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"Luk Lambrecht: Painting is quite fashionable today. Do you see a particular reason for this phenomenon?
MICHAËL BORREMANS: You know, today you can just juxtapose anything. That is what makes our present time so interesting — everything is possible. There is a huge variety of media that function well when combined. In all disciplines we see an explicit culture of sampling. That explains the new interest in painting in the visual arts: painting is a clichéd medium that allows the use of a wide range of materials and an almost endless profusion of references. What I do with painting is unprecedented. I am a true avant-garde artist!
LL: Do you think you could express your imagination through the more refined technique of Photoshop?
MB: With Photoshop you miss this incredible power of the tactility of the original painting.
That is precisely what in my view constitutes the ultimate temptation of paint on canvas."
Já ouvi dizer tudo e o seu contrário (em particular na Flash Art, que não leio). O fim, a morte, a impossibilidade da pintura e o novo paradigma, as novas tecnologias, etc.
Agora (há vários anos, já) diz-se quer está na moda. Alguns põem como condições a irrelevância dos temas, a banalidade e a indiferenciação das imagens, ou a não pretensão à originalidade, a vinculação ao cinema ou à fotografia. Alguns gostam de pôr condições, alguns aceitam que lhes ponham condições.
Michaël Borremans está exposto no CAV de Coimbra, até 8 de Julho. Vindo do centro de arte De Appel ( www.deappel.nl ), de Amsterdão, e da galeria David Zwirner, New York. Comissariado por Delfim Sardo. O Óscar Faria e o Nuno Crespo já escreveram no Público (21) e no DN (23).
é belga, não holandês (Geraardsbergen, Belgium,1963, lives and works in Ghent). Pós-Luc Tuymans, claro.
"I use clichés and other elements that are part of a collective consciousness. These elements are easy to recognize — my work would be perfect on biscuit tins." (latas de bolachas)
Na impossibilidade de ir ao CAV fui procurar imagens de trabalhos deste artista e gostei muito.
A nivel tematico talvez ate' exista alguma da cenografia, que tambem encontro nas fotografias do Jeff Wall (que por sua vez diz ir buscar a sua "inspiracao" 'a Pintura - contaminacoes).
A pintura nao esta' morta de todo, mas talvez alguma da tematica esteja ou mais centrada nas possibilidades do meio ou no conteudo.
Contudo, a nivel de conteudo volta-se ao(s) problema(s) do inicio da Fotografia - a tal libertacao do pintor em relacao ao real e uma procura mais em si (mais conceptual).
Entretanto, parece-me a mim que a Fotografia tambem se poderia integrar completamente nas palavras deste artista.
Ainda assim, a Fotografia tem vindo a ser um pouco disvirtuada, na minha opiniao, pois dentro da efemeridade da Arte Conceptual, e' apenas usada como documento desviando-se da funcao de criacao e enriquecimento, enquanto linguagem artistica.
Gostei da forma ironica como este artista se afirma como avant-garde!
Posted by: Pedro dos Reis | 03/25/2008 at 20:26