenta de Kassel e a próxima da Bienal de Veneza, se abrem à fotografia dita documental como nunca sucedeu no passado, esquecendo todas as condenações teóricas proferidas contra os fotógrafos do real.

"Abrem-se novos canais de circulação às imagens documentais e inventam-se diferentes olhares"  (destaque)

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Magnum 2000/01, "O mundo está diferente"

EXPRESSO/Cartaz de 19/5/2001 - I

"O mundo está diferente" - Os fotógrafos da Magnum interrogam a última década do séc. XX

a Exposição
MAGNUM° — ENSAIOS SOBRE O MUNDO / «Magnum Our Turning World. Photographs 1989-1999»
Culturgest (Até 27 Agosto)
o Livro
Magnumº, Phaidon, 2000

A Magnum é de tal modo influente e admirada, ou contestada, que existe o risco de se ver como uma exposição sobre uma agência fotográfica o que é de facto um discurso sobre o estado do mundo no início do novo século. O público que enche as exposições anuais do World Press Photo, explorando as fotografias sem se guiar pelos nomes dos autores, não se deixará enganar, mas o jornalismo e a crítica que escrevem sobre o que não precisam de ver preferem a enésima referência sobre a mítica agência à realidade das imagens e desdobram-se em elucubrações vagas a respeito da oposição entre arte e reportagem ou do conflito de gerações, a guerra entre clássicos e renovadores, no seio da cooperativa criada em 1947 por Cartier-Bresson, George Rodger, Robert Capa e David «Chim» Seymour.

"Exposição e livro são duas peças distintas de um imenso projecto fotográfico" (destaque)

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12/28/2006

Balanço de 2001

"As imagens que ficam "
Um universo em crescimento constante onde a excelência continuará a ser um acontecimento raro EXPRESSO/Actual de  29-12-2001

(Fotos: Bonnard, «La Chambre Jaune», 1942/5
Clara Martins, «Don't sit on me», 2001
Jorge Martins, «Os Limites da Evidência», 2000)

No último mês do ano, o filósofo Jacques Rancière veio a Lisboa falar sobre a pertinência do tema do fim da arte. A questão teórica, sob reformulações diversas, já sobreviveu a dois fins de século, embora nunca tenha sido tão grande como agora a oferta artística. Também a Cultura, de maiúscula oficializada, nunca ocupou um tão grande espaço social, ainda que sejam muito negros os dados estatísticos sobre a iliteracia e os juízos críticos que nos vão deixando os últimos grandes humanistas (por exemplo, Gombrich, falecido em 2001).

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