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O Museu da Diamang do DUNDO falado em Angola, 2012
Museu Regional do Dundo reabre portas
"Sete anos após o seu encerramento para obras de reabilitação e de renovação, o Museu Regional do Dundo (Angola) abre novamente as portas ao público.
A intervenção de fundo foi feita ao abrigo das políticas de revitalização e valorização do património cultural nacional do executivo angolano, e teve particular incidência na reabilitação da estrutura interna e externa do seu edifício central, com realce para a renovação e modernização das salas de exposição, colocação de novas vitrinas, tendo em vista uma conservação apropriada das peças aí expostas.
O Ministério da Cultura angolano envidou também esforços para a total e correcta a inventariação e classificação das peças expostas, assim como a criação de um novo enquadramento arquitectónico capaz de proporcionar aos seus visitantes um ambiente mais agradável e apelativo."
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Carlos Lousada (originalmente publicado na revista Austral nº 96)
O Museu Regional do Dundo, 2013
"O Museu Regional do Dundo ressurgiu modernizado a fundo, em Agosto do ano passado, após um período de encerramento para reabilitação e renovação. O Museu reabriu as portas com visíveis melhoramentos no seu edifício central, mas também nas estruturas externas, com salas de exposição melhor apetrechadas, novas vitrinas para melhor aconchego e exibição das peças arqueológicas – um cenário que proporciona aos visitantes maior à-vontade nas consultas ao seu acervo.
E há muito a consultar no Museu do Dundo que, se antes já estava situado entre “os maiores e melhor apetrechados de Angola e de África a Sul do Sahara”, reforçou essa condição, organizado em áreas de etnografia, história natural, arqueologia e paleontologia. Possui 14 salas de exposições (doze permanentes, uma temporária e outra de folclore), com uma colecção de cerca de 10 mil peças, 818 das quais estão expostas a tempo inteiro.
As diferentes áreas do Museu descrevem a vida quotidiana, cultural e a organização político-social dos povos Lunda/Tchokwe, com uma biblioteca com cerca de 35 mil livros ligados sobretudo à etnografia, arqueologia, filosofia, biologia e história natural. Uma sala multimédia está preparada para projecção de filmes, fornecendo as mais variadas informações sobre os habitantes do Leste de Angola, à qual se junta um laboratório de biologia.
Na cerimónia de reinauguração, a ministra da Cultura Rosa Cruz e Silva, sublinhou que o Museu foi apetrechado com equipamento moderno, que o converteu em “complexo museológico multidisciplinar” e lhe permite o uso de métodos científicos no tratamento do acervo e estudo do património. A seu ver, a instituição também conta agora com recursos humanos mais qualificados, que garantirão “um trabalho investigativo mais aprofundado em toda a região sócio-cultural Lunda/Tchokwe e dos grupos etnográficos vizinhos”.
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EM COIMBRA: Diamang Digital
Espólio da Ex-Diamang na Universidade de Coimbra
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Historial
"O museu do Dundo, foi criado em 1936, pela então companhia de Diamantes de Angola (DIAMANG) e tinha como secções fundamentais a etnografia, pré-história, folclore e música.
Faziam também parte do museu do Dundo, o museu do Balabala, que se dedicava ao estudo da arqueologia, um laboratório de biologia que ao longo dos anos apresentou ao mundo científico a descoberta e o conhecimento de novos mamíferos, peixes, batráquios, sáurios, aves e novas espécies ou géneros de insetos, além de contribuições para o estudo da fauna da região da Lunda e da África Central.
Há a destacar, também, a "Aldeia Museu" que abrigava os artistas que trabalhavam regularmente em escultura, pintura e tecelagem de forma a permitir a revitalização de alguns padrões culturais em via de extinção.
As primeiras coleções do museu do Dundo começaram a ser recolhidas em 1936, tendo sido obtidas em diversos pontos da região leste do país, mas sobretudo nas atuais províncias das Lundas Norte e Sul e Moxico.
A iniciativa cabe ao etnógrafo português José Redinha, colocado ao serviço da administração colonial, na então vila de Portugália, que começou com uma coleção privada de objetos etnográficos, a qual evoluiu, com a pronta intervenção da DIAMANG, para um museu, cujos trabalhos alcançaram o mundo, tendo sido considerado na década de 1950, como um dos maiores a sul do Sara.
Até 1974 o museu do Dundo tinha um acervo de mais de 20 mil peças."
Sobre José Redinha: https://alxpomar.blogspot.com/search/label/Jos%C3%A9%20Redinha
https://alxpomar.blogspot.com/search/label/JoseRedinha
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Braga
Arquivo Fotográfico da Empresa de Diamantes de Angola, sedeado no Museu Nogueira da Silva
"este arquivo corresponde a um dos registos mais públicos do extenso acervo fotográfico da empresa (1917-1975)" folha de sala
"A Exposição “O Silêncio da Terra: visualidades (pós)coloniais intercetadas pelo Arquivo Diamang” problematiza o arquivo fotográfico da Companhia de Diamantes de Angola (MNS), constituído com o objetivo de documentar a missão civilizacional empreendida na Lunda, entre 1917 e 1975. A iniciativa corporiza um dos resultados do projeto de investigação “Mapeamento e Sentidos Críticos do Arquivo Fotográfico da Empresa Companhia de Diamantes de Angola (Diamang)”, coordenado por Fátima Moura Ferreira (Lab2PT/Universidade do Minho)."
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