Expresso / Actual de 09-10-2004

Harald Szeemann (FOTO: Jorge Rico, Biacs 2004)
"Os sonhos de Sevilha"
Uma nova bienal ao pé da porta, com a excelente marca da direcção Szeemann

Pedro Cabrita Reis
De Santa Fé a Gwanju (Coreia do Sul), passando por Istambul, Valência
ou Tirana, multiplicam-se as bienais, com a ambição de projectar
cidades e abrir novas plataformas regionais para o mercado globalizado
da arte. Veneza e São Paulo ocupam a primeira linha por antiguidade e
mobilizam as representações oficiais dos países. À distância vêm
Havana, por já antigas razões políticas, e Sydney, que este ano foi
comissariada por Isabel Carlos, mais Berlim, Lodz, Lyon, Busan, Xangai,
Taipei, Moscovo, etc., em geral a cargo de uns poucos comissários
itinerantes, para além da bienal Manifesta, ela própria itinerante. A I
Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Sevilha (BIACS) foi
inaugurada no passado domingo e tem as vantagens de ficar muito
próxima, de contar com a presença de Pedro Cabrita Reis e João Pedro
Vale, com obras de grande impacto bem instaladas em espaços centrais do
Mosteiro da Cartuxa, e, em especial, de ter como seu primeiro
responsável o suíço Harald Szeemann, o mais brilhante dos «curators».

«Feijoeiro», de João Pedro Vale