A Bienal de longe: la biennale
1. GB: Tracey Emin: "Borrowed Light"
British Pavilion Venice Biennale 2007 Tracey Emin
Waiting For a moment, 2006
Acrylic and pencil on canvas (56 x 61 x 2 cm) (incl. frame)
© the artist . Photo: Iain Dickens . Courtesy Jay Jopling/ White Cube (London)
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"I am a member of the establishment - but the new establishment. You don't have to be a fucking debutante to do a good deed." TE in
"Middle-aged Brit Artist waves the flag in Venice"
by Charlotte Higgins, arts correspondent
Thursday June 7, 2007 The Guardian
e tb: "From party girl to Biennale queen"
Lynn Barber
Sunday June 3, 2007. The Observer
(A srª intimidou-se com a oportunidade. Parece tudo muito fraco.)
2: PORTOGALLO
"Maison Tropicale", Ângela Ferreira
Commissario/Curatore: Jürgen Bock. Sede: Fondaco Marcello, San Marco
http://www.iartes.pt/veneza2007/
A história das casas africanas de Jean Prouvé, de 1949-51, no quadro dos seus outros projectos de casas modulares que são do domínio da invenção técnica e da utopia (foram objecto de uma exp. na bienal de arquitectura de 2000 - Prouvé ), é um interessante tema para um artigo ou um ensaio - e o seu regresso à Europa e restauro graças à determinação de um galerista e entusiasta do design será apenas mais um e o mais recente dos seus tópicos. Em Setembro de 2006 um dos protótipos vindos do Congo foi exposto por ocasião da Bienal dos Antiquários de Paris; outro foi entretanto vendido e depois oferecido ao Centro Pompidou, e aí ficou exposto em Janeiro; na última quarta-feira, o primeiro foi vendido pela Chirstie's em Nova Iorque por 4,96 milhões de dólares; um outro, antes instalado em Niamey, poderá vir a ser um museu itinerante dedicado ao grande arquitecto e designer autodidacta francês, artesão e industrial... (1901-1984). Estamos assim entre a história e a mais recente actualidade. O essencial da obra está aqui, já feito.
A ideia de que uma obra de arte "reflecte sobre" (uma forma pateta de indicar que há um tema, depois de ter passado o respectivo interdito pelo modernismo formalista) começa por ser um atropelo à própria noção de reflexão intelectual, para além de ser um entendimento redutor de criação e certamente também de arte (mas já se sabe que tudo pode ser arte...). Depois pode ser um exercício de demagogia, de oportunismo e/ou primarismo político, mas então logo aparece a categoria arte, e a pressão do politicamente correcto, a caucionar a estreiteza do raciocínio. O objecto pode até ser atraente (acontece com algumas construções de AF, que usa a apropriação com "elegância"), a "ideia" é que é ínvia e conceptualmente deficiente.
E todo esse argumentário ideológico só funciona no enquadramento oficial que o convida, produz, divulga, expõe e neutraliza enquanto grande produção institucional e breve momento de um espectáculo cultural frequentado pelo meio da arte - da escola para a bienal e/ou o museu: é A ACADEMIA. (As condições de produção são determinantes da eficácia e comunicabilidade dos objectos.)
A "mensagem" é um texto anexo (e alheio) ao objecto, que o "explica" e justifica (a partir de fora) - fornece-lhe as coordenadas históricas da apropriação (a construção modular de Jean Prouvé, etc) e atribui-lhe depois um sentido (progressista) enquanto denúncia do seu recente regresso à Europa (pós-colonial?). De facto, não existe criação: há um programa (um tema e um enunciado) e há a sua ilustração, a execução. Por outro lado, mas por isso mesmo, trata-se estritamente de arte sobre arte (a eficácia do projecto político circunscreve-se ao meio da arte e extingue-se nele) e está-se, de facto, nos antípodas do bem intencionado título da bienal: entre o que se sente e o que (ou como) se pensa não existe qualquer troca ou contágio. Outras obras de Prouvé têm sido deslocadas em ou de França, restauradas e revalorizadas como objectos de referência e de colecção; a conversa neo-pós-colonial só vem acrescentar ruído e desviar a atenção dos problemas de África.
Nota: A informação do IA escusava de falsear a realidade e afirmar que Portugal (só) tem uma representação continuada desde 1997 (o modelo era outro, não havia IA, o governo não era PS, mas já se regressara em 95) ver abaixo (Categoria: Veneza): "Portugal nas bienais"
Portugal em Veneza - 1895-2001
e tb os dois artigos sobre Veneza 1995
3.. A controversa representação de África: "CHECK LIST LUANDA POP"
Padiglione Africano, Artiglierie dell’Arsenale
La mostra è stata selezionata da un comitato d’esperti formato da Meskerem Assegued, Ekow Eshun, Lyle Ashton Harris, Kellie Jones, Bisi Silva e presieduto da Robert Storr per rappresentare il continente africano alla 52. Esposizione Internazionale d’Arte.
Os artistas: Ghada Amer, Oladélé Bamgboyé, Miquel Barcelò, Jean Michel Basquiat, Mario Benjamin, Bili Bidjocka, Zoulikha Bouabdellah, Loulou Cherinet, Marlène Dumas, Mounir Fatmi, Kendell Geers, Ihosvanny, Alfredo Jaar, Paulo Kapela, Amal Kenawy, Kiluanji Kia Henda, Paul D. Miller aka DJ Spooky, Santu Mofokeng, Nástio Mosquito, Ndilo Mutima, Ingrid Mwangi, Chris Ofili, Olu Oguibe, Tracey Rose, Ruth Sacks, Yinka Shonibare, Minette Vari, Viteix, Andy Warhol, Yonamine
Curatori: Fernando Alvim e Simon Njami
sito web: http://sindikadokolo.soso-arte.net
4.
e por exemplo (a extensão e a qualidade da informação disponível em sites próprios são muito variáveis):
AUSTRIA
Herbert Brandl (que já se conheceu em Serralves)
Commissario: Robert Fleck. Brandl
5.
Espãna
Paraíso fragmentado
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