Porto
"Travelling / Em Viagem ‘70-‘76" conta com 65 trabalhos que usam materiais simples e universalmente disponíveis tais como cartão (em especial a caixa de cartão) e tecido, mas também alguns objectos como uma banheira, um triciclo de transporte e um carrinho de mão.
Comissariado: Mirta D'Argenzio
Co-Produção: Fundação de Serralves, Haus der Kunst, Munique (Alemanha) e Museu Donna Regina (Madre), Nápoles (Itália)
As pinturas monócromas com objectos e as "combine paintings" ("mixed media" com objectos) foram uma revolução nos anos 50; as telas serigrafadas dos anos 60 reintroduziram na pintura considerada de vanguarda (inovadora) as imagens do quotidiano que o modernismo interditara, e também um explícito desígnio de comentário político. Como imagem apropriada, acumulada, abrindo caminho à pop americana, iconográfica. Depois da subtileza das decalcomanias e outras técnicas usadas para as "ilustrações" da Divina Comédia, de 1958-60, a experiência com os processos serigráficos teve grande descendência.
As décadas seguintes, de interesse pela colaboração entre arte e ciência e de lançamento de projectos de produção artística em diversas partes domundo, foram menos produtivas? Os anos 70, até à grande retrospectiva itinerante de 1976, têm ainda a energia que se viria a perder depois? Porque é indubitável que os trabalhos de Rauschenberg desde os anos 90, pelo menos (vistos por exemplo na retrospectiva dessa década, em Paris, no Museu Maillol, em 2002), são repetitivos e débeis.
Seja como for, o João Fernandes escreveu para o catálogo de Serralves um ensaio longo e muito bem documentado sobre Rauschenberg e as obras que o Museu apresenta. O qual se pode ler tb em e-vai.net
publ. dia 23, actualizado
Entretanto, na inauguração do Museu Berardo, uma obra da série Hoarfrost, ou Geada:
Plus Fours (from Hoarfrost Editions (G.573), 1974, 170,2 x 241,3 cm
(erradamente classificado como: Abstract Expressionism link para a colecção )
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