(Anotações)
A cerâmica de JP surge pela primeira vez referida nos catálogos das exposições individuais realizadas na Sociedade Nacional de Belas Artes, em 1950 (31 de Outubro - Novembro), e na Livraria Portugália, no Porto, de 10 a 20 de Janeiro de 1950.
Em 1950, o cat. refere 17 peças de cerâmica, com títulos próprios; em 1951, são 28 títulos, todos eles diferentes dos interiores, o que será indicativo que de que os primeiros se venderam na exposição de Lisboa. A cerâmica era à data a produção mais vendida.
De notar, em 1951, a colaboração com o poeta Armindo Rodrigues, de quem executa um retrato também em 1951, escultura em cimento com patine. De notar também o título comum "OS ANIMAIS SÁBIOS", referido aqui a uma série de esculturas em barro), e que o artista usará mais tarde como tema presente ao longo da sua obra, em especial da obra gráfica.
Todas as cerâmicas são peças únicas, executadas na Cerâmica Bombarralense, Lda, Bombarral.



Estas exposições individuais sucedem já à mostra realizada em Setembro de 1947 na Galeria Portugália, no Porto, logo após a saída da prisão de Caxias: "Pomar expõe 25 desenhos", catálogo com dois versos de Mário Dionísio.

1949
Nas Exposições Gerais de Artes Plásticas, a partir de 1949, JP expõe por diversas vezes cerâmicas, incluídas no sector das Artes Decorativas.
Em 1949 (4ª EGAP) expõe a tapeçaria A Bela Aurora e "cerâmicas executadas nas oficinas de Cerâmica Bombarralense" (nº 229), sem descriminação de títulos.
Em 1950 (5ª EGAP) expõe :
269 Pratos..... cada 300
270 Pequenos relevos.... cada 350
271 O cavaleiro da flauta... 400
272 Jarra.... 400
273 Senhor de bigodes com barretinho de dormir.... 300
274 Touro... 250
275 Melancolia...
(peças únicas executadas na Cerâmica Bombarralense)
Em 1951 (6ª EGAP) expõe cerâmica (igualmente da Cerâmica Bombarralense):
279: Prato grande com cavalos; 280 - Pratos; 281 - Pratos; 282 - Três pratos sobre quadras de Armindo Rodrigues.
E também: 274 - A Barca (barro cozido); 275 - Duas peças em barro cozido; 276 - Ofélia (barro cozido); 277 - Cabaça (faiança); 278 - Várias peças em faiança.
Também em 1951 participa com cerâmicas na EXPOSIÇÃO DE DECORAÇÃO MODERNA, em Lisboa, Casa Jalco (15 de Janeiro). Ao lado de Querubim Lapa e Sá Nogueira, Jorge Vieira, Vasco Conceição e Rocha Correia.
Há indicação de que em 1952 (29 Nov. – 13 Dez.), na Exposição Individual na Galeria de Março, em Lisboa, expôs também cerâmicas, além de desenhos e monotipias. Não são referidas no catálogo.
Na 7ª EGAP, 1953, não terá exposto obras decorativas, mas mostrou gravuras em madeira e linóleo.
Em 1954 (8ª EGAP) voltou a expor cerâmica, executada já nas Caldas da Rainha:
183 – Os mochos... 350
184 – Ave... 350
185 – Galo
186 – Galinha careca
187 – Menina atenta... 400
188 – Transfiguração
189 – Flora... 350
190 – Capricórnio... 400


1954
1955 (9ª EGAP): Artes decorativas:
223 - JP, Alice Jorge e Jorge de Almeida Monteiro – Motivo decorativo em cobre martelado para um Instituto de Beleza (Instituto de Beleza Arminda, na Av. A. A. Aguiar, projecto de Victor Palla e Bento de Almeida - ver publicidade, com mosaico)
+ cerâmica (peças únicas executadas na Fábrica de J. Duarte)
224 – Anjo Músico... 350 / 225 – Tribuno / 226 - O Avarento / 227 - O Caminheiro / 228 - Caceteiro / 229 - Gaiteiro / 230 - Cavalos / 231 - Pratos / 232 - Luta de touros
1956 (10ª EGAP), secção Artes decorativas:
259 - cerâmicas executadas na Fábrica Secla, Caldas da Rainha.
(O catálogo reproduz o prato "Ciclista" e a tapeçaria "Bela Aurora"
Também em 1956, exposição Vidros, com Alice Jorge, Galeria Rampa, Lisboa (Dezembro). Trabalhos executados na Fábrica-escola Irmãos Stephans, da Marinha Grande.
Bibliografia:
Catálogo Raisonné vol. I
"Um tempo e um lugar - dos anos 40 aos anos 60 - dez exposições gerais de artes plásticas", Museu do Neo-Realismo, Vila Franca de Xira, 2005 (comissário Rogério Ribeiro).
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