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Elmano Cunha e Costa, Estudos Etnográficos e bibliografia
A fotografia e a "ocupação científica das colónias"
"Carlos Estermann troçava um pouco da fotografia" 102
Outros artigos
Posted at 13:56 in 2014, Africa, Angola, Angola 1938, Elmano Cunha e Costa, Etnologia, Fotografia africana, Fotografia Moçambique, Fotografos, história antiga, Moçambique, SNI/SPN | Permalink | Comments (0)
Neal Slavin, Portugal 1968
Fundação de Serralves, Fotoporto, Direcção António Sena/Ether
Expresso, Jorge Calado, 24 Novembro 1990 (p. 95 e 96)
Há 25 anos expunha-se, editava-se e publicavam-se ensaios sobre. Mudou muita coisa.
A propósito (30 Out. 2014) de Why I photograph groups
http://www.loeildelaphotographie.com/fr/.../neal-slavin-why-i-photograph-groups
THE RELATIONSHIP OF ONE TO MANY
Des troupes, des clubs, des sociétés et des organisations. Mon travail examine le personnage public des gens par opposition à leur nature privée. Je m’intéresse au lien entre l’individu et la foule.
Posted at 00:28 in 1990, Fotografos, Fotoporto, Jorge Calado | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
António Meneres foi um dos arquitectos envolvidos no levantamento fotográfico exaustivo que se chamou Inquérito à Arquitectura Regional Portuguesa, organizado pelo então Sindicato Nacional dos Arquitectos com algum apoio oficial (1955-1961) e que conduziu à edição do livro Arquitectura Popular em Portugal. Era então um muito jovem finalista de arquitectura, e integrou o grupo que percorreu a Zona 1, do Minho a Coimbra, com Fernando Távora e Rui Pimentel (também pintor, o “Arco” do neo-realismo inicial). Fotografava desde os 8 anos e continua a fotografar aos 80. O livro colectivo é uma das poucas obras-primas da fotografia portuguesa, também pela paginação e, claro, pela investigação que aí se documenta.
Dos fotógrafos-arquitectos participantes, julgo que, antes e depois, só três expuseram como fotógrafos, em mostras colectivas e individuais: Keil do Amaral (em duas edições das Exposições Gerais e postumamente em 1999), Nuno Teotónio Pereira (2004) e o próprio António Menéres, que tem sido, em anos recentes, uma das grandes memórias vivas e um dos divulgadores do Inquérito - mas sem se deter no saudosismo e sem pousar as câmaras. Passados 50 anos continua a faltar uma exposição e um estudo alargado sobre o Inquérito, o seu espólio e os seus fotógrafos.
Menéres continuou a usar a fotografia para estudar e deixar registada a arquitectura anónima, popular, tradicional ou vernácula, aquela que ao longo do tempo foi respondendo à necessidade de construir com os materiais próprios dos lugares, usando soluções validadas pelo uso, adequadas aos climas e certas com as paisagens - as que foram também construindo as paisagens humanizadas que conhecemos. É um trabalho levado a cabo com os seus meios próprios, revisitando o seu arquivo pessoal e profissional, mas continuando a sair para a estrada para fotografar, que se prolonga numa incansável vontade de expor. A longa actividade e intervenção profissional dedicada ao património permite-lhe construir as exposições e as edições possíveis com abordagens sistemáticas e comentários criteriosos.
Fotógrafo da arquitectura e das tradições populares, Menéres usa a fotografia. Talvez um dia reveja o seu acervo para se interrogar enquanto fotógrafo-artista, o que não é uma diferente identidade mas apenas um outro modo de seleccionar as suas provas de exposição. Pode dizer-se que faz uma fotografia também vernácula, como uma prática instrumental e aplicada onde importa em primeiro lugar o registo documental e informativo. Sabemos que - para além de algumas raras obras - são as fotografias úteis que melhor ultrapassam o seu tempo próprio para nos surpreenderam com o registo do que foi muitas vezes perdendo a sua referência documental. Sem ser preciso falar de Walker Evans, lembre-se que um dos grandes impulsos dados à fotografia aconteceu (também) nos anos 50, quando os novos fotógrafos espanhóis se propuseram "esquecer a palavra arte por um tempo", como disse um deles, Oriol Maspons (citado por Horacio Fernández, Variaciones en España. Fotografia y arte 1900-1980, ed. La Fábrica, 2004). A grande diferença pensinsular é que Maspons o escrevia no próprio boletim "Arte Fotográfico" da Real Sociedad Fotográfica, em 1957. Em Portugal, os arquitectos fotografavam mas mantiveram-se à margem das agremiações de fotógrafos, a partir das quais (e contra elas) se fez em muitos países a ruptura moderna.
4 Março 2013 (revisto)
Posted at 10:18 in Arquitectura, Fotografia portuguesa, Fotografos | Permalink | Comments (0)
HOMENS E MÁQUINAS
Expresso Cartaz de 4 Novembro 2000, pp 18-19
Fotografou em Portugal em 1934-35 e tornou-se um dos nomes centrais da fotografia na Austrália. Regresso e retrospectiva de um grande fotógrafo industrial
«Linha de Vida»
Arquivo Fotográfico de Lisboa
Posted at 00:00 in 2000, Arquivo Lisboa, Fotografos, Jorge Calado | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Tags: Hein Semke, Jorge Calado, Wolfgang Sievers
ARQUIVO EXPRESSO, 20-01-95. As obras do Museu do Chiado fotografadas por Mariano Piçarra. Um livro e uma exposição: OBRAÇOM. Museu do Chiado, histórias vistas e contadas
"Modos de ver"
fotografia parcial da capa
Anteriormente à exposição conheceu-se o livro, distribuido pelo Instituto Português de Museus antes do Natal. Agora, as fotografias feitas por Mariano Piçarra durante a fase final das obras que transformaram o antigo Museu Nacional de Arte Contemporânea no novo Museu do Chiado existem também como exposição — e essa dupla circunstância deve ser assinalada desde logo por estarmos diante de um exemplar entendimento do que se representam, do livro à mostra, as diferentes condições de contacto com um mesmo trabalho fotográfico.
Entre o livro e a exposição são, de facto, muito diferentes as condições de visibilidade da fotografia, substituindo-se, em geral, o contacto próximo e individual com as impressões tipográficas por uma apresentação do objecto fotográfico sujeita às condições pré-estabelecidas para a pintura. Mariano Piçarra, fotógrafo e designer, soube tornar palpável (aliás, visível) essa diversidade de situações e reinventar condições expositivas favoráveis à fotografia. A propósito, recorde-se que ele já o tinha conseguido em Dezembro de 1993, quando um mesmo projecto fotográfico se apresentou simultaneamente numa exposição na Ether e num original catálogo-livro (Carneiro) de folhas desdobráveis, e ainda numa exposição paralela na Mãe d'Água das Amoreiras («Cenotáfio»), onde as provas de grande formato se viam sobre a superfície do seu grande tanque interior, acrescentando-se a deslocação da luz ambiente às sombras inscritas nas imagens.
Poderia agora, na sala dos fornos do Museu do Chiado, falar-se de instalação, se a palavra não estivesse degradada pela prática de buscar as vantagens cenográficas dos espaços de exposição para beneficiar obras inexistentes — e se não se tratasse, aqui, de buscar para as provas fotográficas as melhores condições de visibilidade, conjugando um conceito expositivo com o conteúdo específico de um muito particular projecto fotográfico. Nem mesmo da construção de um cenário se deverá falar neste caso, porque M.P. se limitou a propor ao visitante as condições mais favoráveis para isolar cada prova como um objecto em si mesmo, perante o qual a observação atenta é a condição necessária para apreender toda a riqueza da sua superfície material e significante.
Usando blocos de madeira (MDF) como um óbvio material precário de construção, para expor fotografias que documentam a construção do museu, M.P. estabeleceu, para além de um adequado contexto metafórico, uma decisiva variabilidade dos pontos de vista do espectador, que remetem para a diversidade da sua própria situação quando fotografava as obras. Interrompendo a rotina da apresentação linear das imagens em painéis, e usando também para mostrar as suas fotografias quer o plano vertical (a dois níveis de altura) quer o plano horizontal (para imagens feitas de cima para baixo), a exposição convida o espectador a ver melhor — atitude homóloga à que se exigiu ao fotógrafo contratado para documentar as obras de reconstrução do museu.
Outro recurso sabiamente utilizado por Mariano Piçarra, também autor do design da exposição, é a diversificação das molduras (de largas superfícies planas), a branco para as imagens interiores e a cinzento para as exteriores, mais uma vez interrompendo uma uniformização preguiçosa e acrescentando condições de visibilidade a algo que convoca sempre a atenção e a demora do olhar. Mas nunca de trata, como é demasiado frequente, de substituir a obra exposta por elementos decorativos acessórios (ou por elementos significantes acrescentados do exterior), porque é em cada uma das superfícies impressas que se abre todo o abismo (enquanto registo indicial e construção de um enigma) do que se dá a ver, fazendo descobrir, prova a prova, como são as coisas depois de fotografadas, como dizia Winogrand.
Entretanto, é curioso assinalar, para a pequena história das instituições locais, que, à falta de condições de produção do Museu do Chiado e do IPM, foi o fotógrafo que conseguiu reunir os patrocínios necessários à montagem (avaliada em cerca de mil contos), contando com o apoio mecenático particular de ARA Arquitectos, Manuel Piçarra e LABO 2. A fotografia é um parente pobre, quando não usa o disfarce equívoco de «arte contemporânea».
«Obraçon. Museu do Chiado — histórias vistas e contadas», o título do trabalho de Mariano Piçarra, consta de 76 fotografias realizadas durante as obras de renovação e montagem do novo museu, e constitui um projecto que assume a dupla responsabilidade de ser um registo documental e uma criação autoral, sem que seja possível dissociar, imagem a imagem, essas duas componentes. Por essa dupla condição passa certamente algo de específico ao medium fotográfico e também todo o carácter problemático da sua possível designação como arte — é também nesse terreno questionante que se inscrevem as imagens propostas por M.P.
No livro, as fotografias são acompanhadas por um ensaio do fotógrafo Gérard Castello Lopes, «Obraçon ou a dupla dádiva» (o arcaico título atribuido por M.P. significa obra e oblação, ou dádiva, e cada fotografia, segundo G.C.L. «é, ao mesmo tempo, o registo dum real e um escondido retrato do seu autor»). Aí se propõe uma arguta e experimentada pista de abordagem, até à valorização última de um conjunto de imagens integradas no acervo do livro mas capazes de «valer cada uma por si», nessa leitura projectando o fotógrafo comentador o seu próprio gosto de encontrar nos concretos lugares fotografados a emergência de algo de indecifrável, na passagem dos arquétipos formais para a presença do desconhecido.
Na exposição, entretanto, cada uma das fotografias mais imediatamente referenciáveis a um espaço ou situação concretos adquire por efeito da sua visibilidade acrescentada (isoladamente e em diálogo com as que lhe estão próximas) a condição vertiginosa de ser o suporte de uma infindável interpelação do olhar. Descobrir-se-á nas suas infinitas gradações da luz uma espacialidade sempre constantemente instabilizada, em planos sobrepostos, fragmentados ou de perspectivas acentuadas até à respectiva desrealização, e uma inscrição de sinais organizada numa tensão superficial «all over», sempre tão aberta à literalidade dos referentes como à pluralidade dos desdobramentos dos seus sentidos. Apenas sombras de coisas. (Até 15 Fev.)
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O volume tem apresentação de Raquel Henriques da Silva (Museu do Chiado, Um olhar retrospectivo, e inclui a Memória Descritiva por J.-M. Wilmotte, diversos textos sobre o sítio, o Terramoto de 1755, as intervenções arqueológicas e a progressiva desagregação dos espaços do Convento de S. Francisco (este de Joana Sousa Monteiro), além da análise de Gérard Castello Lopes.
NOTAS
(27-01-95) ou 96?
Sujeito a uma redução do calendário da sua apresentação, este trabalho fotográfico realizado durante as obras de renovação e montagem do Museu constitui um exemplo raro de relação entre o compromisso documental e a afirmação autoral, enquanto a respectiva montagem expositiva faz dos recursos cenográficos um meio de explorar as melhores condições de visibilidade. Observando um espaço circunscrito, o edifício em obras, o fotógrafo faz das suas imagens um meio informativo sobre os condicionalismos arquitectónicos da reconversão do Museu (a sobreposição de estratos e de tempos), sobre as soluções formais encontradas e sobre a dimensão física do trabalho humano, enquanto faz de cada imagem um espaço construído pela luz, a escala e pele das coisas, onde os sinais inscritos se oferecem e resistem ao exercício da visão do espectador, cumprindo a representação do real como questionamento da sua transfiguração em imagem.
(03-02-95)
Últimos dias de uma exposição de fotografias realizadas durante a reconstrução e montagem do Museu, nas quais o estrito cumprimento de uma encomenta documental permitirá, mais uma vez, sem o uso de formulários crítico-desconstrutivos e sem ambição picturialista, fazer entender que a fotografia nunca é um meio transparente, porque os indícios referenciais não significam um qualquer acesso directo ao real. Desde logo porque na construção da imagem com a luz as coisas e as suas sombras, a profundidade do espaço e a materialidade textural, tal como os sentidos metafóricos são elementos da criação do fotógrafo. Nas superfícies «all over» das imagens de M.P., os lugares do museu em construção não são um exercício formalista sobre os efeitos da luz e as condições do ver, mas uma obra em que o domínio dos elementos materiais é também um trabalho sobre os arquétipos da forma e os significados. A montagem com «design» de M.P. não é uma cenografia arbitrária nem um artifício que acrescente sentidos exteriores às imagens expostas, mas uma outra «máquina» óptica com que a visibilidade se reforça. Um album inclui as 76 fotografias escolhidas, um ensaio de Gérard Castello Lopes e textos sobre o museu e a história do seu edifício.
Posted at 13:18 in 1995, Chiado, Fotografos | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
1ª exp. individual em 1988; em 1995, "Oriente Ocidente", com produção Ether e Fundação do Oriente, com comissariado de Jorge Calado. 1ªs colectivas: 1989, 1ª Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira (1º prémio, secção retrato); 1990, European Kodak Award (Portugal), Les Rencontres d’Arles; 1991, "Regards Inquiets" – Portugal 1890-1990, Europáli'91, Antuérpia.
Livros: East West, 1995/ Peepshow, 1999 / Lotus, 2001 / Fotografias Recicladas, 2001/ Agosto, 2003/ António Júlio Duarte, 2006
outros catálogos: Almofala (com Valter Vinagre), 1990; Still (CNB), 2000
http://www.antoniojulioduarte.com/
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*Os lugares da Luz ("Oriente Ocidente"), "Revista - Expresso", 13.05.95
*Enfim nós (Encontros de Coimbra, col.), "Revista - Expresso", 16.11.96
*De Viagem ("Peep show"; 4 fotógrafos), "Cartaz - Expresso", 6.10.99
*Macau, luzes e sombras ("Lotus" - com Paulo Nozolino), "Expresso", 10.03.2001
*Lugares de passagem ("We can’t go home again"), "Expresso", 10.07.04
*"Do Natural", Módulo, 2007
Colecção em viagem, in "Expresso", 12.10.02
50 fotógrafos, in "Expresso", 14.12.02
*Coimbra, Centro Artes Visuais, in "Expresso", 08.03.03
Cruzamentos Peninsulares, in "Expresso", 19.06.04
Arte em jogo, in "Expresso", 03.07.04
XXX (1975-2005), in "Expresso", 21.05.05
*Imagens Privadas/Plataforma Revolver, in "Expresso", 28.05.05
*As cidades de Madrid (PhotoEspaña), in "Expresso", 09.07.05
Prémio BES escolhe fotógrafos, in "Expresso", 30.07.05
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1995, "Os lugares da luz", Expresso Revista, 13 Maio - Exp. "Oriente Ocidente", Lagar de Azeite, Oeiras - ver_artigo
e tb notas a 6 e 20 Maio + notas a 7 e 21 Out., por ocasião da mm exp. no Arquivo Fotográfico Municipal
Posted at 11:43 in António Júlio Duarte, Fotografia portuguesa, Fotografos | Permalink | Comments (0)
Tags: António Júlio Duarte
"Fotografia: ver e dizer"
DUANE MICHALS
Centro de Arte Moderna
O Museu do CAM abre-se pela primeira vez à fotografia e acolhe uma exposição que apresenta com a extensão necessária e adequadas condições de visibilidade uma das grandes obras fotográficas das últimas décadas. Trata-se, para mais, de uma antologia seleccionada pelo autor, produzida especialmente para a oportunidade, na sequência de uma primeira mostra de reduzidas dimensões apresentada nos Encontros de Fotografia de 1987 (e deve referir-se que a iniciativa traduz a implantação internacional de redes de contactos lançadas a partir de Coimbra, por Albano Silva Pereira, e que ao mesmo tempo permite esperar que a entrada do fotógrafo Jorge Molder para o lugar de assessor da direcção do CAM venha atribuir à fotografia um novo lugar entre as actividades da instituição).
Posted at 00:36 in 1990, CAM, Fotografos | Permalink | Comments (1) | TrackBack (0)
Os Encontros de Bamako fazem circular por diversos países um selecção ou síntese de cada edição (Portugal nunca se associou...) e agora ampliam a sua acção representando-se em duas feiras de arte, em Jonesburgo e em Pequim/Beijim. Sérgio Santimano, fotógrafo de Moçambique sediado em Uppsala - Suécia, que em 2008 apresentou a série Terra Incógnita em Sesimbra e em Lisboa (na galeria P4), é um dos fotógrafos escolhidos:
Sergio SANTIMANO (Mozambique): Rio Rovuma, Gomba - 2001 (série Terra Incógnita), 60 x 80 cm
© Sergio SANTIMANO
http://ponte-moc-swe.blogspot.com/
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Tags: Bamako, Sérgio Santimano
Um livro que desperta curiosidade:
Ponte 25 De Abril.
Photographs by Sayuri Naito.
Tosei-Sha,Ja. 2009. 86 pp., Numerous color illustrations, 9¼x8¼".
¥ 2,415 na Amazone de Japão, cerca de 50€ com portes
A informação chega na newsletter do PhotoEye: http://www.photoeye.com/bookstore
MAGAZINE + BOOKSTORE + GALLERY+ AUCTIONS + GUIDE, de Santa Fe, USA ($56 autografado)
"These are photographs taken while I visited Portugal in november 2007. (...) I took photographs of impressive views in Portugal. It is not record of my travels. I took images of daily life in Portugal. It is fragment of memory." Sayuri Naito
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Tags: PhotoEye, Ponte 25 de Abril, Sayuri Naito
Como faltam referências, os nossos estudantes-para-artistas vão tentando fazer o que vêem (ou cuscam) nas revistas, ou numa saltada lá fora (alguns instalam-se por mais ou menos tempo - continua tudo na mesma). Sem museus, sem acesso a uma informação histórica credível, o público que viaja menos não chega a compreender o que por aí (se) passa, e quando viaja mais desinteressa-se. Sem referências, continuamos resolutamente provincianos (alguns julgam que bastam as estampas dos livros). Sem acesso aos "clássicos", ficamos ignorantes (compare-se com a circulação da literatura, da música, do cinema - nas artes plásticas apenas circulam as modas, e às vezes as novidades).
A formação básica não chega cá (apesar de estar disponível e de passar perto) porque os responsáveis por museus e fundações não querem. Não é coisa que lhes interesse: preferem viajar, ir às compras (aos saldos, que os orçamentos são baixos) e fazem umas trocas que julgam ser propícias às suas carreiras. Toda essa gente, incluindo administrações de bancos (CGD, BES, BPI, etc) e de Fundações com prestígio, quer ser muito moderna (moderna não, contemporânea), e está-se nas tintas para as responsabilidades sociais envolvidas no mecenato cultural - e são só elas que o justificam. Depois, os rapazes dos jornais dizem bem (5 estrelas...) de tudo e qualquer coisa e destacam na agenda do ano (estou a falar do jornal de hoje) umas miudezas de amigos ou umas curiosidades marginais como se isso fosse notícia.
O QUE NOS MOSTRAM CÁ É EM GERAL MEDÍOCRE COMO SE VÊ NOS BALANÇOS DO ANO PASSADO E NAS ANTEVISÕES DO PRÓXIMO. E, POR EXEMPLO, PASSAM MUITO PERTO E SERIAM POR CÁ MUITO BENVIDAS DUAS EXPOSIÇÔES DE AUTORES ESSENCIAIS, QUE SERVEM TAMBÉM COMO EXEMPLOS DAS POLÍTICAS CRIMINOSAS DOS PROGRAMADORES E RESPONSÁVEIS DAS INSTITUIÇÕES NACIONAIS:
Em Madrid, na sala de exposições da FUNDACIÓN MAPFRE, uma companhia de seguros com uma política cultural exemplar que passou a dar recentemente mais importância à fotografia
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Tags: Fundacion Mapfre, Fundação Foto Colectania, Paul Strand, Walker Evans
No calendário de Serralves destaca-se em 2009 (para lá da 1ª oportunidade de avaliação pública da colecção própria) a exp. de Guy Tillim - que se verá na sequência da decisiva mostra de David Goldblatt como a confirmação de uma abertura muito importante nos gostos do Museu. Menos arte sobre a arte, mais contacto com o mundo e a vida.
GUY TILLIM
27 MAR. – 17 MAIO
Comissariado: Ulrich Loock
Produção: Fundação de Serralves, Foam Fotografiemuseum – Amesterdão
Maputo, Mozambique, 2007
"Avenue Patrice Lumumba" will be shown in 2009 at the Fondation Henri Cartier-Bresson in Paris, France; Foam Photography Museum in Amsterdam, The Netherlands; and the Serralves Museum in Porto, Portugal. A book will be published by Prestel.
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E TAMBÉM, mais para o fim do ano, a 1ª retrospectiva de
AUGUSTO ALVES DA SILVA - 16 OUT. – 17 JAN. 2010
Comissariado: João Fernandes , Produção: Fundação de Serralves
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Tags: Augusto Alves da Silva, Guy Tillim, João Fernandes, Ulrich Loock
A distribuição da Pirelli é confidencial e inacessível, o que mantém o lugar quase mítico dos seus calendários, mas há acesso pela internet:
(imagem da notícia do Figaro 02/01/09: Crédits photo : Calendrier Pirelli 2009 photographié par Peter Beard) http://www.lefigaro.fr/culture/
Além dos 12 meses habituais são muitas mais as páginas extra para as aventuras das meninas em África entre "indígenas" e animais selvagens - é a versão em geral kitsch do trabalho de um grande personagem. Peter Beard é um grande fotógrafo de animais e de África, um artista original que usa a fotografia, a colagem, a escrita e o livro - em especial no seu interminável diário (e um aventureiro que se implicou em grandes campanhas de defesa da fauna africana), tb um grande fotógrafo de moda e de mulheres (ou de "charme", como se diz).
ver o sítio oficial: http://www.pirellical.com
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Tags: Peter Beard
Arquivo * EXPRESSO Revista de 11-Jan.-97 (pp. 62-65)
OUTROS LUGARES
O Mês da Fotografia de Paris sob o signo do território e da viagem. No tempo da internet e da imagem digital
A paisagem desaparece com as auto-estradas da informação? Que é feito da identidade, da geografia, do enraizamento e da noção de pertença, no mundo desconstruído pelos discursos sobre o cyberespaço e a comunidade virtual? Uma das exposições do Mês da Fotografia de Paris pergunta «O que é uma estrada?». A antologia mostrada na Maison Européenne de la Photographie (até dia 31) não fornece resposta, mas é acompanhada pelo segundo número dos «Cahiers de Médiologie» (Gallimard, 60 FF), dirigidos por Régis Debray e aplicados no estudo das transmissões dos sentidos, isto é, dos modos de transporte das mensagens e dos homens através do espaço e do tempo.
Alain Finkielkraut e Pierre Levy (professor de ciências da informação e da comunicação, autor de Qu'Est-ce que le Virtuel?, La Découverte, 1995) debatem aí a nova topografia sem geografia que a Internet nos ofereceria, como mais uma etapa da emancipação do homem face à materialidade bruta do espaço. Pierre Lévy fala de complexificação da ecologia dos transportes e da comunicação, mas recusa que se esteja a evoluir para a substituição do transporte físico por outro meio. Define a Internet como um projecto de sociabilidade e o cyberespaço apenas como um correio mais aperfeiçoado. Não é um outro mundo alternativo, é o poder de comunicar, a interconexão mais livre do mundo da cultura e, em especial, do mundo da escrita.
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Tags: Arnaud Class, Frans Krajcberg, Paulo Nozolino, Peter Beard, Raymond Depardon
Arquivo * EXPRESSO Revista de 11-Nov.-95 (pp.112-114) por ocasião do programa "A MAGIA DO MÉXICO"
Manuel Alvarez Bravo
"O real mágico"
Este homem tem a idade do século e transporta toda a memória do México.
Cresceu com a Revolução, ao lado da Catedral de México, sobre ruinas pré-colombianas. Encontrou Tina Modotti em 1927 e correspondeu-se com Edward Weston, acompanhou Diego Rivera, Orozco e Siqueiros, fotogrando os seus frescos, trabalhou com Eisenstein em Que Viva México!, em 1931, conviveu com Paul Strand, expôs com Cartier-Bresson em 1935 no Palácio de Belas-Artes de México, conheceu Breton em 1938, que o integrou em exposições surrealistas, colaborou com Luis Buñuel e John Ford. Raramente mostrados, alguns retratos dão conta desses encontros, mas as suas fotografias não se vêem como registo cronológico de uma vida.
É antes o México, com a presença viva da sua história mais arcaica, com a dignidade altiva das suas tradições e dos seus índios que Manuel Álvarez Bravo fotografa, de um modo que nunca é exactamente documental mas que exprime, muito mais do que se o fosse, toda a dimensão colectiva de um povo — por facilidade de linguagem, dir-se-á: toda a mágica natureza de um país. Essa magia de que Antonin Artaud, depois de viver vários meses na Sierra Madre entre os Tarahumara, em 1936, foi outro dos intérpretes: «No México existe, apegada ao chão, submersa nas correntes de lava vulcânica, vibrando no sangue índio, a realidade mágica de uma cultura cujo fogo muito provavelmente pode voltar a avivar-se com relativa facilidade e em sentido material. Este México que está renascendo mostrar-nos-á o que há a fazer para que estes mitos renasçam».
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Arquivo * EXPRESSO Revista de 4-Nov-95 (pp. 120-125)
WESTON/KLEIN/PARR : "Viagem fotográfica"
A América de Edward Weston, redescoberta através das suas provas originais; Nova Iorque segundo William Klein, em edição revista e aumentada; o mundo visto por Martin Parr. Exposições e livros
AS «vintages» de Edward Weston atravessaram o Atlântico. Vieram do Museu de Belas-Artes de Boston e estão em Paris, no Hotel de Sully, apresentadas pela Mission du Patrimoine Photographique, até 7 de Janeiro. Em 170 provas de época, é toda uma retrospectiva do grande fotógrafo americano, de 1903 até 1948, que se apresenta nas suas tiragens de eleição. Um acontecimento menos mediatizado que a exposição de Cézanne, mas que por si só justifica a viagem.
São «os Weston de Weston» da Colecção Lane, escolhidos de entre as mais de duas mil provas que constituiam a colecção pessoal do fotógrafo (1886-1958) e que, no final dos anos 60, inícios de 70, foram adquiridas aos seus herdeiros directos. A exposição coincide com o lançamento de Edward Weston — Formes de la Passion, na edição francesa da Seuil, que, com as suas 349 reproduções, cerca de um terço de imagens raramente vistas, passa a ser a mais completa das monografias que lhe foram dedicadas.
Não é fetichismo o interesse pelas provas originais de Weston. A perfeição das suas impressões por contacto, a partir dos negativos de 20 x 25 cm, a excelência do produto final, muito pouco manipulado, com os seus vivos contrastes de luz e bordos cortantes, fazia parte da sua própria concepção da criação fotográfica — «eram a sua maneira de falar da vida e do seu trabalho», como reconhecia William Klein, que nunca foi um perfeccionista: «Para Weston, que fotografa uma coisa tão simples e complicada como um pimento, é importante que a fotografia revele uma gama infinita de valores.» «O negativo é a partitura, a impressão das provas é a execução», dissera o próprio fotógrafo servindo-se de uma imagem músical.
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Posted at 23:28 in 1995, Fotografos, Martin Parr, Paris | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Tags: Edward Weston, Gilles Mora, Martin Parr, William H. Lane, William Klein
Mas em Paris. As "Noites claras" do alemão Thomas Weinberger apresentadas por Jorge Calado no Centre Culturel Calouste Gulbenkian, a prosseguir um ciclo informal de exposições anuais que já contou com o norte-americano/australiano David Stephenson ("Symetries Sublimes", em 2006) e com o inglês Mark Power ("Signes/Signs", em 2007), e antes com os "Olhares Estrangeiros" / "Dedans-Dehors - Le Portugal en Photographies - Collection de la Caixa Geral de Depósitos", em 2005.
"West", Lisbonne 2008 © Thomas Weinberger
21 octobre - 19 décembre
Thomas Weinberger expõe pela 1ª vez em França, mas em Portugal já foi mostrado em INGenuidades / INGenuity, na Fund. Gulbenkian em 2007 (e tb em Bruxelas). Foi mesmo ele que figurou na capa do respectivo catálogo.
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Posted at 10:36 in Fotografos, Gulbenkian, Inaugurações 2008, Jorge Calado | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
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Tags: Gabriel Bauret, Shogi Ueda, Ueda, William Ewing
ARQUIVO
EXPRESSO Actual de 10-04-99
HARRY Callahan foi um dos mais importantes fotógrafos e professores de fotografia da segunda metade do século. Nascido em Detroit, em 1912, morreu aos 86 anos em Atlanta, a 15 de Março. Visitara Portugal em 1982 e onze fotografias das ruas da Nazaré, Alentejo e Algarve fazem parte do livro que acompanhou a exposição itinerante New Color. Photographs 1978-1987. As ruas estão desertas e Callaham concentra-se nas fachadas de cores berrantes, atento «à articulação cubista das formas e ao jogo misterioso das sombras», como disse Jorge Calado, que o incluiu nos «Olhares Estrangeiros» que levou à Europália'92 (colecção Caixa Geral de Depósitos).
A cor foi uma paixão só tardiamente explorada. Engenheiro de formação, revelado por Edward Steichen numa exposição do MoMA de Nova Iorque, em 1948, a que se seguiu uma carreira fulgurante, Harry Callaham é um dos grandes clássicos do que às vezes se designa por formalismo americano, herdeiro de Stieglitz e Ansel Adams, mas influenciado pelo experimentalismo de Laszlo Moholy-Nagy e próximo, como Aaron Siskind, das preocupações da geração do expressionismo abstracto.
O seu trabalho sobre a paisagem conduz a imagem ao limiar da abstracção, explorando a redução minimalista das formas e o despojamento do signo gráfico, enquanto outras direcções de pesquisa ensaiaram a sobreposição de exposições e a colagem. No entanto, Callaham foi também um notável fotógrafo do espaço urbano e dos rostos anónimos dos transeuntes, e outra parte considerável da sua obra é dedicada aos retratos da mulher, Eleanor. O rigor da investigação sobre a «técnica de ver», num trabalho que se organizou em séries, retomando sucessivamente os mesmos temas, significava a procura de uma maior intensidade da percepção e esteve sempre intimamente ligado a um entendimento da obra fotogáfica como expressão de uma existência individual, identificada com os acontecimentos e as emoções da vida.
Tão significativa como a sua extensa obra foi a actividade do professor, influenciando sucessivas gerações de fotógrafos (já se disse que metade dos fotógrafos hoje conhecidos foram seus alunos, ou seus imitadores). De 1949 a 1961 foi responsável pelo departamento de fotografia do Instituto de Design de Chicago, a «Nova Bauhaus», onde sucedeu a Moholy-Nagy, ensinando também no Black Mountain College, na Carolina do Sul, e depois, até 1977, foi professor na Escola de Design de Rhode Island, em Providence. Foi nos anos seguintes que se dedicou à fotografia a cor, com a mesma frescura do olhar que marca toda a sua obra, viajando pelo Mediterrâneo e também pela Irlanda ou o México. Voltou então a trabalhar com as múltiplas exposições, nomeadamente integrando imagens da televisão sobre vistas urbanas.
Em 1978 foi o primeiro fotógrafo a representar os Estados Unidos na Bienal de Veneza. Em 1996, a National Gallery of Art de Washington dedicou-lhe uma retrospectiva, organizada por Sarah Greenough, onde se incluiam duas das fotografias portuguesas.
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ARQUIVO
EXPRESSO/Actual de 12-03-2005
Diálogos americanos
Stieglitz em Madrid. O fotógrafo e o agente artístico: «Nova York e a Arte Moderna - Alfred Stieglitz e o Seu Círculo (1905-1930)», no Museu Rainha Sofia
Às duas grandes exposições da agenda de Madrid, uma centrada na figura do fotógrafo, editor e galerista nova-iorquino Alfred Stieglitz (no Museu Rainha Sofia até 16 de Maio) e outra dedicada ao centenário do grupo expressionista alemão Die Brücke (Museu Thyssen, 15 de Maio), veio juntar-se esta semana uma grande mostra de desenhos de Dürer vindos do Museu Albertina de Viena (Museu do Prado, 29 de Maio). É uma conjunção rara em qualquer capital, a reafirmar o poder de um centro cultural que ultrapassou a sua área peninsular de influência.
«Nova York e a Arte Moderna - Alfred Stieglitz e o Seu Círculo (1905-1930)» toma como ponto de partida a inauguração da galeria - The Little Galleries of the Photo-Secession - que fundou num pequeno prédio com o nº 291 na 5ª Avenida, com o também fotógrafo Edward Steichen (1879-1973), que viria muito mais tarde a dirigir o departamento fotográfico do MoMA e a organizar a muito discutida exposição «The Family of Man» (1955). Essa opção cronológica deixa em parte na sombra a carreira anterior de Stieglitz, que se integrara, desde os anos 1880, nos círculos da fotografia picturialista europeia, em crescente sintonia com as correntes simbolistas. Ainda que a sua obra pessoal, pelo predomínio do olhar fotográfico face às manipulações picturais e pelo interesse nas abordagens naturalistas da paisagem e das figuras, não exprimisse a ambição visionária do simbolismo mais extremo, é esta a orientação dominante tanto dos fotógrafos da Photo-Secession, que Stieglitz reúne em Nova Iorque em 1902, como dos primeiros anos da revista «Camera Work», que dirige de 1903 até 1917, e também da galeria, que ficou conhecida pelo número 291 e encerrou no mesmo ano devido às dificuldades da I Guerra Mundial.
Em 1908, Stieglitz faz escândalo ao expor os desenhos eróticos de Rodin e desenhos e esculturas de Matisse, a que se seguem as primeiras apresentações na América de Cézanne, Picasso e Brancusi, antecipando o grande choque cultural que foi a exposição do Armory Show (1913). Ao mesmo tempo, começava a apresentar artistas americanos dos meios vanguardistas de Paris, como John Marin, Max Weber, Marsden Hartley e Arthur Dove, a que se junta, já em 1917, a jovem pintora Georgia O’Keeffe, com quem viria a casar. Toda essa abertura de Nova Iorque às revoluções da arte moderna é em geral documentada na exposição através das próprias obras expostas e coleccionadas por Stieglitz.
Ainda que a «Camera Work» e a galeria 291 continuassem, cada vez mais esporadicamente, a mostrar os grandes nomes do picturialismo, como Steichen, o barão Adolf de Meyer, Clarence White e Gertrude Käsebier, Stieglitz vai-se desligando dos meios fotográficos e volta-se para os artistas mais inovadores, sob a influência de Max Weber e do caricaturista e escritor mexicano Marius de Zayas. Embora muito influente, essa sua aproximação às novas tendências é, em geral, ainda moldada por um modelo esteticista de inspiração simbolista que o leva a entender o cubismo como caminho para a abstracção, aceitando esta por analogia com a música e vendo a arte como expressão do «élan vital» bergsoniano e do eu profundo de cada criador.
Entretanto, Stieglitz começara a modificar a sua obra pessoal numa direcção mais ancorada no real, ainda que continuasse a rejeitar as orientações do realismo social de um Lewis Hine (bem como a pintura reformadora e antiacadémica de Robert Henri e John Sloan). Fotografa a transformação arquitectónica de Nova Iorque e defende através da «pureza» dos processos da fotografia «straight» uma nova concepção formalista da autonomia do médium. No último número da «Camera Work» publica a obra de Paul Strand como expoente desse novo modernismo fotográfico, ao mesmo tempo que inicia a série admirável de retratos de Georgia O’Keeffe. Num percurso sempre surpreendente, a sua última fase reencontrar-se-ia com uma perspectiva simbólica da abstracção, em séries de fotografias de nuvens de analogia musical, «equivalentes» a uma identificação espiritualista com a natureza. Como galerista (The Intimate Gallery e An American Place), ao longo das décadas de 20 a 40, Stieglitz passou a apresentar apenas artistas norte-americanos, numa busca da «americanidade», antieuropeia e distante das mutações trazidas pela Grande Depressão, que viria a ser uma das raízes da abstracção expressionista dos anos 50.
Entre estes dois períodos, diferentes mas unidos por uma subterrânea coerência idealista, Stieglitz foi uma das figuras da agitação protodadaísta em Nova Iorque, em cumplicidade principal com Picabia e Duchamp (para quem fotografou a famosa Fonte assinada por R. Mutt). Esses anos de efervescência cosmopolita que se seguiram ao Armory Show e ao início da I Guerra Mundial, num tempo de radical mudança do mundo, são outro dos grandes capítulos desta extensa e sempre surpreendente exposição.
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EXPRESSO/Revista 22/05/1993, pp 46-47
7ºs Encontros da Imagem de Braga, 1993
“Mestre Kertész”
HÁ DOIS encontros de fotografia nos Encontros da Imagem de Braga. Dois
modos de divulgação da fotografia, apenas coincidentes no tempo desta
7ª edição: Kertész e os outros.
André Kertész, que é habitual considerar um dos maiores fotógrafos de
sempre (ou mesmo o maior), é apresentado pela exposição «Ma France»,
uma selecção das fotos que realizou em Paris entre 1925 e 1936,
associadas a algumas outras com datas que vão de 1948 a 1984,
resultantes de episódicos regressos a França. Pierre Bonhomme, o
comissário, estruturou-a numa sequência de núcleos temáticos que se
distribuem pelas pequenas salas do Museu dos Biscainhos: retratos dos
amigos húngaros também exilados, retratos de artistas e escritores e
fotografias dos cafés ou ateliers parisienses (Mondrian, Chagall,
Zadkine, Foujita, Lurçat, Mac Orlan...), reportagens publicadas na
imprensa da época, fotografias escolhidas pelo próprio autor para
exposições nos anos 20 e 30, a série das «Distorções», as vistas de
Paris, etc. Por outro lado, colocou em contiguidade, no interior de
algumas das séries, fotografias com quase seis décadas de distância — e
só as legendas permitem em muitos casos distingui-las.
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Antes e depois de 1998
Em 1998, o MoMA apresentou na exp. "David Goldblatt: Photographs from South Africa"
o ensaio fotográfico South Africa: the Structure of Things Then,
Oxford University Press, South Africa, and Monacelli Press, USA, 1998.
http://www.moma.org/exhibitions/1998/goldblatt/index.html
com seis fotos de DG e os comentários do autor
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David Goldblatt "Documentário crítico"
A sociedade da África do Sul fotografada por David Goldblatt
EXPRESSO/Actual de 23/11/2002 (capa)
DAVID GOLDBLATT, FIFTY-ONE YEAR
prod. Museu d’Art Contemporani de Barcelona, MACBA, 2001.
comissários Corinne Diserens e Okwui Enwezor
Catálogo - textos de Corinne Diserens,Okwui Enwezor, Nadine Gordimer, Chris Killip, etc
CCB, Nov. 2002 / Jan. 2003
David Goldblatt, Pic-nic no dia de Ano Novo, Hartebeespoort Dam, Transvaal, 1965
Na grande exposição sobre a fotografia em África que Okwui Enwezor comissariou em 1996 para o Museu Guggenheim («In/sight: African Photographers, 1940 to the Present») apareciam em lugar de destaque a revista «Drum» e os fotógrafos que, a partir dos anos 50, deram testemunho do aparecimento de uma nova cultura sul-africana cada vez mais distanciada das raízes tribais e também do seu crescente confronto com o horror do regime do «apartheid».
Jürgen Schadeberg, emigrante alemão, foi o primeiro animador fotográfico desse magazine dirigido à população negra, que ao longo das décadas de 50 e 60 se tornou uma publicação quase-continental, com edições na Nigéria, Gana e depois Estados Unidos e Índia. Pioneiros como Eli Weinberg (nascido na Letónia), o lituano Leon Levson e Ernest Cole, seguidos por jovens foto-repórteres negros como Bob Gosani ou Peter Magubane, acompanharam as transformações do quotidiano popular, a emergência dos primeiros líderes e a repressão imposta pelas leis segregacionistas, em carreiras marcadas por longas prisões e exílios forçados. Nos anos das lutas decisivas, fotografar as zonas de «agitação» era um acto criminoso que podia ser punido com penas até dez anos.
David Goldblatt, participante na mesma exposição em Nova Iorque (ao lado do moçambicano Ricardo Rangel), produziu a partir das mesmas datas uma obra documental de características diferentes, distanciada da linha da frente das lutas políticas e da actualidade jornalística, com a reserva de um olhar independente mas empenhado, que se tornou profundamente influente na compreensão das tensões que atravessaram e atravessam a sociedade sul-africana.
A magnífica retrospectiva de 51 anos de trabalho que faz escala no CCB, no âmbito de uma itinerância iniciada em 2001 na AXA Gallery de Nova Iorque que se prolongará pelo menos até 2004, na Cidade do Cabo, com organização do Museu de Arte Contemporânea de Barcelona, é apresentada por Corinne Diserens e pelo mesmo Okwui Enwezor, o nigeriano que foi entretanto director da última Documenta de Kassel. Selecção extensa de uma obra mais marcadamente pessoal que militante, apesar do seu intrínseco significado político, a mostra é um poderoso testemunho sobre a sociedade sul-africana e a sua transformação ao longo das últimas décadas, construído graças a uma prática do documentário fotográfico entendido como aprofundada exploração crítica das realidades sociais e das suas contradições profundas. Mas a exposição e o seu circuito são igualmente uma prova de como a grande tradição documental da fotografia, que por algum tempo se quis declarar extinta, tem vindo a ganhar um espaço crescente nos meios da arte contemporânea.
Filho de emigrantes judeus lituanos fugidos às perseguições do final do século XIX, Goldblatt nasceu em 1930, nos arredores mineiros de Joanesburgo. Interessado pela fotografia desde muito cedo (as primeiras imagens vêm desde 1948, numa prática de rua aprendida com a «Life» e a «Picture Post»), tornou-se fotógrafo «freelance» em 1963, após ter vendido o pequeno comércio de roupas do pai, e trabalhou para a empresa mineira Anglo American Corporation e para magazines empresariais, que se vêem também no CCB. Faz falta, porém, uma cronologia que situe o visitante no contexto histórico que vai da imposição das primeiras leis do «apartheid», em 1948, às eleições democráticas de 1994, passando pela instauração dos passes para os negros em 1951 e pela criação das regiões «independentes» («homelands» ou bantustões) a partir de 1958, impondo as grandes deslocações da população não branca que Goldblatt acompanhou em algumas das suas séries.
A um primeiro livro publicado em 1973 em colaboração com a escritora Nadine Gordimer, dedicado às terríveis condições de trabalho nas minas de ouro (On the Mines), seguiu-se em 1975 a edição de um ensaio fotográfico longamente trabalhado sobre a população branca de origem holandesa instalada desde meados do século XVII na África do Sul (Some Afrikaners Photographed). Com esse projecto, que assegurou a notoriedade internacional de Goldblatt a partir da sua exposição na Photographer's Gallery de Londres e da entrada nas colecções do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, define-se a direcção principal de um trabalho concentrado «sobre a existência das pessoas vulgares e sobre os pequenos pormenores da vida quotidiana que desvendam tão bem a estrutura interna da injustiça e a essência daqueles que a impõem ou a combatem», como escreveu Lesley Lawson na excelente monografia publicada em 2001 na colecção «55» da Phaidon Press. Era também de uma reflexão autobiográfica que se tratava nesse trabalho, a partir da sua particular condição de branco hostilizado pelo anti-semitismo dos Afrikanders, orientada para a atenção minuciosa sobre os discretos sinais contraditórios inscritos nos retratos, nas situações e nos cenários aparentemente mais banais.
Depois dos inquéritos humanos que realizou nos subúrbios de Joanesburgo, que na mostra se organizam em vários capítulos locais («Intersecções»), Goldblatt dedicou-se a um inventário exaustivo da paisagem construída do país, interpretando a história recente através da arquitectura e dos seus símbolos (South Africa: The Stucture of Things Then), e os últimos trabalhos, que utilizam já a cor tratada digitalmente, acompanham as dificuldades sociais explosivas que marcam a actualidade sul-africana.
#
16-11-2002
O nome não é familiar, mas a exposição dá a conhecer um grande fotógrafo e uma obra feita ao longo de 50 anos na África do Sul, testemunhando o profundo conflito racial do país de uma forma ao mesmo tempo empenhada e distanciada, mais voltada para a compreensão das estruturas sociais e culturais, para a observação das condições de vida das sociedades africanas, do que para a cobertura imediata dos acontecimentos. D.G., branco e judeu, tornou-se fotógrafo «freelance» em 1963 e desenvolveu uma carreira independente, sem intervenção política directa mas sensível às tensões sociais, paralela ao activismo dos fotógrafos negros da revista «Drum».
Primeira retrospectiva com circulação europeia de Goldblatt, produzida pelo Museu de Arte Contemporânea de Barcelona, comissariada por Corinne Diserens e Okwui Enwezor (o director da última Documenta de Kassel), a mostra tem uma montagem e um catálogo excelentes e é também um testemunho da recente valorização da fotografia documental no universo da arte contemporânea.
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ARQUIVO:
William Eggleston em Serralves
(Depois de Stromholm + Slavin + Nozolino em 1990, era o 2º e último Fotoporto !!; além de Nozolino outra vez em 2005, Far Cry, e de Irving Penn em 2002, a relação de Serralves com a fotografia foi sempre sectária ou alérgica, por vezes doentia, por exemplo com um tal Christopher Williams e com uma publicação chamada Fotografia na arte com que se ressuscitavam velhos fantasmas. Eggleston foi outra das excepções, antes de Goldblatt e Guy Tillim, com que descobrem tradições e renovações da fotografia documental - trata-se agora de emendar a mão face a uma realidade a que se tinha voltado as costas.)
EXPRESSO 26-07-2003
« A beleza do banal »
Depois de mostrado Joel Sternfeld no mês da fotografia de Lisboa, outro grande fotógrafo norte-americano é apresentado pelo Museu de Serralves. Ambos tiveram um importante papel na renovação da fotografia a cores a partir do início dos anos 70 e exerceram uma influência decisiva nas décadas seguintes. Cinco anos mais velho (nasceu em 1939, em Memphis, Mississipi), William Eggleston é habitualmente referido como «o pai» da fotografia a cores, mas essa é uma fórmula simplista que começa por ignorar, além dos daguerreótipos manualmente coloridos, a invenção dos autocromos pelos irmãos Lumière, comercializados em 1907 e largamente utilizados pelos pictorialistas.
De Sternfeld viu-se uma breve e admirável antologia de trabalhos que vinham até aos dias de hoje, enquanto de Eggleston se expõem obras do início da carreira, escolhidas e editadas 30 anos depois.
«Los Alamos» é uma exposição de 82 imagens datadas de 1965 a 1974, acompanhada por um magnífico álbum editado pela Scalo em grande formato (73 €), onde, aliás, as fotografias surgem sem data nem lugar, numa sequênciação que parece negar a individualidade das estampas.
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"Os rostos encenados"
Expresso Cartaz 25-11-95
CECIL BEATON, Palácio da Ajuda
Enquanto San Payo se redescobre no Museu do Chiado (ver «Revista»),
duas outras exposições simultâneas permitem significativos confrontos
com outras práticas da mesma disciplina fotográfica, o retrato — no
caso de Cecil Beaton (1904-1980), dando a ver uma galeria de figuras
também portuguesas fixadas em 1942 por um dos grandes retratistas do
século; no caso de Gageiro, prolongando até ao presente uma idêntica
ambição de inventariar os nomes e os rostos de uma época.
A exposição dedicada ao fotógrafo inglês não faz justiça ao seu
trabalho, mas deve ser vista como uma oportuna chamada de atenção para
a necessidade de se ver e editar condignamente um património quase
esquecido, que se conserva no Imperial War Museum de Londres. Uma das
suas fotografias lisboetas, o Terreiro do Paço visto desde os degraus
do Cais das Colunas, que ocupam obliquamente o primeiro plano, figurou
extra-catálogo na Europália'91 entre outros olhares estrangeiros;
depois, uma reduzida selecção de retratos foi apresentada na
Gulbenkian, em 1994, na exposição «A Aliança Revisitada» e dessa
oportunidade partiu a British Historical Society of Portugal para
promover a presente mostra.
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Tags: Cecil Beaton
textos do arquivo . história da fotografia, Portugal (2005)
LisboaPhoto
Benoliel, Joshua
Benoliel - Génio ou mito?
Joshua Benoliel continua a ser um fotógrafo desconhecido
Expresso Actual de 04-06-2005
É chocante notar que vêm dos arquivos de «L’Illustration», de Paris, e «ABC», de Madrid, quase todas as provas de época expostas na mostra dedicada a Benoliel, para além de dois álbuns do Arquivo Histórico Militar, com milhares de provas de contacto sobre os preparativos da intervenção na I Guerra. Se fica documentada a actividade do correspondente internacional, com originais cheios de anotações, retoques e marcas editoriais («L’Illustration»), também se ilustra o desprezo nacional pelo património fotográfico.
Benoliel é uma das vítimas dessa fatalidade, apesar de ter gozado em vida, e depois dela, dum imenso prestígio. É provável que não se tenha esgotado a hipótese de descobrir outras provas de particulares e instituições (o Paço de Vila Viçosa tem mais de duas centenas que não foram cedidos para a exposição da Cordoaria). Mas no caso dum foto-repórter com tão grande obra impressa, principal intérprete da aparição da imprensa ilustrada com os progressos fotomecânicos no início do século XX, não há que fetichizar as edições «vintage». As imagens publicadas devem ser vistas neste caso como originais (com as soluções gráficas que nesse tempo se inventavam - expondo-se edições e não fac-similes colados nas paredes). E os negativos sobreviventes são sempre um manancial para reimpressões.
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Tags: Arquivo Fotográfico de Lisboa, Benoliel, Emília Tavares, LisboaPhoto
"Memórias construídas"
Os silêncios e a presença pública dos novos fotógrafos portugueses dos anos 1950-60 numa colecção particular
Expresso Actual de 08-04-2006
O livro saiu pelo Natal («Actual», 20-01); agora, a exposição desdobra-o pelas paredes do Pavilhão Preto, com ligeiras variantes e catálogo próprio. É ainda, por estranho que pareça, um primeiro sumário retrospectivo de fotógrafos do segundo pós-guerra, depois de várias abordagens monográficas individuais e de um panorama cronológico mais extenso, mas com diferentes lacunas, que só se viu em Charleroi, na Europália-91.
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Tags: Augusto Cabrita
Fotografar a Arquitectura
Foi talvez a maior operação fotográfica levada a cabo em Portugal, pelo menos até à data (1955-1961), e o seu resultado é um marco, ou melhor, um mapa, de míticas dimensões. Na sua história, António Sena chama-lhe uma obra prima de fotografia e paginação, mas dedica-lhe apenas um pequeno parágrafo escassamente informativo. Trata-se do livro Arquitectura Popular em Portugal onde se condensa o Inquérito à Arquitectura Regional Portuguesa realizado pelo então Sindicato Nacional dos Arquitectos. Keil do Amaral (que também mostrou fotografia em várias das Exposições Gerais) esteve no seu início e foi um dos autores (Zona 3 Beiras), mas é provável que as primeiras referências ao projecto de um levantamento arquitectónico tenham sido enunciadas por Francisco Castro Rodrigues logo em 1945, durante uma Missão Estética de Férias da Academia Nacional de Belas Artes, em Évora...
António Menéres, então muito jovem finalista de arquitectura, integrou o grupo que fotografou a Zona 1, do Minho a Coimbra, com Fernando Távora e Rui Pimentel (o Arco do 1º neo-realismo). São fotografias reimpressas a partir do seu arquivo pessoal e profissional que se expõem na Torre do Tombo, numa mostra itinerante desde 2004, vinda da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, sob a responsabilidade do arq. Mário João Mesquita.
"António Menéres, Dos Anos do Inquérito à Arquitectura Regional Portuguesa" visita-se na TT só até dia 22 de Fevereiro, nos dias úteis das 10h às 19h e aos sábados das 10h às 12h.
Continue reading "António Menères, arquitecto e fotógrafo (c.1959)" »
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4 -
MIROSLAV TICHY & JULIA MARGARET CAMERON
January 26 - March 23, 2008
Curator: Tessa Praun
Magasin 3 Stockholm Konsthall
http://www.magasin3.com
Miroslav Tichy, Untitled (Courtesy: Foundation Tichy Oceán) / Julia Margaret Cameron, "The Mountain Nymph, Sweet Liberty", 1866 (Courtesy: Collection Moderna Museet)
A associação é improvável, mas pode sempre dizer-se que se trata de duas explorações da fotografia como medium (em duplo sentido), à distância de um século. Os conceitos de intimidade e intimismo tb podem ser usados para ambos: uma prática íntima do voyeurismo e uma prática social da intimidade.
Miroslav Tichy é uma velha descoberta (Sevilha, 2004)
Magazin 3: "Working independent of his contemporaries from the 1960’s up to the 90’s, Miroslav Tichy (b. 1926, Czech Republic) created an idiosyncratic style, fascinating in its imperfection and reminiscent of photography’s early experimental years. Using homemade cameras Tichy took blurry, mottled photographs in his Moravian home town Kyjov. His anonymous portraits depict mothers, waitresses, students, sitting on park benches, waiting for the bus or in conversation with a friend – moments from everyday life and often framed by elaborate mounts."
Não se tratará de um "estilo", mas de uma redescoberta da fotografia e de um dos seus usos mais "essenciais".
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Tags: Miroslav Tichy, Pavel Vancát, Roman Buxbaum
1 . Bienal de sevilha 2004:
"Miroslav Tichy, checo de Brno (n. 1926), antigo pintor com passagem pela prisão, figura de «clochard» (que é apresentado através de um documentário), construtor de câmaras precárias e autor muito «voyeurista» de fotos furtivas e desfocadas, deficientemente impressas e pior conservadas, mas assim mesmo mais reveladoras de um visionarismo marginal e inclassificável."
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Tags: Harald Szeeman, Miroslav Tichy
As fotografias médicas realizadas por Miguel Ribeiro na África do Sul nos anos 90 são "incontornáveis". O corpo do outro - negro, doente, ferido - é mostrado (sobriamente encenado ou coreografado, como pose e iluminação) com uma crueza austera, com uma humanidade que ao mesmo tempo impede a boa consciência humanitarista. Foram reconhecidas e publicadas, são decididamente polémicas e dificilmente repetíveis.
A seguir o médico e fotógrafo tomou por objecto o seu próprio corpo, isolando-lhe fragmentos que colocou em relação com a paisagem. Mostrou essas fotos em 2002 (ver abaixo) e outros trabalhos mais em 2004 e 2006, que foram pouco vistos.
O regresso é feito com novas séries de trabalhos que levam mais longe a exploração do corpo próprio, numa direcção que é mais abstracta na aparência imediata, mas que, paradoxalmente, se torna por isso mesmo mais física e mais desafiadora. Passando à impressão digital e à montagem de sucessivos negativos, mas dispensando a manipulação dos registos, adoptando maiores formatos e um profundo contraste do preto e branco, a desrealização das formas e a estranheza inicial são reconduzidas à objectualidade sensual da pele e dos volumes ou vazios de um enigmático teatro corporal. Teatro coreográfico no caso das montagens de pormenores levados até à configuração de uma grelha onde a individualidade de um corpo se dissolve numa multiplicidade indistinta.
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Tags: Miguel Ribeiro
10/8/2002
O mundo a cores
Retrospectivas em Londres de Ansel Adams e William Eggleston
(Hayward Gallery. Até 22 Set.)
A retrospectiva do centenário de Ansel Adams viajou para Londres e mostra-se até 22 de Setembro na Hayward Gallery. Na «Revista» de 6 de Abril, Jorge Calado já apresentou o fotógrafo e a revisão da sua obra proposta por John Szarkowski, primeiro inaugurada no Museu de Arte Contemporânea de São Francisco. O périplo continuará por Berlim, Los Angeles e Nova Iorque.
Em simultâneo, outra retrospectiva de um grande fotógrafo norte-americano, menos conhecido mas também seminal, ocupa as grandes salas do piso térreo da galeria do South Bank: a de William Eggleston, um dos principais responsáveis pela afirmação e reconhecimento da fotografia a cores. Por sinal, foi o mesmo Szarkowski, então director do departamento de fotografia do MoMA, quem incentivou as suas experiências com a cor, no final dos anos 60, e depois organizou, em 1976, a exposição individual no Museu de Nova Iorque onde expôs pela primeira vez as suas «dry-transfer prints».
A cor foi explorada desde meados do século XIX, entrou nos magazines nos anos 30, impôs-se em 1945 nos domínios da fotografia aplicada (publicidade, moda, fotojornalismo) e foi adoptada pelos amadores ao longo da década de 70. Apesar de o MoMA, sob a anterior direcção de Steichen, já ter exposto em 1962 Ernst Haas (Viena, 1921 – Nova Iorque, 1986; membro da Magnum e famosíssimo colaborador da «Life»), foi a mostra de Eggleston que ficou reconhecida como uma viragem na história da fotografia, consagrando a cor como forma de arte.
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Tags: William Eggleston
Expresso Actual de 27/4/2002
"Entre o luxo e o lixo"
A natureza morta na obra de Irving Penn visitada numa exposição do Museu de Serralves
IRVING PENN
«Objectos para Impressão»
(Museu de Serralves. Até 16 Junho)
Os últimos cartazes da Clinique acabam de chegar às ruas: um baton vertical e três cubos de gelo colorido empilhados («Deliciosamente transparente» é a mensagem que acompanha a imagem). Em Serralves, logo à entrada da exposição dedicada às naturezas mortas de Irving Penn, expõe-se uma dezena de reproduções reduzidas das campanhas publicitárias para essa marca de cosméticos, com a qual o fotógrafo trabalha desde 1967, em frente de outra série de cartazes realizados para Issey Miyake, uma colaboração na área da fotografia de moda, muito livremente reinterpretada, que durou de 1975 até 99. Com a obra de Penn desvanecem-se as fronteiras entre o museu e a rua, entre a fotografia aplicada e a arte, mas não por uma destituição dos níveis de excelência que convém continuar a exigir à tradição da arte e à instituição museu. É a rua que se qualifica e não o museu que se degrada, como noutros casos sucede.
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Tags: Irving Penn
Algumas notas de 2002
Expresso Cartaz
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Ensaio sobre Portugal
Olhares estrangeiros e estrangeirados em Paris
Expresso Actual de 14-05-2005
capa com foto de Tod Papageorge, O Tejo, Belém, 1989
Em 1991, a Caixa Geral de Depósitos contribuiu com 26 fotografias para a exposição «Regards Étrangers», que constituía uma das secções da representação fotográfica «Portugal 1890-1990», levada ao Festival Europália, na Bélgica (por sinal, Joshua Benoliel teve então a sua primeira antologia condigna, embora breve, a cargo de António Sena, comissário geral da representação). Ao contrário de outras grandes exposições da Europália’91, que foram depois exibidas no país e contribuíram para renovar o panorama expositivo (e até estiveram associadas à dinamização do Instituto Português de Museus), a fotografia perdeu-se pelo caminho e até hoje ainda não se reencontrou.
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"Espuma luminosa entre muros", S. Pedro de Muel, 1990
É um dos três fotógrafos de "Atlas" na P4 Photography, com João Mariano e Carlos M. Fernandes. São três trabalhos pessoais com itinerários diferentes, mesmo se o mar os aproxima. Ao organizarem a exp. (ao escolherem os trabalhos a expor, ao imprimir e emoldurar, ao instalar as imagens no espaço) eles assumiram esse interesse comum de um modo também colectivo, acentuando as proximidades entre si e as relações entre as imagens. Tornou-se mais subtil o percurso da exp., mais exigente face ao visitante apressado.
Os itinerários mais longos no tempo (não sei se no espaço percorrido como fotógrafos) são os de Rui Fonseca, que apareceu a público na exp. de António Sena para a Europália'91, e de João Mariano, que em 1998 expôs e editou "Guerreiros do Mar".
Expresso / Cartaz de 23 Out. 1993
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Acaba de chegar, via amazone.co.uk o último livro de Cristóbal Hara, Autobiography, editado pela Steidl por ocasião da sua exposição no museu Huis Marseille, de Amsterdão - ver mais fotos em Steidl e Huis .
É o segundo volume de uma projectada trilogia na Steidl, iniciada por An Imaginary Spaniard (fr.: Un espagnol en trop), em 2004.
No final, uma epigrafe: "Reality does not need me" Fernando Pessoa (1988-1935).
A capa é uma imagem dos cavalos selvagens da Galiza
que constituem o principal "tema" do volume, entrecortado por (outros) rituais religiosos e festivos da província espanhola, com os seus andores e embuçados, Cristos e Judas, manequins, máscaras e farsas, funerais paródicos ou não, o Carnaval (Entroido) de Laza e o fogo do Inferno em Denia, Valência, entre outros acidentes surpreendidos com um humor, uma energia esfusiante e uma crueza (não crueldade) únicos. É ainda, de certo modo a Espanha negra, mas a cores, ácidas.
Com um texto de Els Barents, director do Huis Marseille, Museum for Photography, Amsterdam. E desta vez um índice que refere lugares e datas (1996-2006), ao contrário da anterior ed. Steidl.
É o mais secreto e o mais fantástico fotógrafo espanhol.
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ARQUIVO
EXPRESSO/Actual de 20-09-2003
"Dois destinos"
Noites de Paris/Barcelona (Brassai, Joan Colom) e Moçambique (Ricardo Rangel)
Dois livros, catálogos de exposições que provavelmente não veremos, estabelecem pontes que seria oportuno seguir para abrir as fronteiras do nosso autismo. Vêm de Espanha e Moçambique (via Suíça).
O primeiro tem o longo título Brassaï París. Colom Barcelona. Resonancias (30€) e associa dois projectos fotográficos vividos em tempos e condições muito distintas, mas identicamente pioneiros, pelo famoso fotógrafo e escritor de origem húngara e pelo catalão Joan Colom, distinguido em 2002 com o Prémio Nacional de Fotografia de Espanha.
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Autor e actor
Duas perspectivas paralelas da obra de Jorge Molder
EXPRESSO/Actual de 06-01-07
Pormenor da instalação «Algum Tempo Antes», em Madrid
Em Madrid, o jogo de Molder com a auto-representação, o uso da sua própria imagem-máscara oferecida à interrogação de ser ou não ser auto-retrato, sempre organizada em sequências que põem a questão de um sentido narrativo específico (um episódio, uma acção, um título), é prolongado até novo limite: uma réplica do corpo do artista ocupa o lugar central da galeria. Segura um catálogo com uma fotografia sua (as mãos que guardam a luz, da série «The Portuguese Dutchman», 1990) e está parcialmente voltado para uma parede onde se vê um rectângulo negro (janela ou espelho obliterados, papel de impressão queimado pela luz).
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Tags: Fundación Telefónica, Jorge Molder
EXPRESSO/ Cartaz 03.abril. 1993
Actual
«Ruínas de Beirute... ócios britânicos»
Paris, Palais de Tokyo, Ed. du Cyprès
+
Don McCullin, Bernard Faucon, Martin Parr
Robert Frank regressou à reportagem para fotografar o centro arruinado de Beirute, na companhia do francês Raymond Depardon, do italiano Gabriele Basilico, do suiço René Burri, do checo Josef Koudelka e do libanês Fouad Elkoury. Quem juntou a mais improvável equipa de fotojornalistas foi a Fundação Hariri, tutelada pelo milionário chefe do governo libanês, Rafic Hariri, e o primeiro resultado da operação visita-se em Paris no Palais de Tokyo (até dia 12) e folheia-se na luxuosa edição de Beyrouth, centre-ville (ed. du Cyprès, 490 FF).
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Tags: Bernard Faucon, Don McCullin, Martin Parr, Raymond Depardon
EXPRESSO/Cartaz de 05 Junho 1993, Actual, p. 3
o livro Augusto Cabrita — Um Ponto de
Vista,
edição Europália
«O último filme de Augusto Cabrita»
POR coincidência infeliz, a memória da Europália ficará associada à
memória de Augusto Cabrita. Foi a este, com efeito, que Rui Vilar
atribuiu a empresa de fotografar a mais vasta, e também mais bem
sucedida, representação da cultura portuguesa no estrangeiro. Concluida
a reportagem, preparada a edição de um album, viria a falecer já este
ano mas antes de poder ver a conclusão do seu trabalho.
O livro está pronto, e pode dizer-se que é o registo merecido pela
Europália e pelo fotógrafo. Intitula-se Augusto Cabrita — Um Ponto de
Vista e tem ainda, sobre a capa cartonada com um aspecto de Bruges — a
memória de Brel, também — as referências «Europália 91 Portugal» e
«texto de Nuno Júdice».
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Tags: Augusto Cabrita, Europália 91
Expresso/Cartaz de 11 Set. 1993
Livros
ROTEIRO DA PRECÁRIA LUZ
fotografias de Paula Oudman
Se existisse um panorama editorial da fotografia em Portugal, este
livro seria um caso insólito. Como não existe (e não há condições de
mercado para existir), é uma raridade e certamente um curioso absurdo:
um album cartonado, com 184 fotos a preto e branco em página inteira,
da autoria de uma jovem fotógrafa, discretamente publicado e logo
abandonado à sua sorte, ao abrigo de um qualquer programa da Fundação
da Juventude (?!).
Não é um roteiro do Porto nem as fotografias prometem uma rotina
documental ou turística, e também os brevíssimos textos de Mário
Cláudio não são prosa poética que baste para assegurar o alibi da
ilustração literária. Mas é de uma visita ao Porto e ao Douro que se
trata, com deambulações pela Ribeira e ida até às vindimas: uma visita
guiada por uma memória e que se constrói como uma ficção.
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Tags: Mário Cláudio, Paula Oudman
Extensão a Cuenca ?! - ver site
Stratos Kalafatis (Kavala, Greece, 1966) studied at the Philadelphia Art Institute, USA. This well-established photographer has held major exhibitions in museums in Greece (Thessaloniki and Athens), Japan and Finland. Also participated in group exhibitions in Valencia (1992) and the Marseilles Biennial (1990).
Photographic exhibition:"Journal 1998-2002" by Stratos Kalafatis
produced by the Thessaloniki Museum of Photography, is presented at the Centro Cultural Caja Castilla la Mancha
The 50 coloured photographs represent Skopelos island, its people, its landscapes, its subjects...
As Stratos Kalafatis refers, the coloured photographs"...recall memories of joy, fear, curiosity, optimism and intimacy to the place and the people. "Photography" was rarely the main goal itself, the only sure thing was my yearning for a new reality. Once again, it was photography that set the pace, imposing its own different perspective on the things that weigh us down."
Christian Caujolle, who prefaces the catalogue of the exhibition underlines
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Tags: Christian Caujolle, Stratos Kalafatis
Pelas galerias - o Festival Off - o programa é extenso, mas refira-se // depois da menção anterior a Daniel Blaufuks em La Caja Negra (com a edição do livro Blaufuks) // apenas Roger Ballen na Max Estrella - ver o site da galeria - com "Shadow Chamber" (Phaidon 2005) e algumas fotos já posteriores
One arm goose, gelatina de plata, 80x80 cm
The chamber of the enigma, gelatina de plata, 40x40 cm
"Nacido en 1950, Roger Ballen ha vivido y trabajado en Johannesburgo, Sudáfrica, durante casi 30 años. Hijo de un editor gráfico de la agencia Magnum, trabajó como geólogo y asesor de minas antes de empezar de forma autodidacta fotografiando pequeños pueblos y habitantes de la Sudáfrica rural.
Sus imágenes son en sí mismas declaraciones de fuerte contenido social y estudios psicológicos perturbadores. Roger Ballen desafía las formas en que percibimos la "realidad" de la fotografía. Sus retratos ambiguos y sorprendentes de personas, animales u objetos posando en habitaciones que asemejan celdas, ocupan el espacio gris entre realidad y ficción, difuminando las fronteras entre la fotografía de reportaje y las formas artísticas como la pintura y la escultura."
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Tags: Max Estrella, Roger Ballen, Shadow Chamber
Bert Teunissen
No blog da Aperture - Exposures , aperturefoundation.blogspot - Bert Teunissen, o fotógrafo holandês das Domestic Lansdscapes, ed. Aperture 2007, tem vindo a contar e a mostrar as suas fotografias de viagem pela Galiza e agora pela Grã-Bretanha.
o blog , páginas de Bert Teunissen ,
o livro Domestic Lansdscapes ,
o site pessoal, onde se percorrem as fotos do livro país a país, incluindo Portugal
e sobre a recente exposição de Bert Teunisseen no Porto, vinda do Museu da Imagem de Braga
Também no seu site abre-se um espaço para links e aí aparece o huismarseille ou Huis Marseille Museum for Photography, Amsterdam, que por sua vez faz o mapa europeu dos centros, museus e festivais de fotografia - muito incompleto, mas é um esforço.
O mais interessante é que está agora a expor no Huis Marseille um fotógrafo fugidio, pouco mostrado e pouco visto: o Cristóbal Hara, em parceria com outro holandês , Hans Singels, fotógrafo de paisagens com vacas, na grande tradição da pintura holandesa:
Cristóbal Hara, Atienza, 1993
Cristóbal Hara: An Imaginary Spaniard / Han Singels: Polder Holland
June 2 – August 26, 2007 - e reproduzem-se aí cinco fotos de cada um
"Spain versus Holland: with the photographs of Cristóbal Hara and Han Singels, Huis Marseille is bringing Southern temperament and Northern light under its roof this summer. Cristóbal Hara has worked for over thirty years on a personally tinged oeuvre in which he fuses Spain's cultural traditions and political history with his own past and memories. Han Singels, following the lead of the classical school of Dutch painting, photographs Dutch landscapes in which cows play the leading role. Both photographers began as photojournalists, but ended up choosing another direction for reasons of their own. Now they have found themselves in alignment with the broad artistic traditions of their own countries: the expressive emotional surrealism of Hara against the subdued and cerebral realism of Singels." (Huis Marseille)
Han Singels, Polder Zevenhoven, 2004
E É AÍ QUE SURGE A NOTÍCIA DA PUBLICAÇÂO DO NOVO LIVRO DE CRISTÓBAL HARA, Autobiography
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Tags: Aperture, Bert Teunissen, Cristóbal Hara, Hans Singels, Huis Marseille, Steidl