Parece-me o mais absurdo livro fotográfico (não é um livro de fotografias), mas gostava de conhecer outras opiniões.
Não coompreendo um livro preenchido por digitalizações de negativos integrais, que se substituem às provas impressas pelo autor - e neste caso é um fotógrafo de que se conhecem muitas provas de época, apesar das vendas para fora.
Pode ser que esteja enganado, e que esta seja uma proeza editorial, um achado curatorial, uma contribuição fundadora para a história dos fotolivros de comissário, a redescoberta de um génio ignorado da fotografia do século XIX, mas não me parece. Maltratado na história do Sena, mal retrospectivado no MNAA por quem gostava mais de imprimir negativos do que de procurar originais, Relvas continua a ser um caso de guerrilhas e leviandades.
"Um homem tem duas caras". Edição Sistema Solar, catálogo do CIAJG — CENTRO INTERNACIONAL DAS ARTES JOSÉ DE GUIMARÃES, em Guimarães.
É uma boa coisa que os negativos em vidro tivessem sido inventariados, tratados e digitalizados pela empresa do Luís Pavão. Mas propor como obra e como ARTE negativos que seriam (que foram) recortados e reenquadrados ao gosto do tempo, parece ser um logro curaturial ilustrado por uma publicação perdulária (também fui atraído pelo efeito design, mas são precipitações que nos culpabilizam).
Mas em Guimarães, a coisa tinha começado na capital cultural com o episódio Martins Sarmento, trocando-se então imagens impressas nas publicações da época por negativos "intervencionados" à maneira.
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