Edgar Martins divulgou um texto intitulado
"How can I see what I see, until I know what I know?" em que responde à polémica criada à volta do seu trabalho (depois de o New York Times ter retirado da web a colaboração que publicara no Magazine de 5 de Julho) e onde clarifica as suas próprias ideias sobre a respectiva obra pessoal. O ensaio ou "statement" <reproduzido abaixo> foi inicialmente publicado no seu site -
www.edgarmartins.com/.../how_i_can_see - e também no blog
"Conscientious - Jörg Colberg's weblog about fine-art photography (and more)".
jmcolberg.com/weblog/.../how_can_i_seeO mesmo blog publica como complemento uma pormenorizada explicação de E.M. sobre os seus processos criativos, ilustrada com várias fotografias:
"Spotlight: Edgar Martins explains his creative process" - jmcolberg.com/.../spotlighte refere a publicação de comentários significativos - sob o título
"Truthy lies: photographers speak out on Edgar Martins" - da autoria de fotógrafos de arquitectura no blog
Critical Terrain (Image Object Environment) :
http://criticalterrain.wordpress.comACTUALIZAÇÃO (3 Agosto):
1 - O blog do NYT
lens.blogs.nytimes.compublicou com data de 31 Julho uma nova peça sobre o "caso" Edgar Martins, remetendo para o ensaio divulgado pelo fotógrafo:
"Behind the Scenes: Edgar Martins Speaks", By DAVID W. DUNLAP
"Edgar Martins is a photographer whose picture essay in The Times Magazine on July 5 and an accompanying slide show on NYTimes.com, “Ruins of the Second Gilded Age,” were found to include digital alterations — contrary to the stipulations of his contract and his stated, repeated assertions to the writer, editors and fact checker at the magazine. This week, Mr. Martins released an essay, “How Can I See What I See, Until I Know What I Know?” It constitutes his response to the controversy that has arisen.
He also annotated five photographs from the “Ruins” series, which encompasses more work than appeared in The Times. (Of those seen here, only the picture from Greenwich, Conn., was published.) In the quoted descriptions below, Mr. Martins discusses publicly — and more specifically than he has before — some methods he used and why he employed them."
acompanhado por imagens e legendas (ou passagens das legendas) fornecidas por E.M.
2 - O blog
Conscientious - Jörg Colberg's weblog about fine-art photography (and more), de
jmcolberg, voltou ao tema a 3 Agosto no texto
"The most important questions in the NYT vs. Edgar Martins case"Aí se considera o ensaio de E.M. demasiado complexo ou "teórico" (apesar de ser muito mais claro e mais acessível do que outros textos ou entrevistas anteriores do fotógrafo) e aí se sublinha tb que ficam várias questões por esclarecer: as anteriores declarações de E.M. sobre a não manipulação (e não pós-produção) das suas imagens e a publicação das imagens pela revista do NYT, visto que as alterações digitais eram facilmente detectáveis.
3 - Também o blog de Sérgio Gomes no Público -
http://artephotographica.blogspot.com/ - publicou com data de 30 Julho a argumentação teórico-justificativa de E.M., seguida por
"Edgar Martins: processos de trabalho""A acompanhar a reflexão provocada pela publicação das imagens de The Ruins of the Gilded Age, Edgar Martins divulgou também um conjunto de fotografias suas legendadas com as quais pretende realçar alguns pontos da argumentação." (texto em inglês)
É uma 3ª versão, e a mais extensa, das informações e comentários sobre os procedimentos técnicos e os critérios conceptuais do fotógrafo - todas elas com variantes de imagens e de dados explicativos - , a somar às que se publicaram nos blogs Lens e Conscientious. A dimensão ficcional da escrita especulativa e a defesa radical do ilusionismo imagético, para lá das "explicações" fornecidas, parecem assim caracterizar cada vez mais a posição de Edgar Martins e a defesa da sua obra de criador de imagens face ao conflito que alguns caracterizam como ético e outros remetem para a ontologia da fotografia (de imprensa), considerando estanques os contextos próprios do fotojornalismo e da arte. O artista não aceita situar o seu jogo no terreno em que o querem prender, com regras que não são as suas. Aparentemente, a sua intenção é estimular e fazer ampliar o debate.