É o novo emblema da campanha pelas assinaturas (domingo, 15h), a partir da fotografia de um dos vidros desenhados da porta do MAP, com adesivos de protecção colocados durante as obras de reabilitação do edifício prévias à sua reabertura como Museu de Arte Popular.
Já ultrapassou o subscritor nº 3000 o abaixo assinado pelo MAP -
http://www.PetitionOnline.com/mod_perl/signed.cgi?MAP
- quando passava apenas uma semana desde o respectivo lançamento. É uma boa marca para uma petição, e o movimento de apoio à reabertura do Museu (do velho museu revisto e actualizado) continua a alargar-se e a crescer.
(Era altura de prometer, quando faltava ainda alguma coisa para chegar aos 3 mil...) Ficou prometida aqui a oferta ao visitante 3000 de um convite (duplo) para a cerimónia da reinauguração do Museu de Arte Popular, reinstalado no seu espaço de sempre depois das obras de beneficiação de fundações e coberturas que decorreram nos últimos anos.
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Sobre essas obras, ver no blog http://museuartepopular.blogspot.com/ o depoimento do engenheiro João Appleton (A2P Estudos e Projectos, Lda), que foi o seu responsávem com o arq. Victor Mestre - uma qualificada equipa, portanto.
Antes de mais, os parabéns pelo excelente espaço que tive a oportunidade de descobrir por acaso. Tornar-me-ei leitor assíduo.
Quanto ao Museu Popular, à razão da sua permanência/existência, deixe-me que acrescente algumas notas: sempre desconfiei muito de noções como popular/erudito, sendo difícil destrinçar o limite entre ambos, em campos/áreas distintas como a arte, a literatura ou a religião. O Museu Popular nasce de um contexto ideológico, conceptual e histórico muito diverso do actual que definia, então, com linhas muito concisas, o que era o «popular», ou seja dicotomizando a sociedade em noções tão básicas como pobre/rico, rural/urbano, etc. etc. Este projecto estado novista não pode ser aceite como uma cristalização daquelas noções, totalmente discutíveis e em aberto. Nesse sentido não posso aceitar um Museu de Arte Popular, pois não sei o que é «a arte do povo» (creio que apenas uma franja de etnógrafos o saberá...e mesmo esses recusam aceitar contribuições disciplinares diversas...). Quando muito poderia aceitar o «Museu do Museu de Arte Popular», cristalizando assim um programa museográfico associado a uma época. Creio que faz falta, em Portugal, um museu do Estado Novo, cabendo a tal organismo gerir os museus de época cujo conteúdo não pode ser apresentado sem questionar a sua função inicial e explicando o próprio trajecto da museografia/museologia nacional.
Cumprimentos
Posted by: Nuno Resende | 06/07/2009 at 15:25