Um 5 de Outubro diferente em casa dos Cavaco Silva. Não se sabia que o presidente era dado às artes, mas é sempre tempo de aprender. Se não era passou a ser, e os seus consultores terão acertado (é sempre preciso ir ver para se saber com certezas) ao pôr em marcha uma ideia original com ajuda de uma jovem comissária independente. O CCB-Museu Berardo que se cuide.
Pelo jardins do Palácio de Belém vão estar obras de Rui Chafes (um sol negro suspenso numa árvore - "Misantropo") e de Joana Vasconcelos (o sapato gigante feito de tachos e testos - "Cinderela", estreada em Veneza). E também de Pedro Valdez Cardoso (o "Peso da História", em versão estátua equestre). Entre outras obras, quase sempre inéditas ou não vistas em Portugal, com excepção das peças cedidas por Alberto Carneiro, Baltazar Torres e João Pedro Vale. Sempre de exterior, esculturas e outras intervenções.
Joana Vasconcelos, "Cinderela"
Pedro Barateiro e Pedro Cabrita Reis, Fernanda Fragateiro e Ana Jotta, Miguel Ângelo Rocha, Dalila Gonçalves (com um obra efémera: um tapete de milho no Pátio das Damas com a frase "Quem Pássaros Receia Milho Não Semeia") são outros artistas participantes, a convite de Filipa Oliveira. No total, alargando as primeiras referências lidas no Correio da Manhã, serão 31 obras de 16 artistas - acrescentando-se agora Ângela Ferreira e Susanne Themlitz aos antes nomeados. E assim são já 14.
No Palácio de Belém, no feriado de dia 5 e depois, até 25 de Novembro, aos fins-de-semana. (E hoje, dia 4, só para convidados)
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