Chegaram ao fim os três anos de Horacio Fernández à frente do PhotoEspaña e para resolver esse vazio adoptou-se um perfil comemorativo: o festival de fotografia de Madrid faz dez anos. Esse é o (não) tema que sucede às edições que tiveram por título "Historias", "Ciudad" e "Naturaleza".
Alguns grandes nomes no programa, ou nomes mais mediatizados, podem captar as atenções: é o caso de Sebastião Salgado com "África", uma selecção de mais de 50 imagens de largo formato feitas ao longo de 30 anos (1 de Junho na sala do BBVA); e de Andres Serrano, com uma retrospectiva no Círculo de Belas Artes ("O dedo na ferida"...) - e aí estará também a obra menos conhecida da também norte-americana de origem húngara Sylvia Plachy (Budapeste, 1943).
É o caso de Bruce Davidson, com "Central Park" (ed. Aperture), na Fundação Astroc, e de Raymond Depardon no Centro Conde Duque com PPP, Photographies de Personalités Politiques de quatro décadas (Seuil, 2006). Ou de Man Ray, com mais uma retrospectiva, esta vinda do seu Trust para o Museu Colecções Ico, com pinturas, objectos, documentos. É maior a novidade com Zhang Huan, performer e fotógrafo chinês instalado em Nova Iorque (n. 1965) que é mostrado na Fundação Telefónica, só a partir de 7 de Junho. E Lynn Davis, que se pôde conhecer em "INGenuidades", estará no Museu Thyssen com os seus icebergs e as fotografias da Pérsia antiga - é uma outra experiência do tempo.
Mas os grandes motivos de interesse desta edição residem em duas colectivas. Uma histórica e que nos interessa de perto: "Neorealismo. La Nueva Imagen en Italia, 1932-1960", no Centro Cultural de la Villa (Colón) - de 30 de Maio a 22 de Julho.
La muestra se desarrolla en distintas secciones, presentando más de 250 materiales de diversos tipos. Las imagenes, originales en su mayoria, se exponen junto con revistas, catálogos, y periódicos. Asimismo, se acompaña de un catálogo que reune por primera vez las biografias del conjunto de sus protagonistas, incluyendo a editores, directores de arte, escritores y criticos. (A edição italiana NeoRealismo - La nuova immagine in Italia 1932 – 1960 saiu em 2006, a cura di Stefano Scipioni e a mostra está a iniciar a sua digressão internacional).
Organizada en diferentes temáticas, trata de contextualizar la obra de tantos fotógrafos que trabajaron en la época. Asuntos como el realismo en la época fascista, la miseria y reconstrucción de un país desolado, las grandes misiones científicas, los círculos fotográficos y el fotoperiodismo y revistas aspiran a reconstruir la Italia de posguerra realizada por conciencias dispares pero que sí coincidieron en un lenguaje lírico y documental. Para esta exposición se ha programado además tres días de conversaciones entre sus protagonistas con el apoyo del Istituto Italiano di Cultura. Divididos por temas –fotografía, cine y literatura– estas jornadas cuentan con intervenciones de algunos de los fotógrafos participantes en la muestra además del crítico italiano Gian Piero Brunetta.
A outra é um projecto colectivo de abordagem do presente, comissariado por Paul Wombell, ex-director da Photographers Gallery de Londres: "LOCAL. El fin de la globalización", na Sala Canal Isabel II, com trabalhos de H. Aarsman / Shelbi Lee Adams / Boris Mikhailov / H. El Madani / T. Hunter / J. Southam / Xavier Ribas / L. Tianbing / Hellen van Meene / Massimo Vitali / K. Weinberger . Inaugura dia 5 de Junho (de 6 de Junho a 2 de Setembro)
Doce fotógrafos internacionales de prestigio reivindican el papel de la comunidad en la sociedad globalizada en un contexto social, cultural y económico donde el término globalización está en boca de todos. La premisa de esta muestra es proponer nuevas posibilidades de considerar la importancia de lo local en la fotografía contemporánea. LOCAL. El fin de la globalización se estructura a partir de tres temas distintos: lugares locales, ciudades locales y gente local, quedando así de manifiesto la celebración del lugar y la comunidad cuestionando la definición de globalización.
Este proyecto reúne un elenco importante de artistas de muy diversos orígenes que permite descubrir ambientes marginales, adolescentes, lugares de turismo masificado, mendigos, guerrilleros, de la mano de importantes fotógrafos, en un paseo por la fotografía costumbrista, documentalista y artística...
E ainda os melhores livros de fotografia do ano (e das dez edições anteriores) na Biblioteca Nacional,
a luta livre no México de Lourdes Grobet (Casa de América) e, entre os programas das galerias, Daniel Blaufuks em La Caja Negra, com "No próximo domingo" (7 junio-28 julio). Tem sido uma presença frequente em Madrid e este ano é única, depois da convivência ibérica que H. Fernández iniciara.
programa completo em PhotoEspaña
(http://www.phedigital.com)
Os "Encontros PHE", sobre el papel de la imagen digital dentro de la fotografía, são dirigidos por Christian Caujolle : 31 de mayo, 1 y 2 de junio no Museo Reina Sofía (pré-inscrição)
se sempre conseguir ir à photoespaña (nas pausas entre exames) irei seguir estas sugestões. obrigada :)
Posted by: neftos | 06/30/2007 at 13:09