O Mercado da Primavera em 1970, Foto de Garcia Nunes, Arquivo Fotográfico de Lisboa
Referência ao Mercado da Primavera e depois ao Mercado do Povo que acompanharam e envolveram o Museu de Arte Popular, encontrada numa história do Sindicato da Hotelaria do Sul*:
No início de 1975, para garantir uma gestão organizada daquilo que se tinha transformado numa feira de artesanato, e instalar um restaurante a sério, em substituição das tascas de comes e bebes, o sindicato indicou o Amadeu Caronho** que levou a tarefa a bom porto.
O espaço passou a designar-se Mercado do Povo depois de assim ter sido baptizado por um dirigente do sindicato, numa assembleia-geral, em que um jornalista o questionou se estava de acordo em que a iniciativa continuasse a chamar-se Mercado da Primavera.
O Mercado do Povo passou a ser um local de referência, precursor dos bares das docas e da abertura da cidade ao rio, frequentado por sindicalistas, políticos progressistas, e pelos militares revolucionários do MFA e do Conselho da Revolução, que iam lá muitas vezes comer o seu petisco e beber o seu copo de tinto após as reuniões que faziam ali por perto.
*por extenso, Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo e Similares do Sul
**da direcção eleita em Julho de 1974, vindo das mesas do Maxime
http://www.sindhotelariasul.pt
Foto de Garcia Nunes, 1970, http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt
outra referência com a data de encerramento do Mercado do Povo (1991 a confirmar)
O Museu de Arte Popular ... albergou até 1974 uma feira de artesanato denominada Mercado da Primavera. Passou depois a chamar-se Mercado do Povo e foi desactivado em 1991.
Ficava perto a Galeria Nacional de Arte Moderna, onde a 1 de Maio se pintou um painel colectivo e que ardeu em 1981
Fotos de Artur Inácio Bastos, 1969