"Uma família inglesa"
Expresso, Revista de 9 de Julho de 1994, pp. 80-83
FREDERICK WILLIAM FLOWER É UM DOS GRANDES PIONEIROS DA FOTOGRAFIA PORTUGUESA. FEZ CALOTIPOS ENTRE 1849 E 1859, NO PORTO, E O SEU ESPÓLIO FOI SEMPRE CONSERVADO PELOS HERDEIROS. UMA REVELAÇÃO A ABRIR O MUSEU DO CHIADO, APRESENTADA PELO ARQUIVO NACIONAL DE FOTOGRAFIA
"O fotógrafo amador medindo o tempo de pose perto de Águas Férreas, Porto», auto-retrato de Frederick William Flower junto de um poço e de roupa a secar, temas constantes na sua obra.
FREDERICK William Flower chegou ao Porto em 1834 com apenas 19 anos, vindo de Inglaterra (nascera em 1815, em Leith, próximo de Edimburgo), para trabalhar no comércio exportador de vinhos. Entre 1849 e 1859, foi um dos pioneiros da fotografia portuguesa - ou feita em Portugal - e, durante mais de um século, os seus descendentes directos asseguraram a memória e a conservação do seu precioso espólio. A primeira exposição do calotipista Flower vai inaugurar-se na próxima semana como um dos grandes acontecimentos da Capital Cultural.
À revelação da obra de um fotógrafo ignorado, com que o Museu do Chiado inicia as suas actividades, pode ainda ser atribuído mais um duplo significado: o museu dedicado ao século XIX começa a prestar justiça ao seu tempo, pondo fim a um alheamento perante a fotografia que levou a ignorar, por exemplo, que o artista nacional então internacionalmente mais famoso, o único com significativa projecção, foi o fotógrafo Carlos Relvas; por outro lado, este será certamente o mais importante contributo para o levantamento da história da fotografia em Portugal, começando-se pelo princípio e trazendo a público a riqueza do património conservado no Arquivo Nacional de Fotografia e a importância do trabalho de inventariação e classificação que nele se vem realizando quase clandestinamente (CAIXA).
Flower, no entanto, não era absolutamente um desconhecido: já em 1980, um artigo publicado na revista «Colóquio/Artes» por Joaquim Vieira, docente da Escola de Belas-Artes do Porto, revelara a existência de uma colecção de cerca de 150 calotipos (negativos de papel feitos segundo o processo de Talbot), e também de algumas provas originais que se conservavam na posse dos herdeiros. Além das dez imagens que aí se revelavam, algumas outras tinham sido publicadas décadas antes em «O Tripeiro» e eram conhecidas de raros especialistas, mas Flower continuava a ser apenas pouco mais que um nome na galeria dos ilustres esquecidos da fotografia portuguesa.
Agora, nesta exposição comissariada por Vitória Mesquita, que contou com a colaboração de Michael Gray, conservador do Fox Talbot Museum, em Lacock Abbey, e do historiador francês André Rouillé, Frederick Flower faz também a sua prova de fogo internacional: «As obras de Roger Fenton na Grã-Bretanha, ou de Henri Le Secq em França, artistas que, entre muitos outros, deram as suas cartas de nobreza ao calotipo - prática que, já antes de 1850, optou por ser decididamente artística, distinguindo-se radicalmente da actividade comercial - já eram, naturalmente, conhecidas. A partir de agora, ter-se-à de incluir Flower entre eles.» É André Rouillé quem o escreve, no catálogo, assegurando que as imagens de Flower não são apenas curiosidades históricas ou documentos topográficos mas caracterizam um olhar fotográfico, a obra de um autor.
Fenton, por essa mesma altura, fotograva a Guerra da Crimeia (existe uma prova original de 1855 na colecção de fotografias da SEC, mas há razões para temer pelo respectivo paradeiro e estado de conservação, ao cabo de quatro anos de abandono), e Le Secq integrava a Missão Heliográfica de 1851, fotografando os monumentos franceses com Le Gray, Bayard e Ba1dus. Flowers era apenas um amador isolado, um exportador de vinhos que fotografava as paisagens das margens e dos arredores do Porto, num país onde apenas se regista o nome de outros dois calotipistas, o barão de Forrester e J. Silveira. Não se sabe como é que Flower aprendeu a técnica do calotipo, nem há notícia que se tenha correspondido com as sociedades fotográficas que existiam em Inglaterra e em França, nem que tenha concorrido às exposições do tempo.
UM PIONEIRO
ENTRETANTO, o estudo do espólio de Flower, agora constituído por 216 calotipos, mais 101 provas positivas em papel salgado (para além de outras provas posteriores), permite apresentá-lo como um verdadeiro pioneiro da fotografia. Na colecção encontraram-se testemunhos dos seus esforços de aprendizagem técnica e de uma atitude deliberadamente experimental, patente na repetição das tomadas de vistas de um mesmo motivo em diferentes situações de iluminação, nas várias impressões processadas a partir da mesma matriz e, em especial, na mais antiga aplicação conhecida do teste de tiras, sujeitando a mesma prova a nove zonas de poses sucessivas.
O processo fotográfico dominante era então a daguerreotipia, já comercialmente instalada em Portugal e especialmente vocacionada para satisfazer a nova necessidade social do retrato. Mas o futuro da fotografia não estava na chapa metálica do daguerreotipo, única e irreprodutível como um espelho mágico. Talbot inventara entre 1834 e 1841 os desenhos telegénicos e, depois, o negativo de papel (talbotipo ou calotipo) que permitia infinitas reproduções de uma mesma matriz, mas cuja menor divulgação internacional se ficara a dever, por um lado, à tentativa de controlar a sua difusão através da venda da patente, e, por outro, às próprias características das imagens obtidas, de menor definição lumínica, mais próxima das subtilezas das artes da gravura do que do mimetismo da dagueótipia.
A sobrevivência das obras de Flower sempre na posse dos descendentes que residiam em Portugal é, entretanto, uma admirável e raríssima história de dedicação e de consciência patrimonial por parte de uma família da activa colónia britânica portuense.
Flower regressou definitivamente a Inglaterra em 1874 e morreu em Londres em 1889. No ano seguinte, o seu filho mais velho, Robert J. Flower, terá mandado executar um certo número de cópias de negativos do seu espólio. Depois, já em 1928, o neto Harold M. Flower encomendou no estúdio de Domingos Alvão novas cópias (133 provas positivas de contacto obtidas a partir dos calotipos) e percorreu, nos anos de 1930 e 1931, os locais fotografados pelo avô, procurando identificar os motivos registados. Sempre que os localizava, voltava a fotografá-los, reunindo as antigas e as novas imagens em dois álbuns, legendados em inglês - são essas legendas que se utilizam como titulos das imagens e que apoiam a estrutura da actual exposição.
A família Flower conservou cuidadosamente a colecção, coligiu várias memórias históricas sobre o seu autor e nunca transferiu as fotografias para Inglaterra - «sempre que o membro da família detentor da colecção regressava a Inglaterra, depositava este espólio num outro familiar que continuasse em Portugal», actuando sempre «na convicção de que ela dizia respeito ao nosso país e à sua cultura», como escrevem Vitória Mesquita e José Pessoa num texto do catálogo que regista a aventura da colecção Flower e que é também um lúcido comentário sobre o atraso da cultura fotográfica nacional. Já depois de iniciado o tratamento, reprodução e estudo da colecção, a partir de contactos estabelecidos em 1988 com Katherine Mary Heath, um segundo lote de espécies, com mais de uma centena de documentos, foi também localizado e depositado no Arquivo.
DUAS EXPOSIÇÕES
A EXPOSIÇÃO, cuja arquitectura interior foi confiada a João Vieira Caldas, vai distribuir-se por dois espaços do Museu do Chiado, apresentando, numa primeira sala inferior (aberta sob o jardim), uma introdução didáctica às origens da fotografia e, na galeria dos fomos de pão, a obra de Flower, através de cerca de 200 provas, originais, cópias actuais em papel salgado e outras impressões recentes, permitindo assim confrontar processos e resultados de interpretação dos mesmos negativos, e também de 30 calotipos mostrados em vitrinas retro-iluminadas, para além de alguns dos seus desenhos.
Na introdução histórica serão apresentados dez originais de Talbot (a colecção da SEC conta, ou contava, com uma prova de Talbot de 1844 e também com um original de Hill e Adamson de cerca de 1845...), juntamente com duas das suas máquinas fotográficas, uma original e outra uma réplica, e ainda com a edição original de The Pencil of Nature, de 1844-46. Por outro lado, será exibida uma câmara de daguerreotipia, a mais antiga que existe em Portugal, encontrada nas colecções do Gabinete de Física da Universidade de Coimbra durante a preparação da Europália, e também outros equipamentos e placas por usar, datados de 1942, e dois daguerreotipos com paisagens desvanecidas de Coimbra. Nièpce e Daguerre estarão representados por bustos do espólio de Carlos Relvas.
O percurso da exposição organiza-se depois por ciclos temáticos, começando pelas mais antigas imagens conhecidas do Porto, visto da margem de Gaia, a ponte pencil, os estaleiros de construção naval, a Foz, o farol e o Castelo do Queijo. Seguir-se-ão uma volta pelo interior da eidade, a Serra do Pilar, Gaia, com os seus armazéns de vinhos e a sua vida rural, entre ramadas e pinhais. Depois, os locais próximos por onde Flower viajou, Vila do Conde, Visela (as termas), Guimarães (o Castelo e as ruínas do Paço dos Duques, antes da sua imaginativa reconstrução), Lamego e Aveiro, e o registo repetido, num núcleo religioso, das igrejas e cruzeiros. Particular significado terá ainda o chamado «ciclo da água», com os inúmeros engenhos, poços, noras e azenhas que Flower fotografou, com uma vísivel obsessão pela água que parece prolongar-se nas imagens onde se vêem peças de roupa a secar. Como no singular auto-retrato que aqui se publica. •
exposição:
Frederick William Flower - Um pioneiro da fotografia portuguesa
Museu do Chiado / Lisboa Capital Europeia da Cultura, 29 de Junho a 31 de Agosto
Comis. científica Vitória Mesquita, comis. adjunto José Pessoa (Arquivo Nacional de Fotografia)
Cat. Electa. textos dos comissários, de Michel Gray (dados biográficos e "Do mito à realidade - a génese da ideia fotográfica") e de André Rouillé
não são referidos no cat.
o artigo pioneiro publicado em 1980 por Joaquim Vieira no «Colóquio/Artes».
a primeira apresentação das suas fotografias, na 1ª edição do Fotoporto, em 1988, por iniciativa de Manuel Magalhães. Ver cat. FotoPorto Mês da Fotografia, Casa de Serralves, SEC, s.d. (1988): Frederick William Flower, Fotografias, apresentação biográfica de Manuel Magalhães, pp. 63- 72 (rep. 3 calotipos positivos e 1 negativo)
pág. 82
Conservar e produzir
O ARQUIVO Nacional de Fotografia é uma entidade duplamente original. Por um lado, porque não existe: não está definido e regulamentado por um diploma que lhe dê existência legal, com atribuições e meios próprios - é apenas uma alínea vaga, à espera de regulamentação, no decreto que criou em 1991 o Instituto Português de Museus, transferindo para este a antiga Divisão de Fotografia do ex-Instituto Português, do Património Cultural. Por outro lado, porém, é um serviço que se dedica efectivamente à fotografia e que, com uma grande discrição, se foi constituindo como um arquivo talvez único no mundo, por concentrar no mesmo organismo actividades ligadas a três frentes de trabalho geralmente disseminadas por entidades distintas: a conservação, tratamento e estudo do património fotográfico nacional, o levantamento fotográfico documental de todo o património artístico dos museus oficiais e ainda o apoio fotográfico ao restauro e à investigação sobre obras de arte, com acesso aos mais actualizados processos de radiografia, infra-vermelhos e reflectografia.
A presente mostra dedicada ao calotipista Flower reveste-se da importância adicional de ser a revelação pública do «novo» ANF, enquanto estrutura central de investigação sobre o passado da fotografia portuguesa. Em 1989, chegara a anunciar-se uma primeira exposição didáctica sobre a história da fotografia, a que as circunstâncias não foram propícias; mas, para o próximo ano, já estão em preparação duas mostras monográficas dedicadas a Carlos Relvas e ao «retratista» lisboeta San Payo (1890-1974, activo de 1918 aos anos 60).
Na sua segunda frente de actividades, o Arquivo começou por realizar, em 1991, 8000 imagens para os catálogos da Europália e continuou nos anos seguintes a corresponder às necessidades do inventário sistemático do património móvel e à publicação dos seus primeiros catálogos, até atingir uma capacidade de produção de 50 mil imagens por ano, para satisfazer as urgências de Lisboa 94, entre muitas outras encomendas. Se se recordar que da XVII Exposição do Conselho da Europa não restaram quaisquer suportes fotográficos, concluí-se que alguma coisa foi mudando.
Entretanto, como exemplo da sua terceira frente, o Arquivo tem vindo a assegurar a sua colaboração técnica, desenvolvendo pesquisas com a mais avançada tecnologia de ponta a nível internacional, com o Instituto José de Figueiredo e o Museu de Arte Antiga no grupo de trabalho dedicado ao estudo científico da pintura portuguesa do século xv, cujos resultados se conhecerão dentro de meses.
Esta acumulaçilo de responsabilidades não desagrada aos responsáveis pelo Arquivo, Vitória Mesquita, que assegura a sua direcção desde 1987 (formada pela ESBAL, trabalha na casa desde 1984, depois de, já nos quadros do IPPC, se ter ocupado do arquivo Alvão no Museu Soares dos Reis), e José Pessoa, há 17 anos técnico de
fotografia e radiografia para a conservação de obras de arte, inicialmente colocado no Instituto José de Figueiredo. Ambos defendem que «um arquivo que não produza imagens perde o contacto com a realidade» e consideram que a resposta à operação Europália constituiu um desafio imprevisto que acabou por trazer benefícios à actividade do ANF, desde logo em termos do seu apetrechamento em pessoal e equipamentos. A produção de imagens, acrescentam os dois responsáveis, é uma fonte de rendimentos essencial para o auto-financiamento da pesquisa histórica e, por outro lado, a prática laboratorial é uma condição básica para as actividades de investigação e conservação.
O Arquivo ocupa instalações exíguas anexas ao Palácio da Ajuda, no Laboratório de Física de D. Carlos, onde Alexandre Herculano teve a sua biblioteca, e numa antiga Sala de Música conhecida como a Sala dos Serenins. Os espaços de trabalho são claramente insuficientes, mas Vitória Mesquita e José Pessoa não se queixam, embora aguardem uma futura transferência dos locais e a possibilidade de instalarem um museu: as condições de conservação e estabilização do espólio (a 14º de temperatura e 40% de humidade) são as ideais, e as máquinas adquiridas têm respondido às necessidades. O pessoal de que dispõem (14 pessoas, sem quadro próprio) já recebeu a sua formação técnica no ANF, num curso de três anos (1988-90), que teve 600 candidatos e dez admitidos, e, por outro lado, as localizações, salvamentos e compras de espólios têm prosseguido em bom ritmo, depois das aquisições iniciais feitas por José Luís Madeira nos anos da pré-história do Arquivo, entre 1977 e 1985. Colecções deAlfred Fillon, C1audino Costa Madeira, Foto Oriente, Francisco Rocchini, Bobone, Emílio Biel, San Payo, Jorge Almeida Lima e Frederico Oom, entre outros, vieram enriquecer um património que já ultrapassa em muito os três milhões de imagens e, à instalação em Lisboa do arquivo de Domingos Alvão foi possível acrescentar a compra de 16 máquinas, a biblioteca, os livros de registo e os de provas de contacto, os telões do estúdio e até as medalhas ganhas nos concursos.
Com a actual direcção procedeu-se à instalação de um laboratório fotográfico, assegurou-se o pré-tratamento e a estabilização das colecções e deu-se início à inventariação do espólio existente, encontrado sem indicação de local de proveniência ou uma única ficha. O inventário continua, ao mesmo tempo que se faz a sua informatização. Entretanto, já aconteceu, no tempo do IPPC de Palma Ferreira e de António Lamas, que o decreto de criação do ANF chegou a ter redacção final, mas, uma vez, um governo caiu no dia da esperada aprovação e, na segunda oportunidade, o projecto ficou encalhado nas Finanças. Mesmo sem decreto, o Arquivo conserva, investiga, fotografa e divulga; é melhor assim do que existir só no papel das boas intenções, como outros casos conhecidos.
notas:
23.07.1994
Já se referiram a importância e a qualidade desta exp. dedicada ao calotipista Frederick William Flower e apresentada pelo Arquivo Nacional de Fotografia. Agora, deve precisar-se que uma primeira apresentação das suas fotografias foi feita na 1ª edição do Fotoporto, em 1988, por iniciativa de Manuel Magalhães — corrige-se assim um lapso do artigo publicado na «Revista» de 9 de Julho. Entretanto, há também que lamentar que o catálogo (aliás, de edição cuidada) não inclua qualquer referência à divulgação anterior da obra deste inglês que trabalhou em Portugal há quase século e meio, nomeadamente à publicação das suas imagens em periódicos do Porto e ao artigo pioneiro publicado em 1980 por Joaquim Vieira no «Colóquio/Artes».
30.07.94
Além da magnífica arquitectura de Jean Michel Wilmotte e da também notável montagem da colecção do Museu, que constitui uma releitura essencial de um século de arte portuguesa (1850-1950), propõe-se a descoberta de um inglês que foi pioneiro da fotografia portuguesa. Usava o calotipo (negativo papel inventado por Talbot) nos tempos em que dominava o daguerreotipo e deixou um inventário topográfico do Porto e arredores de meados do século XIX que é mais do que um documento histórico.
13.08.94
Um inglês que foi pioneiro da fotografia portuguesa, utilizando o calotipo (negativo papel inventado por Talbot) nos tempos em que dominava o daguerreotipo. F.W.F. deixou um precioso inventário topográfico do Porto e arredores nos meados do século XIX que é, no entanto, mais do que um documento histórico: é revelador de uma situação de pesquisa fotográfica desenvolvida à distância dos centros culturais do tempo, mas capaz de uma original atitude experimental cujos testemunhos parecem constituir documentos únicos na própria história da fotografia. Um núcleo anexo apresenta uma síntese sobre os inícios dessa história, com máquinas, materiais e imagens originais, em especial de Talbot.
26.08.94
Últimos dias para conhecer a obra de um inglês que foi pioneiro da fotografia portuguesa, utilizando o calotipo (negativo papel inventado por Talbot) nos tempos em que dominava o daguerreotipo. E tanto o aparecimento a público do Arquivo Nacional de Fotografia, no âmbito de Lisboa 94, como a inclusão desta no horizonte de trabalho do Museu foram acontecimentos também pioneiros, que se espera ver continuados com regularidade. Um núcleo anexo apresenta uma síntese sobre os inícios da história da fotografia, com máquinas, materiais e imagens originais, em especial de Talbot, a que o recurso às peças da colecção da SEC poderia ter conferido maior relevo. Mas as instituições portuguesas continuam a existir de costas voltadas.
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