Nas duas primeiras salas de "Arquivo Universal", os reformistas e os "revolucionários". A crítica da exploração dos trabalhadores mais a denúncia do desemprego (a Grande Depressão de 1929...) e, a Oriente, a propaganda da alegria (estalinista) no trabalho. As "políticas da vítima" e a "voz própria" do proletariado em versão 3ª Internacional. O resultado parece ser o oposto do que pretenderia o esquerdismo escolar do programa. Mas há que separar (e é possível, às vezes com algum trabalho) a roupagem ideológica sobreposta aos objectos expostos.
As fotografias e as campanhas reformadoras de Lewis Hine (1874-1940) abrem o itinerário. (De facto não são um começo, mas Jacob August Riis (1849-1914) e outros foto-documentadores dos desasjutamentos sociais foram riscados do mapa sem aviso: é um efeito de montagem (ou de photoshop?) para defender uma tese - errada).
sala 1 - Na parede do fundo, fotografias de Rodchenko, à esquerda, e de A.Shaikhet e Boris Ignatovitch. À direita, dois fotógrafos-operários alemães, entre a República de Weimar e o nazismo, Walter Ballhause (1911-1991) e Eugen Heilig (1911-1936). À frente, vitrines com publicações soviéticas (bolchevistas: Lef, Novji Lef, Sovetskoe Foto - nº 11, 1927, Lenin como a estrela que ilumina a multidão) e da esquerda operária alemã (AIZ).
Depois a gente da Photo League, em especial Harold Corsini e o primeiro Aaron Siskind, com as "Harlem Document Series", e Morris Engel. Mais a documentação publicada: Film Front, by the National Film and Foto League, NY 1934, copiografado, e This Is Foto League, e a US Camera 1939, 1941.
O trânsito continua por um decisivo regresso ao passado: Heinrich Zille, na viragem dos séculos XIX-XX, e Atget, quatro "filles publiques" de Paris, col. MoMA. Na parede oposta, Kertesz, Umbo, Wols, Doisneau, Cartier-Bresson, Bill Brandt. E Brassai e Helen Lewitt, Ben Shan
Adiante (2ª sala), os primeiros anos da "Life" (1936-41)
e
"THE BITTER YEARS, 1935-1941: RURAL AMERICA AS SEEN BY THE PHOTOGRAPHERS OF THE FARM SECURITY ADMINISTRATION", exp. organizada por Edward Steichen,no MoMA, 1962
A representação de Dorothea Lange na mostra de 1962, reconstituição da montagem da época.
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Sobre "Sal para Svanetia", filme de Mikhail Kalatozov (projectado em frente a La Misère au Borinage, de Joris Ivens, 1934):
"Saving the Other/Rescuing the Self: Promethean Aspirations in Mikhail Kalatozov's Sol Svanetii"
Daniel Humphrey, 2003: http://www.rochester.edu/in_visible_culture/Issue_5/Humphrey/humphrey.html
Vale a pena dizer que o arquivo de imagens da Life está acessível aqui.
Posted by: Rosa | 03/11/2009 at 21:18
aqui: http://images.google.com/hosted/life (o link não apareceu no comentário anterior).
Posted by: Rosa | 03/13/2009 at 09:41