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"directora artística para as Artes Performativas e Pensamento", ou as tropelias do ccb

Enquanto se aguardava (e aguarda ainda) o resultado dos concursos para director do museu no CCB (MAC-CCB, ex-Museu Berardo), e para 'Chief Curator' da Garagem Sul / Centro de Arquitetura, a nova presidente do conselho de administração da Fundação Centro Cultural de Belém (FCCB), Francisca Carneiro Fernandes, que entrou em funções em dezembro, nomeou sem concurso Aida Tavares para o cargo de "diretora artística para as Artes Performativas e Pensamento", lugar antes não existente e só instituído no final 2023. Já tem sido divulgado que se tratou, através de Pedro Adão, de uma recomendação pessoal e directa de António Costa, com o qual colaborou em actividades autárquicas e eleitorais. É "uma contratação considerada essencial e urgente para o cumprimento da missão integral da instituição, acompanhando o novo ciclo estratégico iniciado com a nomeação de Francisca Carneiro Fernandes”, segundo comunicado distribuído às redacções (Público 27 Dez.)
A nova presidente do CCB foi entre fevereiro de 2018 e julho de 2022 directora executiva de Novos Projetos da empresa municipal do Porto Ágora, empresa pública da CMP, e é (ainda) presidente da Performart (Associação para as Artes Performativas em Portugal), dirigindo em acumulação uma associação de pessoas coletivas, públicas ou privadas, tendo lugares de administração autárquica e central, em vasos comunicantes). Fora antes presidente do CA do Teatro São João (cargo que exerceu de 2009 até fevereiro de 2018). Substituiu Elísio Summavielle, que ocupou o cargo desde 2016, durante 7 anos, e preferiu afastar-se antes do final de um 3º mandato. Continuaram no CA Delfim Sardo e Madalena Reis como vogais.
Na direcção de Artes Performativas do CCB encontra-se Paula Fonseca, directora, acompanhada na programação por Cesário Costa (Música Erudita) e Fernando Luís Sampaio (Teatro, Dança e Músicas Plurais), e Beatriz Serrão na área Pensamento.
Aida Tavares, formada como educadora de infância, foi diretora artística do Teatro São Luiz durante 8 anos, também nomeada sem concurso, pela vereadora Catarina Vaz Pinto, depois de ter feito parte do respectivo juri. Ali chegou, segundo o Observador de 27 Dez, pela mão de Jorge Salavisa em 2002, para ocupar as funções de coordenadora de direção de cena, em 2006 passou a adjunta da direção artística e, a partir de 2010, juntou o cargo de diretora executiva. Forma um casal com Miguel Honrado, que foi brevemente administrador no CCB, por 8 meses em 2019, sem assumir o pelouro da programação, que antes fora de Luisa Taveira, devido a declarações deselegantes ou impróprias feitas em entrevistas e na apresentação da temporada seguinte (Público 5 Dez 2019: "Não me revejo na orientação do projecto do CCB”, disse depois). A nomeação fora de Graça Fonseca, e a ele se seguiu Delfim Sardo no CA. Entre 2007 e 2014, foi presidente da EGEAC, com a tutela do Teatro São Luiz, onde estava Aida T., depois presidente do Teatro Nacional D. Maria II, 2014 até 2015, depois Secretário de Estado da Cultura de 2016 a 2018 (ministro Castro Mendes). Agora é Director Executivo na AMEC / Orquestra Metropolitana, tendo substituído António Mega Ferreira.

 

Agora que se apaga o governo pergunta-se o que andou a fazer o ministro Adão. O Costa e os seus colegas do liceu tutelaram as artes, a Sandra ficou com a “colecção do Estado”, houve $ para apoios aos “contemporâneos “ e subsídios para coisas cúmplices, mas o q fica é um chão devastado, desvalorizado, desprestigiado. Ressalva-se a secretária de estado Isabel Cordeiro que pelo menos tentou salvaguardar a orgânica dos museus e do património na medida do possível. O Adão era mais surf e futebol.

O Adão foi uma desilusão.


06/20/2007

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