DOSSIER MAP 2 (Dia dos Museus)
(1 - Porque tenho responsabilidades no processo de defesa do "velho" MAP e porque o destino do "novo"(?) MAP é incerto e preocupante; 2 - e porque sou nomeado ou referido em alguns artigos de imprensa, aqui se coligem documentos, antes de outras eventuais intervenções.)
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Dia Internacional dos Museus
"A nova vida do Museu de Arte Popular"
por MARIA JOÃO CAETANO
Diário de Notícias, 18 de Maio 2010
http://dn.sapo.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=1572487
"Celebrar o Dia Internacional dos Museus é o objectivo da reabertura, hoje, por apenas um dia, do Museu de Arte Popular (em Belém), cujas portas reabrem definitivamente mais tarde, ainda este ano. Muitos outros museus nacionais têm programação especial para assinalar este dia.
Nos andaimes, uma equipa de restauradores ocupa-se dos murais na sala do Alentejo. Nas Beiras, uma empregada lava o chão. Em Trás-os-Montes, arrastam-se móveis. Cheira a detergente e pelas janelas abertas entra o sol e vê-se o Tejo. Fechado desde 2003 e com morte oficialmente anunciada, o Museu de Arte Popular (MAP) renasce das cinzas, lentamente, pelas mãos da arquitecta Andreia Galvão, a enérgica directora convidada em Outubro para pôr de pé o novo MAP - vai reabrir "até ao final do ano", isso é certo, mas, hoje, Dia Internacional dos Museus, quem quiser pode lá ir ver o que se passa. A ideia é mesmo essa: "Abrir as portas à comunidade" e "mostrar um museu em construção".
Ainda sem colecção - o espólio, guardado no Museu de Etnologia, está agora a ser estudado e limpo - mas já com muito para mostrar: o edifício, em Belém, resultado da adaptação de alguns dos antigos Pavilhões da Vida Popular projectados pelos arquitectos António Maria Veloso Reis Camelo e João Simões, integrados no conjunto construído para a Exposição do Mundo Português de 1940. Os murais de TOM, Paulo Ferreira, Manuel Lapa, Eduardo Anahory, Carlos Botelho ou Estrela Faria, Tomáz de Mello* e Manuel Lapa, e as esculturas de Júlio de Sousa. O mobiliário original (cadeiras, expositores, manequins nus mas que antes vestiam as roupas tradicionais portuguesas). E algumas preciosidades encontradas durante as arrumações (bilhetes, roteiros, fotografias antigas). * //TOM e Thomaz de Mello são a mesma pessoa//*
Para visitar e imaginar como foi e como vai ser. O MAP teve uma vida atribulada, desde a inauguração em 1948 e, sobretudo, após o 25 de Abril. Em 2000 iniciaram-se obras de requalificação do museu que tinha entrado em decadência e que levariam ao encerramento do espaço em 2003. "Mal amado e incompreendido, o museu foi abandonado, mas isso acabou por ser uma vantagem, porque se manteve praticamente intacto. É, ele próprio, um objecto museográfico, representativo da sua época", explica Andreia Galvão.
Em 2006, a então ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, anunciou que o MAP iria ser transformado em Museu da Língua Portuguesa. Mas nem todos gostaram das notícias. O movimento pela reabertura do MAP incluiu a criação de um blogue* e de uma petição online que reuniu mais de três mil assinaturas**. O crítico de arte Alexandre Pomar, a empresária Catarina Portas, a artesã Rosa Pomar, a historiadora Raquel Henriques da Silva e a artista plástica Joana Vasconcelos foram alguns dos rostos desta campanha que levou a uma mudança de planos. Em Dezembro, a nova ministra, Gabriela Canavilhas, anunciou que o museu "é para se manter tal como estava (…), dedicado à arte popular portuguesa". //*http://museuartepopular.blogspot.com/ * - ** mais de 4500 (hoje 4669)//**
E é isso que Andreia Galvão se propõe fazer ali. "Não quero fazer um museu tiro-liro-liro. Mas também não pode ser um museu de arte contemporânea", diz a directora. Há que conseguir um equilíbrio. Existe uma série de temas que podem ser tratados, da importância e da evolução desta zona beira-rio, o que foi a Exposição do Mundo Português, a identidade das diferentes regiões, as tradições que se perdem e as que estão a ser recuperadas. Ter um "museu vivo" implica pensar em novas estratégias para mostrar o espólio que se enquadrem na divisão por salas regionais mas que não se limitem a isso."
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RÁDIO RENASCENÇA, http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=96&did=104561
Inserido em 18-05-2010 10:32
"Museu de Arte Popular reabre portas"
LEGENDA: O espaço, com arquitectura do Estado Novo, guarda obras de Tomaz de Mello, Carlos Botelho, Eduardo Anahory, Manuel Lapa.
Encerrado há mais de uma década, o Museu Nacional de Arte Popular regressa à vida. O espaço, situado em Belém, reabre portas ao público hoje, Dia Internacional dos Museus.
Para já, ainda sem estarem expostas as 15 mil peças do espólio, o museu dá a conhecer o seu edifício restaurado. Há quatro anos ditaram-lhe a “morte” para dar lugar ao Museu da Língua, mas a contestação devolveu-o à vida. O espaço guarda pinturas decorativas dos artistas Tomaz de Mello, Carlos Botelho, Eduardo Anahory, Manuel Lapa, entre outros. A partir de hoje, as pessoas “podem marcar grupos, com entrada gratuita”, explicou Andreia Galvão, directora do Museu Nacional de Arte Popular.
Depois de ter passado por um período conturbado após o 25 de Abril, a história parece ter mudado. “Este museu passou, a seguir ao 25 de Abril, por um período muito difícil, pela falta de distância relativamente a produção do Estado Novo. Hoje em dia, vejo que a história virou e o próprio distanciamento permite ver a qualidade desta arquitectura e desta colecção”.
A reabertura simbólica deste espaço, à beira Tejo plantado, faz-se, por enquanto, sem as 15 mil peças do espólio expostas. Em Outubro, vão ficar disponíveis aos olhos alheios peças que incluem cerâmica, ourivesaria, trajes e alfaias agrícolas.
A BOLA, http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=206004
Museu Nacional de Arte Popular reabre uma década depois
Por Redacção
- 18-05-2010
O Dia Internacional dos Museus, que acontece esta terça-feira, serve para a reabertura ao público do Museu Nacional de Arte Popular. O edifício, que fica em Belém, Lisboa, esteve encerrado durante uma década e foi entretanto restaurado.
O espaço está em vias de ser classificado pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico. As 15 mil peças do espólio – que inclui pinturas de Tomaz de Mello, Carlos Botelho ou Eduardo Anahory – ainda não estão expostas.
«Diz-se que a história precisa de 20 anos para ser feita. De facto este museu passou, a seguir ao 25 de Abril, por um período muito difícil pela falta de distância relativamente a produção do Estado Novo», explicou a directora do MNAP, citada pela Renascença.
«Hoje em dia, vejo que a história virou e o próprio distanciamento permite ver a qualidade desta arquitectura e desta colecção», acrescentou Andreia Galvão. Com esta reabertura simbólica, começam também as marcações de grupos, com entrada gratuita.
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"Reaberto Museu Nacional de Arte Popular"
Inserido em 18-05-2010 20:06
RÁDIO RENASCENÇA
"Directora diz que começa hoje uma segunda vida do museu.
Está reaberto o Museu Nacional de Arte Popular, em Belém. O edifício marcado pela arquitectura do Estado Novo voltou a abrir as portas ao público esta tarde, Dia Internacional dos Museus.
A cerimónia que decorreu ao som do tradicional fado português, marca o inicio da segunda vida deste museu fechado durante mais de uma década.
A directora Andreia Galvão diz que este é o primeiro dia da segunda vida do museu.
A ministra da Cultura percorreu as regiões e disse que o museu reabriu empurrado pela vontade de um movimento popular. E é de povo que se faz este espaço da arte popular."
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