1ª exp. individual em 1988; em 1995, "Oriente Ocidente", com produção Ether e Fundação do Oriente, com comissariado de Jorge Calado. 1ªs colectivas: 1989, 1ª Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira (1º prémio, secção retrato); 1990, European Kodak Award (Portugal), Les Rencontres d’Arles; 1991, "Regards Inquiets" – Portugal 1890-1990, Europáli'91, Antuérpia.
Livros: East West, 1995/ Peepshow, 1999 / Lotus, 2001 / Fotografias Recicladas, 2001/ Agosto, 2003/ António Júlio Duarte, 2006
outros catálogos: Almofala (com Valter Vinagre), 1990; Still (CNB), 2000
http://www.antoniojulioduarte.com/
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*Os lugares da Luz ("Oriente Ocidente"), "Revista - Expresso", 13.05.95
*Enfim nós (Encontros de Coimbra, col.), "Revista - Expresso", 16.11.96
*De Viagem ("Peep show"; 4 fotógrafos), "Cartaz - Expresso", 6.10.99
*Macau, luzes e sombras ("Lotus" - com Paulo Nozolino), "Expresso", 10.03.2001
*Lugares de passagem ("We can’t go home again"), "Expresso", 10.07.04
*"Do Natural", Módulo, 2007
Colecção em viagem, in "Expresso", 12.10.02
50 fotógrafos, in "Expresso", 14.12.02
*Coimbra, Centro Artes Visuais, in "Expresso", 08.03.03
Cruzamentos Peninsulares, in "Expresso", 19.06.04
Arte em jogo, in "Expresso", 03.07.04
XXX (1975-2005), in "Expresso", 21.05.05
*Imagens Privadas/Plataforma Revolver, in "Expresso", 28.05.05
*As cidades de Madrid (PhotoEspaña), in "Expresso", 09.07.05
Prémio BES escolhe fotógrafos, in "Expresso", 30.07.05
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1995, "Os lugares da luz", Expresso Revista, 13 Maio - Exp. "Oriente Ocidente", Lagar de Azeite, Oeiras - ver_artigo
e tb notas a 6 e 20 Maio + notas a 7 e 21 Out., por ocasião da mm exp. no Arquivo Fotográfico Municipal
ANTÓNIO JÚLIO DUARTE
Lagar de Azeite, Quinta do Marquês, Oeiras, 6-5-95
Poderia falar-se de um novo fotógrafo se o seu trabalho não tivesse já merecido o prémio Kodak de 1990 e não se pudesse ver na Europália 91, seleccionado por António Sena. É antes o tempo de revelação das imagens que é terrivelmente lento. Primeira grande exposição e edição de A.J.D., «Oriente/Ocidente» é uma produção da Ether apoiada pela Fundação do Oriente, comissariada por Jorge Calado, que se inaugurou na quinta-feira. A um núcleo inicial de fotografias feitas em Macau vieram juntar-se outras de diferentes lugares, num projecto estruturado pelo cruzamento constante de sinais onde as diferenças geográficas se reconhecem e se esbatem na presença de uma mesma estranheza intraduzível. A viagem é aqui uma permanente disponibilidade da observação que não desvenda e congela o sentido dos lugares, mas antes se exerce como capacidade de surpresa diante dos corpos e dos olhares encontrados — e A.J.D. sabe olhar as pessoas como poucos. Conhecidas algumas provas e só rapidamente folheado o livro, recomenda-se a sua descoberta.
20-5-95
Um trabalho fotográfico desenvolvido desde 1990-91 surge a público numa exp. e num catálogo-livro, «Oriente Ocidente», de exemplar produção, apoiada pela Fundação do Oriente. Circulando entre dois mundos, que são por vezes indiscerníveis, A.J.D. ultrapassa os códigos da fotografia de viagem com um olhar original que se serve do preto e branco e do formato quadrado com um exacto domínio dos profundos constrastes de luz e uma impressão magnífica. O objecto fotográfico é aqui irredutível à referencialidade dos lugares ou dos objectos e também ao itinerário da intimidade autoral, suspendendo o sentido imediato das imagens para alargar o horizonte de surpresa e de interrogação oferecido ao observador, questionando o mundo e as imagens, entre a presença do caos e a geometrição ds formas, os fenómenos da luz e a presença dos corpos.
Arquivo Municipal de Fotografia (2), 07-10-95
«Oriente/Ocidente», um projecto de exposição e livro comissariado por Jorge Calado, com produção da Ether e já apresentado no espaço do Lagar de Azeite, em Oeiras, com o apoio da Fundação do Oriente, é uma selecção de fotografias realizadas desde 1990, de que já se falou mais longamente na «Revista» de 13-5-95. Circulando entre dois mundos, que são por vezes indiscerníveis, A.J.D. ultrapassa os códigos da fotografia de viagem com um olhar desperto para o mistério dos lugares, que se serve do preto e branco e do formato quadrado com um exacto domínio dos profundos constrastes de luz e com uma magnífica qualidade de impressão. O objecto fotográfico é aqui irredutível à referencialidade dos sítios ou dos objectos e também ao itinerário secreto de uma possível intimidade autoral, suspendendo-se o sentido imediato de cada prova para alargar o horizonte de surpresa e de interrogação oferecido ao observador, questionando o mundo e as suas imagens, entre a presença do caos e a geometrização das formas, os fenómenos da luz e a presença dos corpos.
21-10-95
«Oriente-Ocidente» prolonga a grande tradição da fotografia de viagem, mas o fotógrafo circula entre Macau e os Açores, a Tailândia e a Inglaterra, sem procurar o exotismo, ou mesmo fazendo da diversidade dos lugares e dos tempos a celebração da unidade geográfica e humana do mundo. A exp., que se inaugurou em Oeiras, em Maio, bem como o catálogo-livro que a acompanha (ambos comissariados por Jorge Calado e com produção da Ether, contando com o apoio da Fundação do Oriente) ficam como acontecimentos decisivos de um ano fotográfico que conheceu também o projecto «Ist» de Augusto Alves da Silva. Entretanto, destaque-se a excelência da montagem, que constitui uma lição sobre o que é ver e expor fotografias: observem-se os alinhamentos temáticos (os animais, as crianças, os desportistas, etc) ou formais, sublinhando paralelismos gestuais, efeitos lumínicos, geometrizações dos espaços, enquanto outras imagens se agrupam para prestar homenagem a anteriores fotógrafos viajantes ou interrompem ritmicamente a sequências para suspender as leituras imeditamente referenciais.
28-10-95
«Oriente-Ocidente», em últimos dias. Uma exposição e um livro que marcam o ano fotográfico, fazendo ainda da viagem, do olhar sobre o mundo, a revelação de um modo único de ver.
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1996, "Enfim nós", Expresso Revista, 16 Nov. - Encontros de Coimbra, Colectiva "Sul"
"COM António Júlio Duarte é igualmente o «Sul» que vemos, em magíficas provas de formato quadrado viradas a selénio, que lhes confere a tonalidade estranha de uma luz abrasadora, contida entre sombras e negros absolutos. Numa extensa sequência de imagens montada como um painel único, com o seu ritmo próprio e a inquietação de um «puzzle», embora todas as imagens existam individualmente, a diversidade dos motivos furta-se a qualquer lógica documentária e sinaliza um território percorrido: os animais (cães e avestruzes), a imagem na imagem (as bocas do cartaz), os retratos anónimos, os objectos perdidos que marcam paisagens não localizadas, uma antena contra a noite. Depois de Oriente Ocidente, de 1995, o fotógrafo continua a sua obra."
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1999, "De viagem", Expresso Cartaz, 6 Out. (quatro fotógrafos) sobre as exp. "Peep Show", Cadeia da Relação, Porto, e "Espaços de Sedução", Silo, NorteShoping, Senhora da Hora:
"«Peep Show», fotografias do Japão, prossegue o trabalho mostrado em Oriente Ocidente, de 1995, e é já a exploração de outras direcções. A. J. Duarte apresenta três séries de imagens, ou mesmo duas exposições associadas: uma com fotografias a preto e branco, de pequeno formato quadrado (16 cm de lado, excessivamente dispersas no espaço de duas enxovias-galerias), a outra constituída por dípticos a cores, em fotocópia, precedida de uma estranha sequência onde é visível (nem sempre) a imagem circular de uma paisagem, centrada num quadrado negro: ilhas vistas num miradouro frente a Hiroshima, através de tubos de metal, desfocadas ou invisíveis ao sabor do acaso mecânico.
A primeira série prolonga o gosto pela fotografia de rua, na exploração ou deriva por um diferente universo cultural, disponível para os encontros fortuitos, construindo um itinerário referencial mas desviando-se dos estereótipos que lhe são atribuídos, frustrando as expectativas do reconhecimento. Menos geometricamente ordenadas, mais sombrias e também mais favoráveis ao humor, exploram os «objets trouvés», cartazes, ecrãs, bandeiras e graffitis como imagens dentro da imagem, por exemplo nas paredes pintadas de uma área ocupadas por «homeless» ou nas fotografias de Araki ironicamente comentadas por um escultura de pedra e formigas artificiais. A passagem aos dípticos e à cor prolonga o jogo poético por outras vias de exploração da banalidade das imagens e de associação ocasional.
No «Silo» apresentam-se 15 fotografias a cor de grande formato sob o título «Espaços de Sedução», feitas durante a montagem do centro comercial, num programa a cargo do CPF (que de futuro será partilhado com Serralves). É ainda outra direcção de trabalho, cumprida com eficácia como uma entrada nos bastidores do território do consumo, identificado pela multiplicação dos objectos e a velocidade dos figurantes, todos recortados com dureza sob as cores cruas do flash.
A montagem é dificultada pelas condições da galeria, um exercício arquitectónico que se quis valorizar como objecto de exposição em si mesmo (o interior cilíndrico do parque de estacionamento, em tijolo, projecto de Eduardo Souto Moura) que se sobrepõe ao uso expositivo. (...)
2001, "Macau, luzes e sombras", Expresso Actual, 10 Mar. ( Macau )
Exp. "Lotus", Culturgest, 22 fotografias a cores, 80x80 cm (com Paulo Nozolino, "Fim")
2003, "Coimbra", CAV, Expresso Actual, 8 Mar. (ref.)
2004, "Lugares de passagem", Expresso Actual - 10 Julho : Exp. «We can’t go home again", na Módulo
"Cruzamentos peninsulares", Expresso Actual, 19 Jun. - "Vidas Privadas", Foto Colectanea, ref.
(("Arte em jogo", Expresso Actual, 3 Jul. - colect. CAV, ref.?))
2005, "XXX" (1975-2005)", Expresso Actual, 21 Maio - colect. Módulo - nota, ref.
"Imagens Privadas", colect. Plataforma Revolver, Lisboa - Expresso Actual, 28 Maio, nota, ref
Imagens Privadas
Plataforma Revolver , 28-05-2005
Incluída no programa paralelo do LisboaPhoto, é uma mostra que reúne dez fotógrafos num projecto insólito (quanto ao espaço que ocupa, uma casa de habitação num sótão em precário estado de conservação - evitar as horas de mais sol) mas realizado com grande êxito e que corre o risco de vir a ser a mais estimulante proposta de todo o festival. José Maçãs de Carvalho começou por fazer uma escolha eclética de autores de diferentes orientações e níveis de reconhecimento e construiu a exposição sala a sala, através das sucessivas escolhas de fotografias pelos próprios, comunicadas através de e-mail. A montagem, que associa os trabalhos dos dez fotógrafos em cada um dos seis espaços utilizados (quarto, duas paredes da sala comum, hall, corredor da casa de banho, arrumos), dispensou as tabelas próximas das obras e obriga o visitante a consultar o mapa de cada área para identificar as autorias, o que determina uma relação mais atenta com as imagens e proporciona várias hipóteses de circulação. Entretanto, a escolha pessoal das fotografias, feita por cada um através do diálogo com as dos restantes autores, terá proporcionado opções mais íntimas e mais livres da lógica programática dos «projectos» conceptuais ou das encomendas. É o que sucede com o próprio Maçãs de Carvalho e com M. Valente Alves, enquanto Valter Vinagre expõe novos passos do seu trabalho, Rodrigo Peixoto afirma um percurso de crescente interesse e se detecta uma especificidade feminina das «reflexões» (exposições) sobre o corpo próprio, nos trabalhos de Marta Moreira, São Trindade e Susana Mendes Silva. Nuno Cera e Cátia Serrão expõem trabalhos menos identificáveis e António Júlio Duarte (dois auto-retratos, o tríptico de urinóis, etc.) destaca-se como o grande fotógrafo que se conhece.(Até 9 Jul.)
"As cidades de Madrid", Expresso Actual, 30 Jul. - PhotoEspaña, ref.
2006, notícia livro ADIAC - Expresso Actual 01 Jul. (?)
2007 - Exp. "Do Natural", Módulo, 24 Set. link
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