10.12.2008 PÚBLICO - pág 6
África.cont / Uma "extraordinária praça" para a arte africana vai nascer em Lisboa
As notícias são escassas e não é por aqui que se jogam as prioridades nacionais. As agendas foram orientadas nesse dia 9 para um prolongamento de auto-estrada a Norte, e algumas pessoas terão entretanto confirmado que os terrenos da cultura, caseira ou intercontinental, são excessivamente pantanosos, perigosos mesmo. Ter-se-ão deixado enganar, a partir de uma indubitável boa vontade. Agora é preciso ser prudente para não acirrar os ânimos e ir vendo se alguma adaptação da coisa ainda é possível, já sem a "extraordinária praça" do tal arquitecto a quem a Gulbenkian terá pago um anteprojecto feito no joelho e entre aviões. Um dos problemas principais reside na fragilidade pessoal e ética, além de cultural, dos assessores.
No Público veio isto, mas nos outros não vi nada
a foto (de quem?) até é boa
10.12.2008 PÚBLICO - pág 6
África.cont / Uma "extraordinária praça" para a arte africana vai nascer em Lisboa
O anúncio oficial do África.cont - um projecto que nasceu há um ano depois da cimeira UE-África, a partir de uma ideia do ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, apadrinhada por Sócrates e entusiasticamente desenvolvida pelo presidente da Câmara de Lisboa, António Costa - foi marcado por frases grandiosas. Sócrates disse que "é como se África estivesse um pouco debaixo da nossa pele e já não saísse" e lembrou que "fomos brandos quando fomos universais". António Costa lembrou que a capital mais próxima de Lisboa é Rabat e falou da sua cidade como "porta de cinco continentes". Só José António Fernandes Dias, o homem que concebeu o novo centro, citou algumas críticas que se ouviram desde que a notícia chegou aos jornais - falou de "preconceitos" e frisou "a necessidade de autonomia intelectual da programação". Alexandra Prado Coelho"
A RTP e o resto da C.S. serviram-se da Lusa quando quiseram acompanhar o assunto:
E Luís Amado, que é uma apreciador de artes de África, recentrou subtilmente a questão dando prioridade a objectivos que virão a ter melhor satisfação por outras vias.
"Um dos desafios que se coloca é criar para muitos jovens, com talento e enorme capacidade, um mercado que possibilite o desenvolvimento de uma carreira no domínio das artes", vincou o governante. Para Luís Amado, isso "não é possível sem que exista uma ponte entre o grande mercado [de arte] que existe na Europa e nos Estados Unidos com os centros de produção artística nas várias capitais africanas".
Este centro, segundo Luís Amado, vai dar "expressão à necessidade de criar um mercado aberto para a arte contemporânea africana", para que este continente seja "conhecido por aquilo que ele tem de melhor e não apenas pelos aspectos negativos ou por uma produção artística do passado".
http://...Primeiro_Ministro/Noticias/20081209_PM_Not_Africa_Cont.htm
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