Artistas emergentes, artistas emergentes, cartas brancas, mais experimentação e novos formatos da arte, etc. Um "mood festivo", diz ela. "o novo Centro de Arte Moderna da Gulbenkian quer ser uma festa", é o título (...festas há muitas...)
Fast fashion
Este novo director quer lá saber do museu... Brincar aos emergentes é q dá pica e permite intervir directamente no mercado, cultivar rodas ou redes de amigos / friends, trendy. Os emergentes deixam de o ser rapidamente, vão rodando às pazadas, gastam-se como os produtos da moda e do marketing, mas eles estão lá só para as promoções. Os directores identificam-se com os centros comerciais e a publicidade - também eles são de desgaste rápido, mas gastam tempo e dinheiro, e desvalorizam o que se chama ainda arte. Este veio da corte do Todolí, o homem que continua a mandar por cá, porque há quem goste de ser mandado.
"Centrado nos artistas, o novo CAM, diz Weil, será fiel à sua missão original de salvaguarda dos artistas emergentes nacionais*, mas abraçará as necessidades dos novos públicos. O objetivo é que todos possam “viver o poder transformador da arte”. Com diferentes pontos expositivos, da nave à galeria da coleção, das reservas visitáveis à sala de desenho, da sala de som, do estúdio ao espaço projeto, o CAM oferecerá uma programação mais eclética e variada. Haverá uma programação para a arte sonora, haverá vídeos disponíveis on demand através de um ecrã tátil com 16 opções situado na H Box, uma sala de vídeo itinerante, haverá exposições de peso a partir de uma carta branca dada a um artista que além da sua obra selecionará trabalhos de artistas da coleção com os quais pretenda dialogar, na medida de duas cartas brancas por ano, e haverá exposições permanentes da coleção, haverá mais experimentação e apresentação de novos formatos de arte, e exposições, três por ano, de artistas emergentes ou pouco conhecidos em Portugal. Tudo isto permitirá “vários ritmos de visita que podem oscilar entre os dez minutos ou as duas horas”, explica o diretor do CAM, o que tem como finalidade que o público possa “incluir a experiência da arte na vida quotidiana”, e que possa entrar, estar e comprar bilhete se quiser, dependendo do seu tempo e dos seus interesses."
Observador, artigo promocional.
* "missão original de salvaguarda dos artistas emergentes nacionais" é falsa conversa.
** “viver o poder transformador da arte” é só um slogan barato para a CS copiar.
O Observador tem a obrigação de ser um jornal conservador, mas com a arte já ninguém se entende, é só fachada às cores.
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2. Pois, os jardins…. E vai fazer falta o antigo restaurante do CAM. Os museus são cada vez mais um edifício de um star-architect, jardins, vistas, bar e ou restaurante. Agora é preciso passear as crianças e passar pelas artes, em geral sem entrar nas galerias. Lazer, entretimento e pouco mais.
3. AINDA CONHECI A ANTIGA FEIRA POPULAR ONDE HOJE É A FG.
A Feira Popular foi inaugurada em 10 de junho de 1943 para financiar a colónia de férias de crianças carenciadas e, mais tarde, passou a financiar toda a ação social da Fundação "O Século". Em Palhavã, parque de Santa Gertrudes (a wikipedia falha aqui). O terreno, parte dele, foi comprado pela FG em 1957.
"A 30 de Abril de 1957, Vasco Vill’Alva vende 69 283 m2 do Parque de Santa Gertrudes à Fundação Calouste Gulbenkian que havia sido instituída pelo Decreto-Lei nº4690, de 18 de julho de 1956. A escritura assinada entre Vasco Maria Eugénio da Almeida e os representantes da Fundação Calouste Gulbenkian, em 1957, refere a venda de seis sétimas partes da área total do Parque de Santa Gertrudes. O que permanecia no domínio da família Eugénio de Almeida continuaria a chamar-se Parque de Santa Gertrudes ou Casa de Santa Gertrudes. A parcela destacada, a partir daquela escritura de propriedade da Fundação Calouste Gulbenkian, ficaria a chamar-se Parque de Palhavã, até 1965. Este é delimitado, a norte, pela avenida de Berna e a sul pelo muro que o separa do prédio de que foi destacado, construído no alinhamento da Avenida Miguel Bombarda. A nascente e a poente confronta, respetivamente, com a Avenida Marquês Sá da Bandeira e a antiga Estrada de Benfica." https://gulbenkian.pt/arquivo-digital-jardim/projeto-do-jardim/preparacao-parque-instalacoes-provisorias/
Em 2005, a Fundação adquiriu mais dois hectares do jardim Vilalva, contíguos ao amplo parque desenhado, no final da década de 1960, por Gonçalo Ribeiro Telles e António Viana Barreto. Isto permitiu estender o jardim para sul, até à Marquês da Fronteira (CM). Ficou ainda o palácio eclético e muralhado visível à esquerda da entrada para o CAM, pertencente à Fundação Eugénio de Almeida, de Évora. Já só lá vive um caseiro. A que destino estará guardado?
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