Julgava que era uma qualquer operação diplomática chegada ao CCB, mas de facto é a vários títulos uma notável exposição. Primeiro pela qualidade de muitas das obras e pelo equilíbrio que atravessa uma selecção muito diversa de artistas do centro da Europa já para Oriente, para os lados do antigo Império Austro-Húngaro:
Jakub Nepras (Praga 1981), Babylon Plant, colagem-vídeo, 3 projectores sincronizados, imagem HD, 2'50", loop.
É uma utilização altamente sofisticada do vídeo (tecnicamente inédita, ao que parece), associando os três ecrãs horizontais num único vertical e manipulando a imagem como um material pictural novo.
Judith Huemer (Austria 1969), Mexicoish #3, 2006, c-print (peças para vestir/performance)
e
Milos Boda (Bratislava, Eslováquia, 1953), Da série Duels and Mimesis, 2004 (natureza morta, colagens)
Vêm da República Checa, Hungria, Polónia, Eslováquia, Eslovénia e da Áustria, que assegurou o lançamento do projecto, com comissários locais. É sempre a ideia de globalização, o local e o global, o artista e a obra individuais face ao esforço de o entender através de esquemas englobantes generalizantes. que estão em causa nestes projectos colectivos. Mas são as obras, os núcleos de obras (para vários interesses especificamente orientados ou atravessando especificidades), que aqui começam por impor-se, antes das muletas das abstracções em que alguns as envolvem.
São geografias que conhecemos mal.
No CCB, Eccentric Paths / Caminhos excêntricos
Jovens artistas da Europa Central. Plataform Culture Central Europe
Comiss. Sàrolta Schredl, Viena, e outros.
até 20 Jan.
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