"ENCONTROS AFRICANOS"
exposição na Culturgest/CGD, inaug. a 6 de Janeiro de 1995
Expresso Cartaz (nota) 21-01-95
Atrasos imputáveis a um dos coprodutores da exp., a Fondation Afrique Création, não permitiam ainda, na semana que passou, mostrar todos os artistas anunciados (aguardavam-se as obras de Kivuthi Mbuno, uma das presenças mais fortes da montagem que se pôde ver no Instituto do Mundo Árabe, em Paris). O catálogo original, que inclui textos indispensáveis para compreender a originalidade e a radicalidade deste projecto, não estará igualmente disponível, por não cumprimento das relações contratuais estabelecidas com a Culturgest.
MODIGLIANI e ENCONTROS AFRICANOS, 11-02-95
Duas exp. de circulação internacional, a primeira revelando um nome mítico do modernismo, através de um extenso acervo de desenhos que permite assistir à gestação do seu estilo, e, em particular, ao confronto com a descoberta da «arte primitiva»; e uma segunda, uma colectiva de artistas africanos de hoje, que, por coincidência, permite reflectir sobre uma muito recente revisão da problemática do multiculturalismo. Ao apresentar, como artistas contemporâneos de parte inteira, autores africanos que prosseguem tradições regionais ligadas a práticas cultuais, mágicas e terapêuticas, transferidos ou não para suportes de influência europeia, um dos seus comissários, o marroquino Farid Balkahia, propõe uma concepção da gravidade da arte que desautoriza as leituras formalistas a que os «primitivos» continuam a ser sujeitos e também a generalidade das iniciativas expositivas assentes na globalização da informação.
25-02-95
Quanto a «Encontros Americanos», trata-se de uma abordagem da questão da multiplicidade cultural que tem o mérito de não cair na moda e nos logros do multiculturalismo, com que o centro se recentra devorando as diferenças emergentes da periferia — esta não é uma exp. «politicamente correcta».
Dedicada à produção africana e confrontando dois olhares africanos, do Magrebe e da África Negra, a exp. revela algumas obras de grande interesse e coloca problemas de real importância, quando restringe a escolha da produção do sul a obras marcadas por funções sociais e por expressões tradicionais, ligadas à magia e à intervenção terapêutica, mas entendendo-as, por isso mesmo, como plenamente integradas na contemporaneidade.
Não é o exotismo que com essa selecção se promove, mas, pelo contrário, a compreensão da respectiva identidade com uma tradição essencial da produção ocidental, numa linhagem múltipla que passa por Malevitch, Klein, Beuys ou Tapiès.
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Comissários Brahim Alaoui e Jean-Hubert Martin, com Farid Belkahia e Abdoulaye Konaté
Cat. Rencontres Africains, Institut du Monde Arabe
Culturgest, Jornal da Exposição nº 8, texto (sem título) de José António B. Fernandes Dias:
uma das 1ªs abordagens, ou mm a 1ª?, sobre a circulação de artistas africanos como contemporâneos, dp do interesse pelo "primitivismo"
dd Primitivism in 20th Century Art, 1984, NY, e Magiciens de la Terre, 1989, cronologia até 2004
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"Jembere Hailu: pinturas, Arte contemporânea etíope"
comissário Manuel João Ramos
Culturgest, 23 Out. - 30 Dez. 2001
Jornal da exposição (49), com textos de M.L.R. e Ana Vasconcelos e Melo
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Oladélé Ajiboyé Bamgboyé (1963, Nigéria; Glasgow, Londres)
13 de Jan. a 9 Março 1998 - Jornal de Exposição 32 (com Fernando José Pereira)
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