Já saiu a edição das actas do colóquio internacional “A Industrialização na Primeira Metade do Século XX - O Caso do Barreiro - Centenário da CUF no Barreiro, 19808-2008”, que se realizou de facto no ano em que se comemoraram os 100 anos da CUF no Barreiro, organizado pela Universidade Autónoma de Lisboa (UAL). No Museu da Indústria, Quimiparque, EP, actual Baía do Tejo.
Por acaso ou não (a convite de Raquel Henriques da Silva) aí apresentei uma intervenção que tem o título "O neo-realismo na fotografia portuguesa, 1945-1963".
Uma investigação que precisava de ser prolongada para a frente e para trás, ou seja, em direcção à fotografia directa e "verista" (?) de Álvaro Colaço e A. Lacerda Nobre que por uns tempos publicaram na Objectiva (anos 30, antes da chamada à ordem do Pe Moreira das Neves, em 1938, por via do Duplo Centenário) - mas onde se encontram informações sobre estes dois autores?; e, adiante, acerca do "feito 'The Family of Man?", que aqui é só um rápido e último subtítulo. E ao lado deveriam aprofundar-se os casos de Augusto Cabrita, dos Salões do Grupo Desportivo da CUF, do activismo de Eduardo Harrington Sena, e em geral de um esteticismo formalista que (a par do Foto Clube 6 x ) teve a sua sede mais importante no próprio bastião da classe operária. Um episódio que merecia uma tese, mas era preciso ir folhear anos a fio (1950-57) do Jornal do Barreiro, porque não se faz pelo Google. O 1º Salão de Arte Fotográfica do Jornal do Barreiro foi em 1950, mas a iniciativa (em que interveio o arq. Cabeça Padrão) foi logo posta na ordem.
No ensaio publicado agora deu-se algum destaque a Maria Lamas e Adelino Lyon de Castro, que a seguir se viram em duas exposições: Au Féminin / Women Photographing Women (Gulbenkian, Paris, 2009 - onde Jorge Calado dedicou à jornalista e escritora portuguesa a mais extensa representação - podia ter sido o começo de uma retrospectiva necessária) e Batalha de Sombras (de Emília Tavares e Museu do Chiado em V.F.Xira, 2009).
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