Valencina de la Concepción © Cristóbal Hara/VEGAP
Além do PhotoEspanha também temos a livraria http://www.kowasa.com/ Photographic books (com portes cada vez mais aceitáveis, quando se trata de 3 livros pelo preço de um, e com "ofertas" às vezes muito atraentes), e a livraria http://www.lafabrica.com/ está também cada vez mais perto:
Falta-nos uma presença mais assídua da Fundação Foto Colectania ( http://www.colectania.es/ ) para as coisas correrem verdadeiramente melhor, num processo de integração necessária (integrem-nos, por favor - sozinhos não vamos a lado nenhum).
Um dia alguém tirará a fotografia da Cadeia da Relação (o Turismo do Pinho não a quer?), no Porto, e porá na ordem o arquivo de fotografia do IMC, em Lisboa (que se previu instalar no que - talvez - vai ser desperdiçado pelo tabuleiro voador dos Coches, a Belém), um dia atribuirão mais meios ao Arquivo Fotográfico da CML. Mas, entretanto, vêm boas notícias de Espanha. Acolheram um comissário por 3 anos (Sérgio Mah), recebem exposições portuguesas (anunciado Nozolino para a Casa de América, o próprio por razões várias limitou a sua circulação e vai só a Arles; mas haverá um ciclo Pedro Costa e Benoliel em Cuenca, de novo por Emília Tavares mas decerto mais ponderadamente do que em 2005, eram tempos da "Imagem Cesura", coisas de Lisboa, que por lá não se usam - e também por isso se interrompem os programas aqui: antes das queixas, impõe-se a auto-avaliação de responsabilidades, a auto-crítica do autismo cultural). E trazem-nos espanhóis. Obrigado.
O melhor de todos (também o mais secreto, ou confidencial, apesar dos 8 livros 8) é Cristóbal Hara, que veio de fora para retratar a cores a Espanha negra, buñueliano e muito pouco amável, que em anos recentes editou na Steidl An Imaginary Spaniard, 2004, e Autobiography, 2007.
Leitor de Miguel Torga, numa epígrafe final de Contra Natura, 2006: "Todos tenemos un único paisaje en el alma: aquel que primero le dio a ésta su dimensión" - nunca concordei com M.T., mas Hara lá terá a sua ideia: nasceu em Madrid em 1946 e passou a infância entre Filipinas, Alemanha, EUA e Espanha; estudou direito e direcção de empresas em Madrid, Hamburgo e Munique (1963-69), e só em 1980 passou a residir em Espanha.
Leitor de Pessoa, "Reality does not need me", na epígrafe final de Autobiography, 2007. (são trocas...)
Oimbra, 1997 © Cristóbal Hara/VEGAP
"Cristóbal Hara presenta una exposición antológica con un centenar de fotografías de la vida cotidiana de los pueblos españoles, en las que el autor ha sido testigo privilegiado de sus costumbres, tradiciones y contradicciones." OU "En esta exposición antológica se reúnen un centenar de fotografías en las que queda patente la relación del autor con el tema de lo cotidiano durante toda su trayectoria profesional. La muestra está formada por imágenes de series tan conocidas como Lances de aldea (1992), Vanitas (1998) o Contra Natura (2006), así como obras de producción reciente, creando un resumen visual de la trayectoria artística del fotógrafo madrileño." (Reside numa aldeia dos arredores de Cuenca, sem mail conhecido, nem site)
"Sus primeras imágenes, en blanco y negro, fueron realizadas con una clara voluntad documentalista, pero desde que empezó a trabajar con la fotografía en color evolucionó en una dirección en la que su interés dejó de ser el tema para pasar a ser el lenguaje fotográfico." Claro que é disparate e que o interesse pelo tema está em primeiro lugar e não a lingugem fotográfica - falamos para dizer coisas e não por interesse pela linguagem. (por que raio se fala por falar, ou se dizem coisas sem interesse?) A guerra contra "o tema", a "autonomia" ou autismo da arte e do artista é uma conspiração recorrente.
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