Parece que calha a 18 o dia dos museus e sendo 2ª feira se antecipam actos e festas para 16, sábado. Ainda não vi bem, não sei se há alguma coisa para ver. Mas a sugestão mais oportuna para a ocasião é a visita a http://museuartepopular.blogspot.com/ que a Catarina Portas lançou há tempos e que precisa de ser reanimado, depois das calamitosas e recentes notícias de um novo episódio de desvario desgovernativo.
Aí estão excelentes fotos dos seus interiores em obras de conservação e beneficiação - as de um anterior programa que previa a respectiva reabertura como Museu de Arte Popular, e que deviam estar concluídas antes do final de 2008. Foi isso que se planeou e empreendeu e que a Europa estava a pagar antes de lhes passar outra coisa pela cabeça desorientada. (Haverá por aqui caso de desvio de fundos?)
Aí estão textos vários em defesa do Museu de Arte Popular contra os vandalismos oficiais que ameaçaram criar uma monstruosa entidade dita do Mar e da Língua em que regressavam em versão digital certas fantasias colonialistas. Os miasmas de 1940, da Exposição do Mundo Português, tinham-se manifestado através da ministerial figura, no tal Museu Mar da Língua, agora (?) só Museu da Língua.
O blog tem estado parado ( JÁ NÃO ESTÁ!... ) e ainda não reagiu à última reanimação dos disparates, após a fundada hesitação do actual ministro. A promessa está lá em subtítulo:
Fechado em Belém mas aberto aqui.
Catarina Portas conseguiu entrar no museu em obras, fotografou e escreveu "O Museu assassinado. Estão lá recolhidos tb textos de Raquel Henriques da Silva e Rúben de Carvalho, mais a petição redigida por Pedro Sena Lino e Rui Santos que se baixo-assinou em 2007.
Por aqui acrescentem-se por agora fotos copiadas da revista Panorama (de 1948 e do SNI) e do do Arquivo de Fotografia de Lisboa:
Isto são coisas que estão tapadas por plásticos nas fotos da Catarina e que ficariam certamente encobertas no futuro "Museu" ou ficariam totalmente desajustadas ao seu programa.
O mobiliário expositivo do Museu de Arte Popular inclui peças de grande qualidade, de antes de se usar o termo design. Foto de Garcia Nunes, 1970
Excelente material de apoio. Há uma série de teses concluídas ou em vias sobre o tema. Espero que surja mais material.
Uma coisa que aprendi há relativamente pouco tempo é que a gente da nova etnologia, por ex. o Ernesto Veiga de Oliveira, apreciaram e louvaram o museu quando foi aberto. Valeria a pena, a propósito, ainda ouvir o velho e magnífico Benjamim Pereira no seu refúgio em Viana do Castelo. O que ele sonhou valorizar expositivamente algumas das peças de maior qualidade do Museu!
Posted by: Raquel henriques da Silva | 05/15/2009 at 00:30