PEDRO LOBO, "Istmo", ed. Sistema Solar /Documenta (apoio A Pequena Galeria/Carlos Oliveira Cruz), 600 ex. outubro 2022.
Depois de Not Yet, Documenta, 2020; Portugal@Newark 1986, I. Camões, 2021; Imagine nothingness, 2016 (12 ex., ed. autor); In Nomine Fidei, 2011 Blurb/autor; Architecture of Survival, 2011 Blurb/autor; Imprisoned Spaces, Blue Sky Books, 2014.
Depois de "Grupo de Évora", 2013 (A Pequena Galeria; Palácio D. Manuel, Évora; CC Emmerico Nunes, Sines), que organizei com João Cutileiro, José M. Rodrigues, Pedro Lobo, António Carrapato, mais David Infante depois, passando mais tarde o Pedro S. Lobo de Évora a Borba.
Uma construção-sequência de imagens, de planos, de formatos, que encontra o seu sentido (se encontrar, e se for preciso procurar um sentido) no (des)alinhamento montagem sucessão das fotografias publicadas, olhar de fotógrafo, deambulações. O itinerário é o livro, com as associações de imagens, as surpresas, o ritmo, as pausas, páginas duplas e singulares, páginas inteiras até aos bordos, dípticos.
A inquietação (de Not Yet, por exemplo) soma-se ao humor; o caos cruza-se com à simpatia com que se olham as pessoas; o documentário (as prisões do Brasil e da Colombia; as favelas do Rio) dá lugar à rua e aos seus acasos; o olhar do tempo distante (In Nomine Fidei) é agora presente cúmplice e/ou alerta.
Pedro Lobo tem várias vidas, diferentes câmaras, e a obra mostra-se em diferentes fulgurações. Sem legendas ou localizações. Edição de Rosely Nakagawa.
Not Yet era o melhor livro feito por cá em 2020, não conheço outro melhor em 2022 (mas não conheço tudo, gosto das obras que amadurecem e continuam sempre diferentes, com que se estabelecem relações de conhecimento e cumplicidade).
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