O Museu está desfalcado e a "rentrée" do CCB + celebração do 1º aniversário estão fragilizadas: os desenhos de escritores são uma curiosidade especializada; o "regresso à figuração" pintada fica longe de sustentar o tema com solidez; o francês individual não se percebe porquê; e as instalações de La Caixa... ainda não vi.*
Há razões para que faltem no Museu as obras que esperamos lá estarem (pelo menos parte delas...), e acontece que estão em Paris. Mais valia explicar as razões das ausências - porque é sempre melhor "em política" explicar o que vai mal e porquê (e aqui o público até não paga)
As razões são de peso e o Museu do Senado francês tem uma grande visibilidade (mesmo se às vezes não tem o melhor gosto: um magnífico Rafael em 2001, um medíocre Modigliani, depois; o Matisse tardio de Marcelin Pleynet, a Colecção Rau, Arcimboldo... - é um grande palco de exposições, com um largo público fiel, com a particularidade de ter uma gestão empresarializada, concedida a sVo - Sylvestre Verger Organisation)
A viagem até Paris das melhores obras da Colecção Berardo é, a vários títulos, um grande acontecimento. Depois das diligências que visaram a instalação da Colecção em França (e esteve perto)...
No site: http://www.museeduluxembourg.fr/
: « Un musée d’art contemporain digne des plus grandes capitales européennes a ouvert ses portes au Centre Culturel de Belém, à Lisbonne. (...) La collection, qui peut rivaliser avec celles de la Tate Modern de Londres ou du Centre Pompidou à Paris, est la première du genre au Portugal.» Le Monde, 31 juillet 2007
« Au-delà du Guggenheim» The Independent, 22 août 1998
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Né en 1944 sur l'île de Madère, José Berardo est l'un des plus importants entrepreneurs portugais. Iconoclaste, émigré en Afrique du Sud à 19 ans où il fait fortune en exerçant ses activités dans plusieurs domaines dont le commerce de l’or et du vin, la banque et les télécommunications, il assemble, à son retour au Portugal, une des collections d’art moderne et contemporain des plus intéressantes d'Europe.
Animé par son désir de la partager avec le public, il signe, il y a deux ans, un partenariat - à l'image de ce qui a été fait pour la collection Thyssen à Madrid - avec l'État portugais. Sa collection riche de 862 œuvres, qui permet de « faire l’expérience du XXe siècle » selon ses mots, est désormais présentée dans un musée portant son nom, situé entre la Tour de Belém et le monastère des Jerónimos. Lors de son ouverture au public en juin 2007, le Premier Ministre José Sócrates s’enthousiasmait : « Auparavant, la route européenne de l’art moderne s’arrêtait à Madrid ; à compter d’aujourd’hui, elle commence ici.»
Les plus de soixante-dix oeuvres présentées au Musée du Luxembourg s'articuleront autour de quatre thèmes : le surréalisme (Miró, Dali, Ernst, Breton…), l'un des axes majeurs de la collection pour la période avant-la seconde guerre mondiale, l'abstraction de 1910 à l'immédiat après-guerre (Mondrian, Tanguy, Arp…), la confrontation Europe-Amérique des années 1960 avec le Nouveau réalisme et le Pop Art (Warhol, Klein, Soulages, Mitchell…) et la création post-1970 (Schnabel, Stella…).
Cette exposition, placée sous le commissariat d'André Cariou, conservateur en chef du Musée des Beaux-Arts de Quimper et spécialiste reconnu de la peinture du XXe siècle, s'insère tout naturellement dans la programmation Art moderne du Musée du Luxembourg initiée en 2000 par le Sénat en hommage à la prestigieuse histoire du Musée qui fut de 1818 à 1937 le premier musée français des artistes vivants. La scénographie sera réalisée par Frédéric Lebard, architecte DPLG.
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(*) Há mais coisas que parecem não ir bem no Museu Berardo / CCB: exposições sem catálogo em português, montagens demasiado complacentes com as hierarquias caseiras, uma boutique/livraria sem jeito, a falta de uma informação estimulante (ou já se melhorou alguma coisa nos últimos dias?). Ainda a favor o Museu tem a entrada gratuita, mas não se compreende que não se mobilizem os visitantes para as contribuições voluntárias, seguindo os bons exemplos ango-saxónicos.
A promoção do administrador escolhido por acordo das duas partes a ministro terá desfalcado os orgãos gerentes? A vaga não foi preenchida? Há ali, agora, uma certa inércia ou, simplesmente, falta dinheiro?
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