1 Hanna Arendt, "Zur Person" Full Interview. In German with English subtitles.
https://youtu.be/dsoImQfVsO4
À entrada da exposição, com o som a ocupar a 1ª sala
2 Em frente a...
Wostell, Appel, Louis, Stella e Beuys
Joseph Beuys, Monuments to the Stag (?), 1958/82
ou
Blitzschlag mit Lichtschein auf Hirsch (Lightning with stag in its glare), 1958-1985. Installation, 39 Elemente: Bronze.
Obra em 4 exemplares, aqui atribuída à Gal. Thaddaeus Ropac, Paris - Salzburg, aparentemente incompleta
#
3 Francis Bacon (Fragment of a Crucifixion, 1950) & Andrzej Wróblewski (1927-1957, Lituânia-Polónia)
1949 Liquidation of the Ghetto / Blue Chauffeur (frente e verso)
1949, Executed Man, Execution with a Gestapo Man.
#
5 Wolf Wostell, 1958-59 & Karel Appel, 1951 (Exodus nº1)
6 Wostell, Appel, Louis, Stella, Beuys
Morris Louis, 1951 (Untitled (Jewis Star) e Charred Jornal, Firewritten II)
& Frank Stella, 1958 (Arbeit Macht Frei, from the "Black Paintings": um título evocativo, "O trabalho liberta", frase exposta em campos de concentração, para uma pintura minimal.)
#
7 Appel, Louis, Stella
SECÇÃO 1
Secção 1 / 2
Isamu Noguchi 1946, Richter 1963 (Bombers), Baj, Movimento Arte Nucleare 1951, David Smith 1949 / Joan Mitchell 1961 (Coll. Berardo)
Secção 1 sala 2
Henri Moore 1964-65, Jess 1962, Paolozzi 1956, Appel
Tenho sérias dúvidas sobre a colocação da bomba atómica como tema e imagem iniciais da exposição Postwar. Eficaz em termos retóricos, mas talvez seja mais uma perspectiva anacrónica, uma leitura posterior aos factos. A memória directa da guerra, das destruições, bombardeamentos e campos, das mortes e das lutas de resistência parece-me dominar a criação artística internacional nos anos imediatos a 1945, em direcções opostas de dissolução da forma, destruição da figura, ou de construção figurativa, narrativa, utópica. Será no contexto da Guerra Fria que o perigo nuclear ganha consistência, como iminência de um novo conflito bélico e como referência mais assustadora.
Se o cogumelo de Henry Mooore é já de 1964-65, as obras vindas dos anos 40 respondem aos anos da guerra em geral, ou em contextos geográficos precisos, e não à "hora zero e a era atómica". O modo como a arte informal e o expressionismo abstracto mais as geometrias e concretismos se afirmam nos anos 40/50, podem corresponder a uma reconstrução de vanguardas divergentes que vai retomar dinâmicas muito anteriores à guerra e aos anos 3o de ameaças fascistas, ao mesmo tempo que reage a uma dinâmica do pós-guerra que a exposição não ilustra: a redescoberta e exaltação dos mestres modernos, após as condenações e ocultações nazis.
Os grandes mestres ocupam o espaço público e as posições críticas radicais e vanguardistas são minoritárias e marginais.
Os anos a partir de 47 são já da guerra fria, que impõe a sua lógica ao confronto entre figuração realista (associada ao nazismo e ao estalinismo, e aos movimentos antifascistas dos anos 30/40) e abstraccionismo, ao qual se associa a expressão da recusa dos totalitarismos e um entendimento finalista da arte moderna - o fim da figura e da narração-ilustração.
Embora a exp. tenha construído com a "Hora Zero" um início atraente e inovador, a realidade parece ser outra.