O pessoal etnochique que circula pela Gulbenkian do Próximo Futuro, pelo Artafrica e o Buala, etc, também põe os pés na FIA? Não é por aqui que passam de formas mais vivas e participadas o diálogo intercultural, as trocas poscoloniais, o anteriormente chamado multiculturalismo?
A foto é de 2009, antes da crise ser crise (e também aqui se nota)
Depois do Duchamp reciclado nos anos 60, o Kitsch não está onde se espera (invadiu o campo da arte e é de vanguarda). A feira é um espaço mais imprevisível do que o mercado (de arte). E a multidão faz parte (participa) do espectáculo.
todas as Áfricas, alguns exotismos (2009)
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Entretanto, à falta de museus de etnologia e de arte popular (são coisas diferentes), a exposição central e o respectivo catálogo apresentados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional substituem-se-lhes e intitulam-se este ano
"AS IDADES DA CONSTRUÇÃO
- Técnicas e saberes da construção tradicional e sua aplicação à arquitectura contemporânea"
A produção executiva é do CRAT - Centro Regional de Artes Tradicionais (com direcção executiva de Graça Ramos) e a coordenação técnico-científica de Miguel Pais Vieira. Escrevem Cláudio Torres, os arq. Victor Mestre e Francisco Silva Dias, entre vários outros, a geógrafa Ana Pires, etc. Parece uma coisa substancial.
NA FIL: FEIRA INTERNACIONAL DE ARTESANATO, até domingo 11 (15h-24h)
O internacionalismo gastronómico estava mais florescente em 2009, agora é mais sandes... (12h30-24h)
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