O que sabemos (o que queremos saber) sobre as instituições museológicas capazes de receber peças a 'restituir'? Restituir a quem? A que herdeiros ou representantes? Que condições de trabalho - de investigação e conservação, classificação e divulgação - existem nos países a quem se acena com a ideia de 'restituição'? Qual a realidade dos saques de colecções e de destruições de edifícios e peças de património africano, em países em estado de catástrofe e/ou de guerra civil? Quem são os interlocutores qualificados com quem debater a temática da 'restituição'? Como e onde se têm manifestado? Como impedir que o tema da restituição seja mais uma manifestação voluntarista (corporativa, geracional, tida por artística e procurada como emprego e curriculo), de tribos eurocêntricas e do gueto académico?
Seriam temas a debater.
"Open Restitution Africa", GI-PCC, Associação Passa Sabi, Áfrican*s, Andani.Africa... siglas, entidades ecrã ou associações fantasma. Ou: "O trabalho académico de Molemo centra-se nas subjetividades políticas da juventude sul-africana. Colabora artísticamente com MADEYOULOOK , que explora imaginários populares do cotidiano e suas modalidades de produção de conhecimento."
Linguajar esotérico de gueto. (Comentário a um post do Buala)
Em geral, "restituir" é um termo tão absurdo como chamar "retornados" a quem nasceu num território ultramarino, por vezes em 2ª ou 3ª geração - ou que expatriou para tais territórios, assumindo-os como novas pátrias.
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