PAULA REGO
Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía
25 de septiembre – 30 de diciembre 2007
Cães Vadios (Cães de Barcelona), 1965, colagem e óleo s/tela, 160x185 cm.
"La muestra, la mayor y más completa retrospectiva dedicada hasta el momento a la artista, cuenta con 89 pinturas —incluidos los monumentales pasteles que constituyen su medio predilecto desde 1994 —, 44 aguafuertes y litografías, 5 libros y 64 dibujos, muchos de los cuales son estudios previos, fundamentales para entender el desarrollo de su trabajo.
El Museo Reina Sofía propone así una revisión completa del trabajo de Paula Rego (Lisboa, 1935), experta conocedora de diversas técnicas como la pintura, el grabado, el collage, el pastel y el dibujo, de manera que se hace posible explorar en profundidad la interrelación de sus diferentes formas expresivas, así como su evolución como artista. Sus obras, siempre ligadas a la narración y la representación de momentos clave en el desarrollo vital de las personas, plasman escenas dramáticas e inquietantes llenas de color.
Dentro de la programación del Departamento de Educación para la nueva temporada, el miércoles 26 a las 19.00 horas se desarrollará en el Salón de Actos del Edificio Sabatini la primera cita de la serie “Encuentros con artistas”, en el que Paula Rego mantendrá una entrevista pública con el comisario de la exposición, Marco Livingstone."
La muestra podrá visitarse en sala 0 de la Ampliación Jean Nouvel hasta el 30 de diciembre de 2007
A Pequena Assassina, 1987, acrílico s/tela, 150x150 cm
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Ver PR no site da Saatchi Gallery
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A primeira mostra individual de Paula Rego em Inglaterra data de 1981. Em Portugal realizou 7 exp. individiais entre 1965 e 1978: na SNBA, São Mamede, Alvarez, Emenda, Módulo Lx e Porto, e 111.
Uma exp. de "Selected Work, 1981-1986" faz em 1987 uma digressão pelo Reino Unido (outras se seguiram, com séries de obras ou antologias de gravuras). Foi o início da grande projecção e da popularidade da artista na Grã Bretanha.
Em 1988 organizou-se uma 1ª retrospectiva na Fund. Gulbenkian e na Casa de Serralves (comis. José Sommer Ribeiro, colab. Ruth Rosengarten)
Uma 2ª retrospectiva teve lugar em 1997 na Tate Gallery Liverpool e no Centro Cultural de Belém (org. Lewis Bigs e Fiona Bradley)
Em 1999 o Centro de Arte Moderna da F. Gulbenkian expôs "Untitled" (série sobre o aborto) e "O Crime do Padre Amaro", obras de 1997-99.
Em 2005, exp. antológica 1997-2004 no Museu de Serralves (comis. João Fernandes e Ruth Rosengarten).
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Marco Livingstone comissariou em 1997 a exp. The Pop'60s Travessia Transatlântica , no CCB.
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de um diccionário: "50 +", Expresso/Actual de 20 set. 2003 (adapt.)
PAULA REGO (1935) – Nasceu em Lisboa, numa família anglófila, e estudou em Londres, na Slade School (em 1952-56, antes da vaga da arte Pop), mas demorou mais de vinte anos até ser reconhecida, a partir do início da década de 80, como um dos mais destacados pintores britânicos. A descoberta inglesa, muito posterior à admiração que ganhara em Portugal logo nos anos 60, coincidiu com o abandono da colagem, na qual fragmentava e ocultava um imaginário de forte sentido crítico, e com a passagem para uma figuração de cunho mais imediato e legível, onde o conteúdo narrativo buscava inspiração em histórias e ilustrações populares ou em temas literários. Das séries desenhadas do «Macaco Vermelho» ou das «Vivian Girls» aos «Contos da National Gallery» ou «O Crime do Padre Amaro», a obra de Paula Rego passava também a confrontar-se com a grande tradição da pintura, com a observação e o modelo vivo, ampliando nessa reaprendizagem a sua dimensão imaginária e crítica. Expõe na Marlborough Gallery e é fielmente coleccionada por Charles Saatchie, cujo museu preparava (em 2003) uma grande retrospectiva da artista.
sumário de artigos - ver "categoria" Paula Rego:
1996, "Pintura de histórias", in Tabacaria (Revista de Poesia e Artes Plásticas), nº2, ed Casa Fernando Pessoa, Lisboa, Inverno, pp. 19-23.
1997, "Antigo e moderno", Expresso/Revista de 31 Maio.
1997, "Copiar liberta a imaginação", entrevista realizada em parceria com Fernando Diogo, Expresso/Revista de 31 Maio
1998, "A Escola de Londres em Paris", Expresso/ Cartaz de 17 Out. («A Escola
de Londres. De Bacon a Bevan», Museu Maillol-Fundação Dina Vierny)
1999, "Caminho de Santiago", Expresso/Cartaz de 06 Março (Paula Rego entre a "Escola de Londres" (de Paris para Compostela)
1999, "Mostrar o inominável", "Amor e crime", "O outro escândalo", Expresso/Cartaz 22 de Maio
2000, "Copiar, transformar", Expresso/Cartaz de 24 Jun. (National Gallery, Londres, «Encounters: New Art from Old» - Paula Rego «After Hogarth»)
2003, "Falhas de rigor e de tradução", Expresso/Actual de 15 de Nov. Sobre "Paula Rego, obra gráfica completa", por T.G.Rosenthal, ed. Thames & Hyudson, Londres 2003, trad. port. (apressada) na Cavalo de Ferro, Lisboa, 2003 :
"O espaço é pouco para falar da importância da obra gravada de Paula Rego e da recente série de litografias dedicadas a Jane Eyre, em que explora a energia directa, a força e a delicadeza, do desenho sobre pedra e papel de transporte.
Reunindo toda a sua produção gráfica, das experiências escolares às grandes séries que a afirmam como um dos maiores artistas gravadores da actualidade, o volume editado em Londres e traduzido pela Cavalo de Ferro (€98) estabelece o inventário exaustivo que é próprio dum catálogo «raisonné» (condensado no fim do livro) e é um grande álbum de imagens cuidadosamente reproduzidas.
Há, contudo, alguns reparos a fazer a uma obra a que se exigiria o rigor científico dos dados e uma tradução especializada. Na edição original tem de apontar-se a incorrecção (mantida na versão traduzida) da referência às duas gravuras editadas em Portugal nos anos 60. Ambas surgem identificadas como Sem Título, com data de 1964, embora a nº 12 se tenha intitulado Quebra-cabeças e a nº 13 A Espada de Cortiça, esta com distribuição em 1965. São duas edições da Cooperativa Gravura, referenciadas com os números 194 e 197, e fazem parte do catálogo 20 Anos da Gravura, editado pela Gulbenkian em 1976. Não tiveram uma tiragem de 15 exemplares, mas de 150, e também não é correcto chamar-lhes «gravuras políticas» e dizer que foram «oferecidas à Gravura». Já quanto à nº 8, The Nightmare, não editada e de que só se tiraram provas de ensaio, fez-se um errado acrescento ao texto original (pág. 201). Aliás, «revista» é uma tradução incorrecta de «proofed» (pág. 254 e outras).
Na versão traduzida, as cinco serigrafias editadas em Portugal desde 1973 surgem com a menção «impressão sobre tela» (e a primeira também com a disparatada indicação «Seritipia feita comercialmente a partir de um desenho»). A palavra original «screenprint» refere o uso da rede de tecido que serve de matriz, mas a impressão é obviamente sobre papel. Para além da desvalorização por T. G. Rosenthal das edições em serigrafia (pouco apreciadas no mercado inglês), a tradução é feita com uma literalidade apressada e ignorante. O que se torna de leitura mais penosa no capítulo final que o gravador Paul Coldwell dedica às técnicas gráficas de Paula Rego, logo desde a tradução de «drawing intaglio» por «entalhes».
(2ª ed. em 2004 sem alterações)
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