Há por aqui duas exposições importantes: a do Museu das artes modestas (MIAM, Sête) e do Museu Vitra (+ V&A Museum) sobre o plástico e o petróleo. Sepois há um excesso de exposições com "artes pretenciosas" que talvez não se justifiquem, em graus diferentes de interesse.
O MAAT / Central Tejo não se percorre num dia, mas parece haver uma oferta em excesso, em grande medida inútil ou dispensável, para lá das duas mostras citadas: uma abre diferentes caminhos para a apreciação da arte, e a outra entra nos domínios das ciências e técnicas, da economia, do design e da ecologia - é mesmo importante.
E também Ana Cardoso (n.1978) + Maria Capelo (1970) + Pollyanna Freire (São Paulo 1982 >Lisboa) + Jonathas de Andrade (Recife 1982; curadoria Silva&Mourão, "é um dos mais importantes artistas brasileiros da sua geração", sic) + Sandra Rocha (Angra 1974 > Paris dd 2013) - são de mais e de menos.
Estamos em tempos de excessos generalizados e mal paridos, no Museu Chiado; na SNBA/Col. Lima/Jet Gallery; na Oliva/Col. Lima/"Descuradas"; na Bienal da Maia. Antes apareceu a Brotéria com "Pintura sem fim", mas o "Mistifório" do Natxo, na Fidelidade/Culturgest Lx e Porto, tinha apontado outros caminhos.
+
NOTA: Parecem-me as 5 exposições de galeria, que concorrem com ou complementam galerias - se é que estas vão sobrevivendo como lugares de vendas. No caso de Sandra Rocha a sobreprodução cenográfica, excelentes molduras, não me parece favorecer a carreira, pelo contrário, tratando-se de fotografia e não de espectáculo. A imodéstia não rende.
+
No caso do Jonathas não é por ser militância gay que faz um bom lugar aqui, ou vice-versa
+
Não são exposições de meio de carreira, não é um conjunto de artistas que identifique uma nova conjuntura ou que afirme uma rede de relações ou cumplicidades, não é um programa de revelações ; acabam por ser boleias institucionais que asseguram lugares na rede do mainstream “corporate” e que ficam por justificar. Mas o MAAT/Central Tejo/ Fund EDP redime-se com as outras duas exposições-acontecimento. Hervé di Rosa e o petróleo são dois trunfos da temporada Pinharanda
Comments
You can follow this conversation by subscribing to the comment feed for this post.