Do "estado do mundo" ao estado das artes: Danièle Cohn (professora de filosofia em Paris, autora do livro Impasses, com Fernando Gil e Paulo Tunhas, viúva de F.G.) fala na Gulbenkian sobre:
"Pensar as artes, hoje: as artes, o verdadeiro e o justo"
A síntese indica algumas questões importantes:
"A arte contemporânea joga muitas vezes com os extremos, e a repugnância ( desgosto era uma errada tradução de dégoût ) é por vezes considerada um mal necessário ou uma possibilidade de brincadeira. Mas, na verdade, continuamos a acreditar que as artes nos tornam melhores e mais felizes. Que laços existem entre a arte e a moral? Há uma verdade artística?"
Auditório 2
O Estado do Mundo
Foi uma difícil jornada através da estética filosófica, mas sem trocar a criação, as obras de arte, pela especulação essencialista e/ou institucional, olhando algumas obras e interrogando-as, do Laoconte a Kiefer, com passagem por curiosíssimas imagens do barroco regional italiano ("montes sacros" do Piemonte e Lombardia - Sacri Monti ).
A piedade, o grito, a dor e a repugnância. Do outro lado, a autonomia da arte e a chamada atenção desinteressada. O distanciamento. Etc. Mais Goethe que Kant.
De DC foi traduzido em português (com revisão de FG) "A Lira de Orfeu - Goethe e a estética", Campo das Letras 2002. A Introdução é uma excelente síntese da história e dos caminhos actuais da estética.
O Público (Alexandra Lucas Coelho) fez-lhe uma entrevista que está ainda acessível (pesquisa últimos 7 dias)
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