notícia:
NOVO CENTRO DE ARTE CONTEMPORÂNEA, EM LISBOA
ABERTURA NO VERÃO DE 2008
2.800 M2 PARA NOVOS PROJECTOS, EXPOSIÇÕES E PUBLICAÇÕES
É um projecto inesperado, com uma escala e uma dinânica que revelam novas atitudes - e em especial as eventuais energias ou as ambições dum novo trânsito NY-Lx.
"TEST, on art é uma associação sem fins lucrativos para a arte contemporânea e encontra-se integrada no pólo criativo LX Factory, localizado na antiga zona industrial de Alcântara. Com o objectivo de dinamizar espaços urbanos desactivados na cidade de Lisboa, mantendo as suas especificidades arquitectónicas e urbanísticas, a LX Factory reúne neste novo pólo criativo ateliers de artistas, estúdios de produção, cinema, fotografia, design industrial, moda, arquitectura, artes performativas, espaços para eventos e TEST, on art, um novo centro de 3.000 m2 para a arte contemporânea."
Pelo menos, mudou a estatégia dos "empreendedores" imobiliários: em vez de espaços murados à espera da aprovação dos planos aparecem projectos temporários que animam e por isso vão tendo rentabilidade e valorizando os locais. É o caso da Fábrica do Braço de Prata, do prédio do BES na Avenida e agora da LX Factory, a Alcântara.
A foto apropriada (ou desviada):
o link
http://www.test---on-art.org/
ou Test, on art
Na equipa fundadora está a Ana Cardoso, pintora com uma carreira enérgica, de que se foi conhecendo o trabalho, e a direcção e produção-comunicação são de João Simões e Sofia Nunes
(Já há anos o local ou suas imediações foi sede de um projecto com algumas semelhanças, e as torres do Siza estiveram previstas para aí, ou perto. O recente 3º Prémio de pintura Ariane de Rothschild já tinha permitido uma primeira visita ao "bairro")
Passou o tempo das associações de artistas: a SNBA, a Gravura, a Diferença. Passou o tempo das galerias que ocupavam um fundo ou um anexo da livraria: a antiga Diário de Notícias, a 111 (a única que sobreviveu e se transformou), a Divulgação, a Buccholz, a Quadrante, a Opinião, etc. O tempo das galerias (em especial, o tempo dos galeristas) está a ser posto à prova pelas feiras e pelas leiloeiras. Os possíveis "artist run spaces" dão lugar a entidades empresariais, que podem aparecer como associações sem funs lucrativos.
Tenho expectativas em relacao a esta iniciativa e desde ja' felicito as pessoas que estao envolvidas (Ana Cardoso, Joao Simoes e Sofia Nunes), pois faz falta um espaco em Lisboa com estas caracteristicas.
A perspectiva que o Alexandre descreveu e' importante, e permitiu-me identificar melhor os "agentes da arte" (pessoas ou instituicoes no mundo da Arte).
Porque nao unir esforcos entre todos os "agentes da arte" para que exista sucesso nestas iniciativas?
Sera' de todo o interesse que as galerias unam esforcos com estes espacos geridos por artistas e que de alguma forma os apoiem.
A dinamica que estes espacos podem gerar em torno das artes e' quase um "esforco de marketing" - na criacao ou adicao de valor a este mercado.
O facto do espaco ser gerido por artistas tem ainda uma aproximacao 'a Producao. Seria importante que, se nao puderem ajudar financeiramente, pelo menos que possam fomentar as visitas a este espaco e ter uma percepcao real do trabalho que esta' a ser realizado.
No fundo, esta iniciativa pode funcionar como um "motor" para o mercado, para alem de que para os artistas participantes e' saudavel poderem trabalhar num ambiente onde exista partilha, discussao e que multi-disciplinar (e que com isso possa permitir mais experiencias).
Desejo desde ja' sucesso para o projecto.
Posted by: Pedro dos Reis | 02/22/2008 at 13:09