Para entender o Álbum comemorativo é necessário associá-lo à revista Actividade Económica de Angola (nºs 9 a 12 - Março a Dezembro de 1938). Se o 1º apenas refere no final o nome (pseudónimo) do fotógrafo (Clichés: C. Duarte) e na pág 3 os dos 3 responsáveis pela Exposição-Feira (dr Frederico Bagorro Sequeira, Chefe da Secção Técnica Económico-Pecuária; Augusto de Almeida Campos, Chefe da Repartição de Estudos Económicos, adjunto do anterior; e o "funcionário aduaneiro, Vasco Vieira da Costa, artista de elevado merecimento"), é na 2ª publicação que se inclui a 'ficha técnica' da mostra - acima. A revista é editada pelo Governo Geral de Angola, designadamente pela Repartição de Estudos Económicos.
O facto de se nomearem como "OUTROS COLABORADORES" Fernando Batalha, arquitecto e João Eugénio de Morim (?), indicando-se que foram autores de projectos específicos ( Pavilhão Principal, o primeiro; e pavilhões oficiais de Benguela, bar-"dancing" e monumento a Portugal Colonizador, o segundo), e também que dirigiram a respectiva construção, deixa um enorme vazio sobre a autoria dos restantes projectos de pavilhões e estruturas técnicas e decorativas.
O que parece mais prudente é atribuir a respectiva autoria a uma única pessoa, o designado chefe da Secção Técnica. Não parece crível a mobilização descentralizada de outros projectistas locais e, paradoxalmente, o próprio ecletismo dos projectos aponta para uma autoria individual deliberadamente plural - e quem melhor do que um jovem e bem informado interessado por arquitectura? Não conhecendo esta 'ficha téncica' alguns estudiosos da arquitectura angolana atribuiram - nem sempre sob reserva - outros pavilhões a Fernando Batalha (cf Ana Vaz Milheiro, 2012, pp.345, 356 e 427).
Por outro lado, é conhecido que Vasco Regaleira projectou o pavilhão do Banco de Angola - c/ esculturas de Manuel de Oliveira - (in rev. Arquitectos nº 9, ed. SNA, 4/6, 1939, p. 270; e Arquitectura nº 41, 1938, p. 18). Os dois não nomes não são incluídos na 'ficha' ( ver 9-12-2011
O Pavilhão principal ou de honra de Fernando Batalha, arq.
interior
Resta a dúvida sobre a responsabilidade do desenho de interiores e montagem expositiva.
João Eugénio de Morim
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