25 March-3 May 2009. Photographs by Moira Forjaz are on show in 'Kukumbula 1976-1986' in the central station in Maputo. The black and white images are grouped into three sections: 'People', 'Coming and Going' and 'My Island'. The exhibition – Forjaz' first for 25 years – is decidated to South African political activist, journalist and scholar Ruth First, who was assassinated by agents of the apartheid government in 1982 while in exile in Mozambique.
Kulungwana 'Sala de Espera' Central Station CFM, Maputo.
Algumas das fotografias da Ilha de Moçambique (Mupitii em língua macua) estão agora expostas em Maputo, na antiga e imponente Estação Ferroviária e mais precisamente no espaço Kulungwana - Associação para o Desenvolvimento Cultural. Moira Forjaz chamou à sua exposição (a 1ª desde há mais de 25 anos) Kukumbula 1976 - 1986, o que se traduz por memórias, e divide-a em três secções: "Gente" (retratos de conhecidos e desconhecidos), "Vai e Vem" (sobre as deslocações de mineiros moçambicanos para as minas da África do Sul, nas novas condições pós-independeência) e "My Ilha" (Muipiti). Dedicou-a a Ruth First, socióloga e activista, assassinada em 1982 pelos serviços secretos da África do Sul com uma carta armadilhada recebida na Universidade Eduardo Mondlane em Maputo, e autora de Black Gold: The Mozambican Miner, Proletarian and Peasant, publicado em 1983 com as fotografias de Moira Forjaz.
Depois de um longo silêncio fotográfico (a autora fundou a Galeria Moira em Lisboa, nos anos 90, e agora dirige o Festival Internacional de Música de Maputo - o 5º, desde 2005 - e também o de Viana do Castelo), algumas fotografias da Ilha de Moçambique passaram há um ano a estar disponíveis no site da P4 Photography , e a série "O primeiro salário" (sobre os mineiros de Moçambique) surgiram (mal) impressas na revista de cinema Docs.pt ( #07, Outubro de 2008 ), por ocasião do último DocLisboa, onde se projectou um dos filmes que realizou em Maputo no início dos anos 80.
Moira Forjaz trabalhou como foto-jornalista na África do Sul, desde 1964, onde foi discípula e colaboradora de mestres como Jurgen Schadaberg, David Goldblatt e Sam Haskins, e depois de 1975 em Moçambique, também como documentarista. Trabalhou como free-lance, com colaboraçõesw com a Magnum, a Magnum. Em 1981 foi um dos fundadores da Associação Moçambicana de Fotografia; 7 fotografias suas estão publicadas em "Moçambique, A Terra e os Homens", primeira exposição da AIM (acompanhada por álbum publicado em 1984, impresso em Roma).
Podia ser, mas não é, apenas a autora de um livro único. As "memórias" fotográficas de Moira Forjaz são as de um período ímpar da história de Moçambique, testemunhado a partir de uma posição muito próxima do centro do poder em Maputo, que era então a Frelimo de Samora Machel. São também histórias portuguesas e das lutas da África do Sul. Documentos históricos e um olhar atento e caloroso.
Moira Forjaz, Gémeos Magaizas, pág. 116 de "Moçambique, A Terra e os Homens"
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