A noticia está no NYT de hoje: nytimes.com
ou
http://www.nytimes.com/2007/07/09/arts/09szarkowski.html?ref=obituaries
John Szarkowski, Curator of Photography, Dies at 81
By PHILIP GEFTER
Published: July 9, 2007
"John Szarkowski, a curator who almost single-handedly elevated photography’s status in the last half-century to that of a fine art, making his case in seminal writings and landmark exhibitions at the Museum of Modern Art in New York, died in on Saturday in Pittsfield, Mass. He was 81." (...)
"In the early 1960’s, when Mr. Szarkowski (pronounced Shar-COW-ski) began his curatorial career, photography was commonly perceived as a utilitarian medium, a means to document the world. Perhaps more than anyone, Mr. Szarkowski changed that perception. For him, the photograph was a form of expression as potent and meaningful as any work of art, and as director of photography at the Modern for almost three decades, beginning in 1962, he was perhaps its most impassioned advocate. Two of his books, “The Photographer’s Eye,” (1964) and “Looking at Photographs: 100 Pictures From the Collection of the Museum of Modern Art” (1973), remain syllabus staples in art history programs." (...)
Os seus livros e os seus catálogos continuarão a ser essenciais.
Thaddeus John Szarkowski nasceu a 18 Dez. 1925, em Ashland, Wiscounsin.
Começou a fotografar aos 11 anos, partilhando essa paixão com a pesca à
truta e o clarinete. Formou-se em história da arte em 1947, já depois
de ter servido no exército durante a II Guerra, e chegou a tocar na
Madison Symphony Orchestra. Quando em 1962 substituiu Edward Steichen
no MOMA, aos 37 anos, ocupando o lugar de director do departamento de
fotografia, era um fotógrafo reconhecido, com dois livros publicados:
“The Idea of Louis Sullivan” (1956) e “The Face of Minnesota” (1958).
Só depois de abandonar o Museu em 1990, reformando-se com a exposição e o livro Photography Until Now,
é que Szarkowski voltou a expor e a publicar as suas fotografias. Estas foram
reunidas em 2005 numa retrospectiva que iniciou a digressão americana
no Museu de Arte Moderna de São Francisco e chegou ao MoMA no ano
seguinte.
#
Jorge Calado publicou no Expresso dois artigos sobre John Szarkowski:
«A fotografia segundo a técnica», Revista de 2 Junho 1990, sobre "Photography Until Now" (aos 65 anos JS atinge a idade da reforma e retira-se em glória, com a mais original das exposições comemorativas dos 150 anos da descoberta da fotografia, que marca também o cinquentenário da criação, em 1940, do Departamento de Fotografia do MoMA)
“As fotografias de John Szarkowski”, Actual de 14 Abril 2006, sobre a retrospectiva da sua obra em 2005/06 - ver texto integral aqui
"Durante os 30 anos que esteve à frente do departamento - a posição mais importante e influente no meio da fotografia americana -, Szarkowski nunca publicou ou exibiu qualquer fotografia sua, desencorajando todos os galeristas e curadores. Conforme explicou, não queria que houvesse qualquer «confusão entre os seus julgamentos como curador e as suas intuições como artista». Esgotados há muito os livros que publicara - enquanto chefe do MoMA nunca autorizara reimpressões -, a sua fotografia pessoal permanecia um mistério. (...)
"Szarkowski achava que «não compete ao MoMA ‘melhorar’ a fotografia - torná-la mais digna, ou mais próxima das artes mais antigas, ou mais (ou menos) moderna. A fotografia criativa não depende da aprovação dos museus. Ela está nos museus não para se elevar a si própria mas sim para elevar aqueles que olham e a vêem». Durante os seus 30 anos de Nova Iorque, John Szarkowski supervisou 160 exposições no MoMA e comissariou algumas das mais importantes. Entre estas últimas estão «The Photographer and the American Landscape» (1963), «New Documents» (que, em 1967, juntou Arbus, Winogrand e Friedlander), «New Japanese Photography» (1974), «Mirrors and Windows» (1978), «Big Pictures by Contemporary Photographers» (1983), além de retrospectivas de Atget (em quatro partes, com Maria Morris Hambourg), Brassaï, Kertész, Lange, Lartigue, Penn, etc. Também prestou atenção a Metzker, Gedney, Koudelka, Gohlke, etc., dando-lhes mostras individuais. A despedida foi com «Photography Until Now» (1990) - uma visão muito pessoal e muito virada para técnica da história da fotografia."
Comments