ÁFRICA.CONT XI
Se eu fosse jornalista visitava o local e dedicava duas páginas a mostrar do que se fala quando se diz Palacete Pombal e Tercenas* de Santos ou do Marquês.
Viagem de ida e volta com uma Sony cyber-shot(?) num fim de tarde nebuloso:
No Palacete do nº 37 da Rua das Janelas Verdes fica o ex-Instituto Português da Conservação e Restauro, património municipal, e ao lado estão,à dir., a embaixada do Grão-Ducado do Luxemburgo, nº 43, e o Hotel de charme As Janelas Verdes (****), nº 47, e um terreno vago à esq. À frente ficam já as galerias Arte Valor e Leonel Mourarte. Na segunda foto começa a descer-se pela Travessa José António Pereira em direcção à 24 de Julho; Vêem-se os muros do hotel e da embaixada e lá em cima à dir. ficam as traseiras do Palácio Pombal.
Continuamos a descer, passado o 1º arco da Travessa, até entrarmos em pleno século XVIII.
Os edifícios das Tercenas são defendidos por janelas quase sempre com grades, como se fossem prisões, o que recomendaria sem dúvida a adaptação de todo o complexo a condomínio privado, com vantagens patrimoniais para a Câmara - metade do trabalho no campo da segurança já estaria feito. Havendo dinheiro em excesso, outra hipótese, mais culta, tirando partido da pouca luz interior, seria dedicá-lo a um centro ou museu para instalações vídeo.
Pensar em África diante destes prédios com tanta História* traz imediatamente à lembrança os tempos da escravatura; é só um pouco mais desajeitado que colocar o Museu Mar da Língua naquele pavilhão sobrevivente da Exposição do Mundo Português. (Para que servem os antropólogos e os assessores?).
O uso do património para instalar centros culturais deveria, em princípio, ter sido interditado a seguir à instalação da fotografia na Cadeia da Relação (e ainda não saiu de lá o CPF, apesar de moribundo)
*Tercena ou teracena: (Novo Aurélio) Local onde se construíam embarcações e onde havia armazéns para guardar os aprestos a elas destinadas.
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Ver a história e mais informações sobre esta parte da cidade em
http://o-ceu-sobre-lisboa.blogspot/
José António Pereira, que viveu no palacete da rua das Janelas Verdes, foi um grande armador e proprietário de roças em S. Tomé, importador de café e outros géneros. Morreu em 1817, e o palacete foi comprado anos mais tarde pelos marqueses de Pombal. Teria sido um verdadeiro empresário colonial, que enriqueceu tão rapidamente como empbreceu.
O Number Two seria de uma família de Câmara de Lobos que fazem a mesma poncha à mão
Há uma série de erros e imprecisões no texto. Se pretender corrigi-los, contacte-me pf.
Posted by: Maria-Helena Barreiros | 04/25/2019 at 10:47
Corrigi "moribundo", que estava mal escrito.
Posted by: A Pomar | 04/25/2019 at 11:02