Um primeiro Mês da Fotografia em 1993. Duas edições do Lisboa Photo em 2003 e 2005, à volta do Arquivo Fotográfico.
1993
O Mês da Fotografia, Lisboa
Coordenação: Sérgio Tréfaut. Projecto: S.T. e Paula Mascarenhas. Por ocasião das Festas de Lisboa; vereador do Turismo: Vitor Costa.
I: "Festas fotográficas", 29 de Maio
continua em 5, 12 ("Luzes e sombras", II), 19 (III). 26 de Junho e 3 de Julho IV: Notas das exposições
(notas breves: João Cutileiro; Pena Capital; "1961-1974 Os Anos da Guerra", Gare da Rocha Conde de Óbidos e A Encenação do Estado Novo", Gare Marítima de Alcântara)
(Robert Doisneau & Tony Ray-Jones, Convento do Beato, Duas retrospectivas. Ver Artigo de Jorge Calado na «Revista» do Expresso.)
SEBASTIÃO SALGADO, Centro Cultural de Belém (inauguração), «Trabalho". EXPRESSO/Revista de 19 Junho 1993: "O fim de século como epopeia"
c/ Catálogo geral, Desdobrável-roteiro
uma das muitas boas ideias do Mês era o "Passe das Exposições", feito com um retrato em Photomaton
1995
Dois anos depois, conhecida a não continuidade do Mês da Fotografia, assinalou-se assim a inconstância dos (i)responsáveis: Tribuna - EXPRESSO/Cartaz de 03 Junho
"...na sua primeira e única edição o Mês da Fotografia surgiu marcado por um gigantismo de programação que veio a resultar em diversos incumprimentos de calendário e também em custos globais que excederam muito as previsões iniciais. (...)"
"No final de 1994, o mesmo comissário apresentou à CML um novo projecto de programação, possivelmente com níveis de ambição e custos também excessivos para o orçamento municipal. Mas, em vez de negociar esse programa ou de impor outro modelo de organização, Vítor Costa optou por esquecer o que tinha escrito em 1993 no catálogo do evento: «Estou certo de que o sucesso deste primeiro Mês da Fotografia criará as condições necessárias para a sua consagração.»
Em 1994, a vereação da Cultura (João Soares) inaugurou a nova sede do Arquivo Fotográfico, no âmbito da Capital Cultural Lisboa'94. O QUE ESTA "TRIBUNA", ALIÁS, NÃO REFERE - ver Notícia
"A questão da fotografia... é apenas um sintoma muito particular numa gestão camarária em que o preço da balcanização é demasiado gritante. As «novas Festas» pretendem revestir-se de uma componente cultural, mas a sua organização depende exclusivamente do Pelouro do Turismo; com o Pelouro da Cultura a jogar noutro campeonato (qual?), o S. Luiz e o Maria Matos acolhem espectáculos diversos e abrem-se as portas do Teatro Taborda restaurado, mas as galerias da Câmara (o Palácio Galveias, a Mitra, a Sala do Risco...) e a Videoteca, a Casa Fernando Pessoa, etc, estão alheadas da programação, mesmo quando se encontrem em actividade.
Se é absurdo que as Festas de Lisboa não possam voltar, depois da experiência feliz da «capital cultural», a envolver em projectos comuns as instituições do poder central sediadas na cidade, ultrapassando-se a guerrilha entre Governo e oposição que a política partidária impõe, numa lógica primária de instrumentalização do aparelho de Estado, muito mais grave é a transferência para o interior de um mesmo executivo municipal dos mesmos jogos de pequena política."
2003
1) "Fotografias pela cidade" (Expresso/Cartaz de 24-05-2003, pp. 46-47): LisboaPhoto, a primeira edição da bienal de fotografia promovida pela CML, vai apresentar 22 exposições em torno de questões urbanas. Comissário: Sérgio Mah; José Monterroso Teixeira era director municipal de Cultura.
2) "Retratos da América" (in Expresso/Cartaz 07-06-2003) Dois fotógrafos dominam o programa do LisboaPhoto, o histórico Weegee (Palácio da Ajuda) e o contemporâneo Joel Sternfeld (Cordoaria)
3) "Visões da Cidade" (Expresso/Cartaz 14-06-2003) Lisboa em três exposições: Colecção Ferreira da Cunha, no Arquivo Municipal; Eduardo Portugal, no Convento das Bernardas; e Luís Pavão, "Lisboa, em Vésperas do Terceiro Milénio", Oceanário) e um pequeno salto a Paris, com Eli Lotar (Museu do Chiado).
"...o próprio projecto da bienal veio afirmar com nitidez a importância do arquivo – e concretamento, do Arquivo Fotográfico Municipal – como parceiro e instituição âncora do programa, potenciando uma das raras situações de continuidade de uma missão que tem sido sacrificada noutros casos. Com o curto tempo de preparação que teve a LisboaPhoto, o Arquivo optou por apresentar trabalhos que tinha em curso sobre dois espólios entrados nos seus depósitos. Por sinal, o de Eduardo Portugal * foi o primeiro que recebeu, em 1991, por ocasião da passagem para as instalações na Rua da Palma, inauguradas em 94, e o espólio de Ferreira da Cunha é o mais recente, doado em Junho de 2000 pela Sojornal, depois de ter sido adquirida pela empresa «A Capital»." (* Julgo que o catálogo então organizado nunca foi editado.)
2005
Duas notas: I - «A Imagem Cesura» (in Expresso/Actual 14-05-2005) Nas vésperas do LisboaPhoto 2005. II - "Imagens ou índices" (in Expresso/Actual de 21-05-2005) A teoria e as exposições do LisboaPhoto
III - Helmar Lerski: "As verdades do retrato" (Expresso/Actual de 11 Junho 2005): "Metamorfoses pela luz", na Culturgest
IV - Benoliel, na Cordoaria (com. Emília Tavares): "Génio ou mito?" - Joshua Benoliel continua a ser um fotógrafo desconhecido. (Expresso Actual de 04-06-2005)
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Um primeiro Mês da Fotografia em 1993 (Jorge Sampaio, Festas da Cidade, Vitor Costa - Sérgio Tréfaut). Duas edições do Lisboa Photo em 2003 e 2005, à volta do Arquivo Fotográfico (Santana Lopes, Maria Manuel Pinto Barbosa, José M. Teixeira - Sérgio Mah)
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