Ponte Pedro e Inês, sobre o rio Mondego (de Adão da Fonseca e Cecil
Balmond), 2006. Polis de Coimbra
É qualquer coisa entre a propaganda e a publicidade, e não a exposição que deveria ser feita a propósito do Programa Polis, que já tem seis anos de projectos e vicissitudes. Algumas maquetas de edifícios e arranjos urbanísticos, algumas projecções, fotografias e textos, dão conta de intervenções em curso, em projecto ou já realizadas - nestas exposições políticas raramente se fornecem datas, o que permite administrar promessas,adiamentos e inaugurações conforme as conveniências.
A ponte da foto acima, inaugurada em 26 de Novembro de 2006, tem tido mais projecção internacional do que por cá. É um projecto da Arup e de Cecil Balmond, um dos mais famosos engenheiros de estruturas (His recent projects include the Battersea Powerstation redevelopment, the 2002 Serpentine Pavilion in London, New York’s World Trade Center, and the CCTV building in Beijing - Arup ). Faz parte do Polis de Coimbra (Mercês Vieira e Camilo Cortesão) e liga o Parque Verde de Mondego à margem esquerda do Mondego.
Também aqui, na exposição "Viver as Cidades - Programa Polis", se substituiram por designers ou publicitários (anónimos) os autores necessários de uma exposição de urbanismo. O resultado é incompetente, e é pena, porque está em causa uma profunda transformação ou requalificação de cidades e uma mobilização em grande escala de arquitectos qualificados. Expõem-se conceitos e fórmulas promocionais, e exemplos desordenados e sem contexto. Há mais ruído que informação, mas sempre se encontram (ou reencontram) alguns objectos e alguns lugares que vale a pena conhecer mais de perto.
A condizer, o site do Polis ainda anuncia inauguração da exp. para Fevereiro...
Está no Pavilhão de Portugal no Parque das Nações (para o qual se procura um presente condigno há perto de dez anos - não há Polis que lhe valha -, e a CML que o quer comprar não tem projectos para ele, ou melhor, desviou o previsto museu do design para a beira do Adamastor e as noites do Bairro Alto).
De 3ª a dom., 11-19h (com conferências e dias regionais), ainda até 18 de Abril.
Hoje era o dia de Viana do Castelo. Com representação da cidade confiada a uma banda mista de gaiteiros, de Viana, gigantones e cabeçudos mais os bombos da Areosa, e o rancho das lavradeiras de Carreço, com as suas carradas de ouro ao pescoço (e que também trouxeram de comer...).
É curiosa essa junção de exemplos de transformação urbanística com desfiles de grupos folclóricos, como se nenhumas das mutações anunciadas pusesse em causa a continuidade da tradição popular (ou da sua ficção recreativa, por via da música e da dança).
Olá!Eu estive nessa exposição,as minha amigas são as meninas da foto acima. Gostaria de rectificar, que não foi o Rancho das Lavradeiras de Carreço que esteve presente, mas sim o Grupo Folclórico e Cultural Danças e Cantares de Carreço.
Foi pena a exposição não ter sido ao ar livre pois teria muito mais adesão. Quase ninguém se apercebeu do feirão de produtos tradicionais que existia no interior do Pavilhão de Portugal.
Posted by: Paula Silva | 07/30/2007 at 15:26
Sim, uma ponte lindíssima e que veio valorizar a zona da Beira Rio, agora com as duas margens valorizadas só resta resolver o problema, diga-se de passagem bastante inestético, dos prédio embargados junto à linha do comboio!
Posted by: *Nita* | 04/26/2008 at 19:40