A reabertura do Estúdio de Carlos Relvas foi o tema de capa do Expresso/Actual de 14 de Abril, com um trabalho de António Henriques, certamente o mais persistente dos jornalistas que se têm ocupado d0s episódios da respectiva história. (ver abaixo Carlos Relvas - 1981- 1996)
Depois, a informação mais completa foi dada pela imprensa local, nomeadamente em O Torrejano de 20 de Abril.
Aí se fica a saber, além do programa da inauguração no dia 21, que a musealização do edifício, a cargo da Câmara Municipal presidida por José Veiga Maltez, conta com o apoio do Departamento de Fotografia do Instituto Politécnico de Tomar, com o qual celebrou um protocolo.
Segue um extracto da notícia:
"Além do mobiliário, das obras de arte, dos escritos, das fotografias, máquinas, inventos (como o bote salva-vidas) e adereços que foi possível recuperar, a Casa-Estúdio conta ainda, num anexo, com estruturas de apoio (um bar) e um moderno laboratório de fotografia.
Com o financiamento do Programa Operacional da Cultura (POC) para a musealização do espaço, a Câmara da Golegã conta ainda com o apoio do Departamento de Fotografia do Instituto Politécnico de Tomar, com o qual celebrou um protocolo. Além de permitir o acompanhamento de especialistas na matéria que queiram visitar o museu, os técnicos do IPT vão ajudar a estabelecer os paralelismos da evolução da fotografia, estudar o espólio recuperado e tentar recuperar e pôr a funcionar as máquinas de Carlos Relvas.
"Com a recuperação da casa-estúdio a cargo do IPPAR, numa obra que rondou os 2 milhões de euros, a candidatura ao POC para a musealização (com uma comparticipação de 72 por cento dos 150 mil euros do projecto), a autarquia, que investiu no museu cerca de 250 mil euros, assumiu o arranjo exterior do espaço, tendo-se, a partir de fotografias do próprio Relvas, procurado dar a conhecer a evolução do jardim. Esse espaço é também reflexo das várias fases da vida de Relvas, um homem com tanto de génio como de problemático, com tempos áureos e outros complicados."
A regionalização a funcionar é a melhor garantia de salvaguarda do Estúdio-Museu, depois dos anteriores episódios com sede em Lisboa e no Porto.
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Da memória descritiva dos arquitectos: "Para assegurar um adequado funcionamento, em termos de visitas, construiu-se um novo núcleo de escadas associado ao Pavilhão do Jardim, que o liga subterraneamente ao Estúdio através de uma Galeria de Exposições Temporárias. Outro túnel técnico infraestruturou minimamente o edifício existente. Ainda no Pavilhão, estarão localizados os espaços onde se poderão efectuar actividades interactivas relacionadas com a História da Fotografia.
Esta [não] intervenção procurou reforçar a identidade do Estúdio Fotográfico de Carlos Relvas, possibilitando o seu uso contemporâneo numa perspectiva contemplativa e museológica."
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