A não perder no Museu Reina Sofia, até 15 de Out., também a retrospectva de Gordillo comissariada por ele próprio e instalada com grande imaginação e inteligência - e muito pouco respeito pelas rotinas expositivas, o mesmo que irreverência - nas salas do antigo museu-hospital (edif. Sabatini).
ICEBERG TROPICAL, Luis Gordillo. Antológica 1959-2007
Luis Gordillo (Sevilla, 1934), "recientemente galardonado con el Premio Velázquez 2007, máximo reconocimiento que hace el Estado Español a toda una trayectoria artística en el campo de las Artes Plásticas, es una de las figuras más influyentes del arte español en los últimos cuarenta años.
Su carrera artística comienza a mediados de los años cincuenta, tras licenciarse en Derecho y haber estudiado música, decide ser pintor y asiste durante dos años a la Escuela de Bellas Artes de Sevilla. En el verano de 1958 reside en París, cultivándose a fondo en museos, cine, lecturas..., pero sobre todo vive un clima de libertad entonces difícil en España. Amplia sus conocimientos sobre la vanguardia del momento, de manera especial, informalismo y arte geométrico. En 1959 vuelve a París, esta vez por dos años. Pinta según los parámetros informalistas, principalmente obras en tonos negros sobre blanco, siguiendo la brecha abierta por Michaux, Tàpies, Millares, Wols, etc...."
continua (MNCARS)
A originalidade da montagem - as pinturas colocadas sobre "papel de parede" que padroniza peças fotográficas de LG, os quadros transversalmente expostos em sequência, a visibilidade dada à série e ao processo - constrói inesperadas e óptimas condições de inteligibilidade de uma obra respeitável, que conhecia de forma desgarrada.
Sendo principalmente uma pintura sobre a pintura (sobre questões do fazer da pintura e sobre a sua história num contexto de crise vanguardista), a obra independente, o quadro, valoriza-se ao ser colocado num cenário que situa a respectiva problemática processual. Construção e dissolução da imagem; apropriação da fotografia; composição, repetição, simetria, multiplicação; questões de escala e de unidade ou fragmentação do suporte são capítulos que ganham sentido ao longo de uma montagem sempre diversa.
"Luis Gordillo siempre se ha implicado en la concepción de sus exposiciones antológicas. En esta ocasión ha desarrollado un proyecto expositivo muy diferente al realizado en su última gran retrospectiva celebrada en el Museu d’Art Contemporani de Barcelona, MACBA (2000). Más allá de la exhibición cronológica de piezas elegidas en función de su calidad, la muestra ha sido concebida como un espacio vivo, un campo dinámico de acciones y reacciones entre las obras, que sacude al espectador. Fiel a la idea de potenciar al máximo la activación de cuadros y espacios, y consciente, al mismo tiempo, del sentido didáctico que acompaña a una muestra antológica, Gordillo nos propone una exposición heterodoxa, muy singular, tratando de escenificar la tensión narrativa que ha caracterizado toda su trayectoria y convirtiendo la exposición en sí en una obra de arte más." MNCARS
Caballero cubista aux larmes, 1973, 160x106 cm
De idade muito próxima, mas com ritmos de formação bem diferentes (precoce o de PR, tardio o de LG), em contextos muito diversos, Londres e Paris, os dois artistas que expõem em simultâneo no RS proporcionam uma comparação significativa quanto a algumas referências de época - com que ambos se relacionam de modos muito opostos.
LG cumpre e ilustra etapas da passagem do informalismo à nova figuração (50/60), e distancia-se dos processos desta através da relação com a fotografia, até um retomar de interesses não-representativos e de um notório automatismo onde as questões processuais em si mesmas, projectadas como espectáculo visual, ganham uma decisiva relevância. A sua neo-figuração não é narrativa (mas pode ser anedótica) e o constante balanço informalismo-formalismo torna-se um exercício de ironia sobre si mesmo.
Com o seu início em 1952, a obra de PR arranca de uma informação cultural muito diferente, onde o conteúdo literário está duplamente presente por via portuguesa e inglesa, enquanto representação do mundo e seu comentário crítico - pintura de costumes e de história. A sua figuração mantem-se à margem da pop, sujeitando-se à ocultação e fragmentação sem perder a virulência interventora, e reconstrói-se depois como reaprendizagem e diálogo com a história. Para, depois disso, ampliar ainda, nos anos mais recentes, a sua dimensão onírica e fantasista.
The Fisherman Triptych (c. right panel) 2005, pastel on paper, 180 x 120 cm. Gal. Marlborough, Londres
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