Educación y Fraude
LUIS CAMNITZER, in artecontexto
uma fraude piramidal
"Básicamente, lo que tenemos aquí es un fraude piramidal. Yo di clases a nivel universitario durante 35 años y estuve en contacto con unos cinco mil estudiantes, de los cuales estimo que sólo un diez por ciento, unos quinientos, de los así llamados graduandos en arte, tenía serias esperanzas de tener éxito en el circuito de galerías. Talvez unos veinte lo consiguieran. La mayoría de los otros 480 confiaban en vivir de la docencia. Ignoro cuántos de ellos lograron un empleo estable, pero lo que sí sé es que si yo necesité cinco mil estudiantes para mantener mis ingresos durante esos años, aquellos 480 estudiante a su vez necesitarán unos 240 mil nuevos estudiantes en promedio, y así hasta el infinito."
revista ARTECONTEXTO, Madrid, Nº 16 / 2007 / 4
O artigo em geral é uma sequência de facilidades e inconsistências muito próprias de um artista conceptual. De facto, a questão da viabilidade dos destinos profissionais põe-se em muitas outras areas de formação, ou, cada vez mais, em todas.
Mas quer a ideia da fraude piramidal do ensino de arte quer a pista
aberta para distinguir artistas e graduados em arte têm algumas
potencialidades. Pensar o ensino de arte é, em geral, matéria tabu -
lembre-se o que aconteceu a Thierry de Duve.
O que é preciso é manter pelo maior tempo possível a credibilidade
aparente da tal pirâmide fraudulenta - aceitando nas inúmeras escolas
de arte agora existentes todos os candidatos, mesmo sem quaisquer aptidões
artísticas, sem quaisquer talentos (nas escolas de música, por exemplo, isso não é possível) -, e ir conseguindo assim que um número muito significativo
de futuros desempregados e inactivos se considere como artista (e não apenas como formados em arte).
Para além dos possíveis méritos da ideia de criatividade em geral
(versão recomendável do desenrascanço, aceite pela ASAE), a
conflitualidade social será presumivelmente menor no campo dos
desempregados com boa auto-estima.
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