SESSÃO 03 / 23 de Abril de 2008 (4ª) – 21h00 Passos Manuel, Porto
Projecção do filme “Gérard Fotógrafo”,1998, Fernando Lopes (45’)
"Conferencistas" : Fernando Lopes (Realizador) , Alexandre Pomar , Maria do Carmo Serén
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textos em arquivo:
1 - 1983. 15 Jan., DN : «Fotos na Ether» #
2 - 1984.15 Dezembro: 'Perto da Vista', perto do coração», entrevista, Expresso #
3 - 1986. 8 Novembro: «Informar, celebrar», Expresso Cartaz (exp. no CAM) #
1995. 01 Julho: "Gerard Castello Lopes na arte do pós-guerra", Barcelona/Viena # ( 1995 )
1995. 02. Dez. Cartaz (Livros): «Colóquio-Letras», nº 135-136 #
1996. 20 Abril: "Para ver melhor", Expresso Revista (Museu Gulbenkian) #
1996. 14 Dez. sobre ARTE IBÉRICA Nº 1, Dezembro.
Bibliografia
1. Gérard Castello Lopes, Perto da Vista, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, concepção e dir. gráfica Ether, imp. Litografia Tejo, 1984 ("Agradecimentos")
Gérard Castello Lopes, Reflexões sobre fotografia - Eu, a fotografia, os outros, Assírio & Alvim, 2004
2
Gérard Castello Lopes, Insignificâncias, pref. J. Sommer Ribeiro, texto de Fernando Gil (GCL), ed. CAM FG, 31 Out. a 16 Nov. 1986, imp. Litografia Tejo.
Gérard Castello Lopes, Photographie, Centre Culturel Portugais de la FCG, Paris 3 Nov. 17 Dec. 1994. GCL (Partager un regard) , António Sena (Les photos du jardin de la maison de Cascais). imp. Litografia Tejo
"SIMULACRO e Trompe-L'Oeil. Arte e Pensamento em Homenagem a Tipolo 1696-1996. Museu Calouste Gulbenkian, Abril.-Maio 1996. Coord. e textos de Carlos M. Couto S.C., texto de GCL (Fingir ou não fingir..."). proj. gráfico de Mariano Piçarra
Gérard Castello Lopes, Lisboa de outras eras / 1956-1958 / Lisbonne d'un autre temps, textos de Maria Calado, Nuno Júdice (Uma cenografia do quotidiano na Lisboa de Bernardo Soares a GCL), António Barreto (GCL) e Gérard Castello Lopes (Um olhar português?). Bilingue. Ed. CML, coord. Casa Fernando Pessoa. Cat. exp. em Paris, Maison de la Poesie, 1998
José Manuel Rodrigues e Gérard Castello Lopes, Tomar-lhe o gosto / fotografia em português, ed. Grafo - Grupo Amador de Fotografia, Tomar, 2001. Inclui "Os nomes da passagem. Fotograias / Filosofias - para Tomar de Passagem. GCL e Carlos M. Couto S.C."
Gérard Castello Lopes, Memória de Monsaraz 1963, ed. Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, 2001. Ana Paula Amendoeira, coord. e pref., GCL ("Monsaraz")
Gérard Castello Lopes e José Manuel Rodrigues, Évora 2001 - Dois Discursos Fotográficos. 2001
Gérard Castello Lopes, Oui / Non, pref. Delfim Sardo, Prefácio de GCL, entrev. de Luisa Costa Dias, comis., CCB, 17 Jan. 25 Abr. 2004, imp. Textype - Artes Gráficas.
Gérard Castello Lopes, Gal. Fernando Santos, 2005
3
Fernando Lopes, "Um olhar português", Expresso Revista, 8 Jan. 1983, pág.27R #
Sena da Silva, "Gerrard Castello Lopes - fotógrafo / Notas para um auto-retrato", Jornal de Letras, 18 Jan. 1983, pág. 34.
António Sena, «Ou a imagem ausente», 20.02.1988 - Semanário. (capa)
António Rodrigues, "Eposição de Gérard Castello Lopews no Museu Gulbenkian / Um fotógrafo que pensa 'com sotaque'", supl. Olhar, Capital, 23 Maioo 1996
João Lopes, "Filme 'versus' vídeo" (sobre "Gérard Fotógrafo" de Fernando Lopes), Expresso Cartaz, 7 Mar. 1998
"O povo português é triste e a liberdade não lhe trouxe alegria", entrev. de Kathleen Gomes, Público, 12 Dez. 1999
Margarida Medeiros, "A letra e a luz" (Em demanda de Moura, Geraldomachias, Casa F. Pessoa), Público, Artes, 24 Dez. 1999.
"Gérard Castello Lopes", entrev. de Jorge P. Pires, Expressao Revista, 28 Jan. 2000
notas
18, 24 e 31 Dez. 1982, 15 e 29 Jan. 1983 Expresso Revista (cartaz exp.)
1 Nov. 1986 (CAM, Insignificâncias)
14 e 28 Jan 89 (exp. Ether)
Museu Gulbenkian
05-18-1996
Mais uma semana apenas para ver esta incursão do Museu nos terrenos da fotografia contemporânea, programada a propósito de Tiepolo, do simulacro e «trompe l'oeil». Montada como aplicação das reflexões sobre a escala que o fotógrafo há muito vem produzindo, num admirável cenário desenhado por Mariano Piçarra, esta exp., que apresenta um grande número de obras inéditas, usa os grandes formatos e a variação das dimensões e dos pontos de vista propostos ao espectador não como uma ocasional estratégia de decoração de espaços mas para pôr à prova as ilusões e «verdades» do real fotografado. Para «duvidar das surpresas» e dar a ver o mundo como enigma.
(ver artigo na Revista)
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"Espant'Homens"
Celeiro de Serralves, Porto
?- 1997
Descendo da
Casa de Serralves ao celeiro pode partilhar-se o que foi o espanto do
fotógrafo diante dos espantalhos construídos pelas crianças. E pode
perceber-se como a passagem da concepção romântica do génio ao mito
moderno da criatividade — «todo o homem é um artista», segundo Beuys —
foi fonte de numerosos equívocos fatídicos no terreno das práticas
artísticas, enquanto as pedagogias democráticas, sabendo que o talento
é um potencial desigualmente distribuido e que é inseparável das suas
condições de exercício, há muito desconstruiram tais ideologias.
Graças
ao programa «Arte Efémera na Paisagem», é evidente que a festa, a vida,
a alternativa estão no Parque e não na Casa de Serralves. Mas G.C.L.
ultrapassa a reportagem sobre a edição de 96 desse programa ou serve-se
dela com extrema humildade para reformular, a cores e com renovada
eficácia, as interrogações (o espanto e o maravilhamento perante a
estranheza do real) que vem há muito construindo ou enfrentando com as
suas fotografias. Mariano Piçarra instalou-as e um livro,
Espant'Homens, acrescenta-lhe as palavras do autor, de João Fernandes e
das responsáveis pelo projecto. É, afinal, este o acontecimento do
verão de 97 em Serralves
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«Em demanda de Moura» e «Giraldomachias»
Casa Fernando Pessoa
04-12-1999
Em 1991, para a Europália, Castello-Lopes retratou Vasco Graça Moura procurando aproximar-se fotograficamente da sua poesia - a transcrição dos versos «o mundo não aguenta a narração de mais nada» e a exibição do livro Mimesis de Erich Auerbach foram dois momentos centrais do trabalho então publicado em A Imagem das Palavras (ed. Contexto), um projecto de Eduardo Prado Coelho prefaciado por João Pinharanda.
Anos depois foi o poeta que escreveu «onze poemas de circunstância e um labirinto sobre imagens de Gérard Castello-Lopes», escolhidas por ele e em vários casos de muito recente realização.
As duas exposições apresentam-se em dois pisos da Casa, «Em demanda de Moura» (referindo o poeta e não a vila alentejana) e «Giraldomachias» (invocando Gérard), a segunda instalando fotografias e poemas no mesmo espaço, e ambas reunidas, em textos e imagens, com posfácios inéditos dos dois autores, deram origem a um livro único de título e autoria duplos, que teve péssima realização editorial da Quetzal, esperando-se que uma noção mínima de dignidade profissional determine uma imediata segunda tiragem. Às exposições se terá de voltar.
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Gérard Castello-Lopes e José M. Rodrigues
Moagem «A Portugueza», Tomar
(Tomar: até 8 Jul; Lisboa: até 14 Jul.)
23/6/2001
Primeira edição de um projecto que se quer anual e aparece com o bonito nome «Tomar-lhe o Gosto — Fotografias em Português», em vez de estafados Encontros.
A iniciativa é do Grafo, Grupo Amador de Fotografia, e o local de exposição uma unidade fabril em perfeito estado de conservação, que merece (por si só) ser visitada. No piso térreo está uma selecção do espólio fotográfico do «Diário de Notícias» e uma síntese do século.
A seguir, entre máquinas, uma escolha de 16 imagens de G.C.L., apresentadas e renomeadas por Carlos Couto Sequeira Costa, numa exposição-instalação de «fotografias/filosofias», sob o título «Os Nomes da Passagem»: trânsitos do conhecido ao desconhecido, paradoxos, sombras, labirintos, eternidades.
Mais um piso e mostram-se trabalhos recentes e inéditos (1999-2000) de J.M.R., numa selecção que revisita vários dos seus temas de predilecção, com particular insistência nos auto-retratos e nos retratos. Mas, sejam rostos, corpos, objectos ou paisagens, as suas fotografias são sempre, ao mesmo tempo, momentos de um diário íntimo (uma arte de viver) e todo o mundo. Um catálogo de muito boa impressão reúne os dois fotógrafos, que mutuamente muito se admiram e que partilham alguns modos de passar das vistas às visões.
Entretanto, Gérard Castello-Lopes inaugurou no Arquivo Fotográfico de Lisboa a exp. «David», reunindo fotografias conhecidas e inéditas do seu filho.
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Gérard Castello Lopes, Memória de Monsaraz
Igreja de Santiago, Monsaraz
01/09/2001
Algumas das fotografias do primeiro período de actividade de Gérard (de 1956 a 66) foram realizadas em Monsaraz, precisamente em 1963, e conheceram-se só muito depois nas antologias da sua obra, onde à selecção dos primeiros trabalhos se vai acrescentando sempre a produção mais recente, na sua situação única de «pioneiro» em actividade.
Seis delas, situadas numa suposta «Vila Velha», tinham sido impressas, com outras de João Cutileiro, a acompanhar a edição inglesa de uma tese de José Cutileiro que teve tradução (Ricos e Pobres no Alentejo) não ilustrada; três figuraram no álbum Perto da Vista (Imprensa Nacional), que em 1984, com a exposição realizada na Ether, assegurou a redescoberta do fotógrafo.
Agora, uma escolha mais alargada de 20 imagens reconstitui o projecto documental de há 38 anos, percorrendo outros rostos, registando outros personagens, desenhando outras geometrias dos olhares, e acrescenta-lhe duas fotografias recentes consagradas a comprovar a quase imutabilidade do lugar. Na objectividade intencional e canónica do documentário, empenhado na descoberta de um país ainda então oculto, surpreende-se uma muito forte capacidade de diálogo ou de empatia com os sujeitos observados, com que se distingue a atitude humanista dos realismos «sociais», tanto mais assinalável quanto o fotógrafo viria depois a trilhar outros caminhos. A exposição é acompanhada por uma bem impressa edição homónima, Memória de Monsaraz. (Até dia 30)
José Manuel Rodrigues / Gérard Castello Lopes, «Dois Discursos Fotográficos»
Palácio D. Manuel, Évora
05-01-2002
Dois fotógrafos registam a cidade e os seus habitantes por encomenda da respectiva Câmara Municipal e do seu Arquivo Fotográfico em reestruturação, de acordo com um programa de levantamentos que cita o exemplo histórico da Missão Heliográfica de 1851, em França. Para ambos, por razões diferentes, a proposta foi assumida como um desafio para variar os seus hábitos de trabalho. Gérard Castello Lopes dedicou-se ao retrato de personalidades eborenses, de João Cutileiro (que já fotografara em 1972) aos oficiantes do Restaurante Fialho, passando por outras figuras mais oficiais ou académicas, quase sempre localizando as personagens nos seus cenários próprios. Fotografou o pintor António Charrua a cores e Sebastião Salgado de costas, por ocasião do seu doutoramento em Évora, acrescentando a estas excepções um polícia sinaleiro de 1957 e quatro «vistas» sem figurantes, encerrando meditativamente o périplo no cemitério local diante de duas campas anónimas e duas árvores. José Manuel Rodrigues, que é um dos retratados (exposição e álbum são também uma história de cumplicidades), abandonou o seu usual método de trabalho para olhar a cidade a cores e com recurso sistemático a longas panorâmicas. Expõe quase sempre composições triplas associadas verticalmente numa mesma moldura, onde explora relações temáticas ou cromáticas e montagens imprevistas com um ritmo cinematográfico. Depois de fotografar durante anos a sua cidade, J.M.R. trocou a possibilidade de se repetir pelo desafio de refrescar o olhar e de fazer novas experiências, construindo um caleidoscópio de imagens documentais em que se cruzam o património e o quotidiano da cidade. (Até dia 13)
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