Dan Perjovschi, Culturgest Porto
Não é arte crítica, não é arte política, é arte oficial - a arte oficializada pela banca. A arte patrocinada pelo poder financeiro que se presta a fingir que tem uma dimensão crítica. Dir-se-á que ao recobrir de grafitis o interior da sede da CGD no Porto, no centro político e financeiro da cidade, se faz um acto de crítica institucional, mas trata-se de um embuste, já não de um equívoco. A arte crítica ou a arte política têm de ser critica e politicamente avaliadas. É certamente uma questão geracional, mas importa reconsiderar as suas coordenadas intelectuais face à degenerescência crítica que se demonstra com a displicência da mera autoridade administrativa.