Fernando Mouta, "Etnografia Angolana (subsídios) - África Ocidental Portuguesa (Malange e Lunda) - 1ª Exposição Colonial Portuguesa, 1934"
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Posted at 10:22 in 1934, Angola, Angola 1938, Fernando Mouta, Fotografia africana, Luanda 1938 | Permalink | Comments (0)
É certamente um dos mais esquecidos governadores de Angola (1935-1939) e não foi uma figura irrelevante. Pelo contrário.
Promoveu a Exposição-Feira Angola 1938 e fez aprovar o Plano de Fomento de Angola - dois acontecimentos que parecem ocultados nas histórias da colónia. Depois das agitações de 1934 e de 36/37, parece haver uma larga acalmia, devido a uma política mais consensual (de que serão exemplo a Exp.-Feira e o Plano) que se aproximou nitidamente dos interesses dos colonos e respectivas representações. Em 1941, já com o governador Marques Mano, a agitação voltou a subir de tom e vitimou o pp vigário-geral Alves da Cunha, presente em quase todas as movimentações políticas autonomistas...
O coronel António Lopes Mateus, que participou no 28 de Maio, foi ministro da Ditadura Nacional , governador-geral de Angola e nesse título "determinou" a realização da Exposição-Feira de 1938 em Luanda, não é referido na História da Expansão Portuguesa, vol. 5; tb não consta em Angola, os Brancos e a Independência, de Fernando Tavares Pimenta, Afrontamento 2008, onde a história das movimentações autonomistas se interrompe entre 1937 e 1939. Nem no blog dos colonos da Diamang: http://www.diamang.com/
António Lopes Mateus (1877 - 1955) foi ministro do Interior e da Guerra (de 1930 a 1932: período da Ditadura Nacional), activo na fundação da União Nacional, Comandante da PSP de Lisboa (1932-1935) e governador-geral de Angola (1935-1939), depois, regressado a Lisboa, presidente do Conselho de Administração da DIAMANG e da Comissão das Colónias na União Nacional (década de 1940).
Lopes Mateus, ministro do Interior da Guerra, activo na repressão das revoltas de 1931: irene pimentel 2010:
Posted at 01:36 in Angola, Angola 1938, Luanda 1938 | Permalink | Comments (1)
Quitandeira, 1936 (ass. Vasco 936) Publicado na Revista de Natal de 1936 da "Província de Angola"
in blog Recordações da Casa amarela (2008)
1938 (Aveiro 1911 - 1982 - naturalizado angolano)
"Anangola Building" (1950s), by modern architect Vasco Vieira da Costa, influenced by Le Corbusier. Foto Benoit Rousseau 2005 Wikipedia
Mercado de Kinaxixe - Data de Construção: 1950/1952
no lugar do mercado de Kinaxixe, parece-me
O Belas Shopping é um investimento orçado inicialmente em 35 milhões de dólares, associados entre a HOGI (com 75 por cento) e a Odebrecht-Angola (com 25 por cento). Sua inauguração ocorreu a 27 de Março de 2007, pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, acompanhado de membros do Governo, políticos, empresários, imprensa, entre outros.
Memórias de um mercado tropical
Posted at 03:10 in Angola, Angola 1938, Luanda 1938 | Permalink | Comments (1)
1935-1939 Arte Indígena na Huíla 1.Elmano Cunha e Costa 2.Huíla, Angola
Fotógrafo / Photographer Elmano Cunha e Costa
Copyright Instituto de Investigacao Cientifica Tropical, Arquivo Historico Ultramarino
Tipologia / Source Negativo de película p/b nitrato; 6x6 cm individual; Prova original
Posted at 01:47 in Luanda 1938 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Arte Indígena em Benguela , Fotos identificadas como
no site do Instituto de Investigacao Cientifica Tropical, Arquivo Historico Ultramarino; são de facto dos
Pavilhões de Benguela na Exposição-Feira Angola 1938 *
Posted at 01:38 in Luanda 1938 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Firmino Marques da Costa (1910 -?)
acompanhou a viagem de Carmona às colónias e voltou a seguir Américo Tomás em Fevereiro de 1968 em visita a Cabo Verde e Guiné-Bissau.
1443 provas em papel 13x18cm no espólio fotográfico do Instituto de Investigação Científica Tropical / Arquivo Histórico Uktramarino, provenientes Agência Geral do Ultramar
Posted at 01:12 in Luanda 1938 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
algumas fotografias
a partir de:
Álbum comemorativo da exposição-feira de Angola. Luanda XCMXXXVIII [na capa: Exposição-Feira de Angola, 1938]. Edição do Governo Geral de Angola (não creditada), 6 e [144] p. il. p/b). Fotografia (clichés): C. Duarte (Firmino Marques da Costa, n. 1910-?). Reprodução e impressão "Offset" da Litografia Nacional do Porto.
Posted at 08:56 in Luanda 1938 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Tags: António Lopes Mateus, António Videira, Exposição-Feira, Firmino Marques da Costa, Luanda, Luanda 1938, Vasco Vieira da Costa
1ª secção
a partir de:
Álbum comemorativo da exposição-feira de Angola. Luanda XCMXXXVIII [na capa: Exposição-Feira de Angola, 1938]. Edição do Governo Geral de Angola (não creditada), 6 e [144] p. il. p/b). Fotografia (clichés): C. Duarte (Firmino Marques da Costa, n. 1910-?). Reprodução e impressão "Offset" da Litografia Nacional do Porto.
(substitui as versões de 24 Fev. e 1 Mar. - a continuar)
Posted at 08:35 in Angola, Angola 1938, Exposições, Luanda 1938 | Permalink | Comments (0)
Tags: António Lopes Mateus, António Videira, Exposição-Feira, Firmino Marques da Costa, Luanda, Luanda 1938, Vasco Vieira da Costa
ver versão revista em 2 de Março
EXPOSIÇÃO-FEIRA ANGOLA 1938
o álbum / o fotografo / o arquitecto / a exposição-feira / o governador / o colono
1. o álbum
Álbum comemorativo da exposição-feira de Angola. Luanda XCMXXXVIII [na capa: Exposição-Feira de Angola, 1938]. Edição do Governo Geral de Angola (não creditada), 6 e [144] p. il. p/b). Fotografia (clichés): C. Duarte (Firmino Marques da Costa, n. 1910-?). Reprodução e impressão "Offset" da Litografia Nacional do Porto.
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ver versão revista a 2 de Março
EXPOSIÇÃO-FEIRA ANGOLA 1938
Dois anos antes da Exposição de Mundo Português, realizou-se em Luanda uma muito grande Exposição-Feira que não ficou para a história colonial. Teve por objectivo exibir o desenvolvimento económico de Angola num “documentário expressivo e completo”, em lugar de encarecer o programa historicista e a mística imperial do regime, como era norma das exposições coloniais e ocorrera por exemplo em 1937 na Exposição Histórica da Ocupação, em Lisboa no Parque Eduardo VII. Era “uma demonstração geral das resultantes do nosso esforço colonizador em Angola” [nosso, dos colonos, entenda-se], que devia “obedecer a uma orientação vincadamente utilitária e prática... fazendo que aos assuntos de ordem económica seja dado relevo especial”, escreveu o governador geral coronel António Lopes Mateus (período 1935-39), no preâmbulo da portaria que determinou o certame (1). Inaugurou-se por ocasião da visita do Presidente Carmona às Colónias em 1938, mas foi evidente que não foi esta a sua razão de ser. Com a Exposição-Feira quis-se dar resposta, representar ou dar corpo ao que eram as aspirações autonomistas contra o centralismo administrativo de Lisboa, sucessivamente manifestadas e reprimidas desde o início dos anos 1930.
Posted at 11:54 in Africa, Luanda 1938 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Introduzir no documentário sobre António Ferro algumas páginas de um Álbum Comemorativo da Exposição-feira realizada em Luanda em 1938, que não teve nada a ver com o director do SPN nem com o seu adversário de sempre, Henrique Galvão, é certamente um private joke ou uma partida pregada ao produtor do filme. O facto de ter sido o artista Fernando Brito, um dos membros do grupo Homeostético, a comentar as imagens é a pista a seguir para desfazer o enigma.
Praticamente ausente da bibliografia sobre as exposições do regime bem como da literatura colonial, a exposição-feira de 1938 prestava-se (levianamente) a entrar no filme sem para isso precisar de justificação. Para baralhar o espectador, apesar da referência a Luanda, a voz off refere que a exposição se fez numa aldeia - "isto só se pode fazer numa aldeia, na cidade não haveria margem de manobra". Isto, uma "exposição que é realmente modernista", "a mais radical das exposições" - apesar de ser uma exposição na periferia, mais pequena que a de 1940 em Belém.
Não se refere que a exposição foi inaugurada por Carmona na sua viagem triunfal pelas colónias, e que foi uma das mais ambiciosas afirmações da capacidade de iniciativa e da ambição político-administrativa da colónia, localmente permitida pelo Plano de Fomento de 1936, quando a aprovação por Luanda de um significativo empréstimo veio alterar a política de austeridade financeira de Lisboa, logo após a saída de Armindo Monteiro do lugar de ministro das Colónias.
A seguir aos poucos meses de exercício de José Silvestre Ferreira Bossa (1935 - 1936), o novo ministro Francisco José Vieira Machado (1936 - 1944) era um banqueiro formado nos quadros do Banco Nacional Ultramarino, e que viria a ser depois e por muito tempo o governador deste. E era então governador geral de Angola (1935-1939) o coronel António Lopes Mateus, que fora ministro do Interior e da Guerra durante a Ditadura (de 1930 a 1932), activo na fundação da União Nacional, Comandante da PSP de Lisboa (1932-1935) e que viria a ser depois presidente do Conselho de Administração da DIAMANG e da Comissão das Colónias na União Nacional (década de 1940).
Esse momento de afirmação própria da colónia, de que a exposição é uma das expressões, é mal conhecido.
Mas se há factores internos à política angolana (e não da política colonial de Lisboa) que permitiram a grandiosidade da exposição local, o facto de o certame ter tido na chefia dos seus serviços técnicos o então "funcionário aduaneiro" Vasco Vieira da Costa, que trabalhava como desenhador na Câmara municipal de Luanda, assegurou-lhe uma qualidade da cenografia e da arquitectura expositiva do melhor nível. Muito jovem ainda (n. Aveiro 1911), viria em seguida formar-se em arquitectura no Porto, regressou em 1949/50 e foi logo depois o celebrado autor do Mercado de Quinaxixe, em Luanda, de 1950-52/53 (destruído em 2008).
Tudo isto não tem nada a ver com António Ferro, nem mesmo a produção do extraordinário álbum fotográfico comemorativo, editado pelo governo de Luanda, cujas imagens se atribuem a C. Duarte, nome que encobre Firmino Marques da Costa (n. 1910-?), repórter fotográfico do Diário de Notícias que acompanhava a viagem de Carmona (talvez) ao serviço na Missão Cinegráfica dirigida por António Lopes Ribeiro para a Agência Geral de Colónias, do Ministério do Ultramar e não do SPN.
Não se tratou na referência a Luanda 1938 de fornecer qualquer dado de contexto, mas apenas de um equívoco, tirando partido da raridade do álbum fotográfico.
António Ferro, "Estética, Propaganda, Utopia", realização de Paulo Seabra
Posted at 00:28 in Africa, Luanda 1938 | Permalink | Comments (2)
Tags: António Ferro, Fernando Brito, Luanda 1938, Paulo Seabra
O segundo tema que muito me interessa em relação com o livro de Ana Vaz Milheiro tem como suporte essencial o extraordinário álbum fotográfico Exposição-Feira de Angola, 1938 / Álbum comemorativo da exposição-feira de Angola. Luanda XCMXXXVIII ( 6 e [144] p., 24 x 31 cm) Impressão "Offset" na Litografia Nacional do Porto
Os clichés são atribuídos a C. Duarte, mas são (todos?) de Firmino Marques da Costa (n. 1910-?), também o fotógrafo dos 5 volumes dedicados à visita às colónias de Carmona, o qual inaugurou a exp. de Luanda em 15 de Agosto de 1938. A edição não é atribuída mas será seguramente do Governo Geral, e terá sido destinada apenas a ofertas.
Notícia decisiva (na pág. 3 do álbum) é que "a chefia dos serviços técnicos foi confiada ao (então) funcionário aduaneiro Vasco Vieira da Costa, artista de elevado merecimento". Nascido em Aveiro em 1911, Vasco Vieira da Costa concluiu o curso de arquitectura no Porto em 1946 e fixou-se em Luanda em 1949 ou 50, notabilizando-se com a construção ndo Mercado de Quinaxixe, em Luanda, de 1950-52/53 (destruído em 2008).
Certamente o planeamento global é da sua autoria, tal como os projectos de muitos (ou de quase todos os ?) pavilhões. Muitos deles representam a melhor Art Déco portuguesa e outros estabelecem um extraordinário leque de estilos e referências, do suprematismo a expressões vernaculares.
Antecedendo de pouco a Exposição do Mundo Português, a Exposição-Feira de Angola foi uma iniciativa local e constituiu um empreendimento de escala comparável à de 1940, que traduz a força e a ambição dos interesses económicos e políticos próprios da colónia. Estranhamente, ou talvez não, foi quase sempre ignorada na literatura sobre as exposições coloniais. A dimensão do empreendimento, o seu significado local (político-económico, e talvez em parte associado a a ambições autonomistas), a qualidade do seu programa arquitectónico - e o facto de ele ter revelado o futuro arquitecto Vasco Vieira da Costa - bem como a importância editorial e fotográfica do álbum (um dos melhores photobooks portugueses) justificariam uma grande atenção ao evento.
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Exposição Feira de Angola (1938), Actividade Económica de Angola / Revista de Estudos Económicosde dedicado à — Propaganda e Informação. Ano III. Números 9 a 12 - Março a Dezembro de 1938 (publicação trimestral). Ed. Governo Geral de Angola, Repartição de Estudos Económicos.180 pp. + "gravuras" (isto é, muitas das fotografias do Marques da Costa publicadas no fabuloso Álbum com o mm título). (Ver sumário abaixo*)
Na página da revista em que nomeiam os responsáveis pela Exposição-Feira de Angola lê-se: Chefe da Secção Técnica, Vasco Vieira da Costa. Outros colaboradores: Fernando Batalha, arq. - autor do projecto do Pavilhão Principal, cuja construção dirigiu; João Eugénio de Morim, autor dos projectos dos pavilhões oficiais da provícia de Benguela, do bar-"dancing", e do monumento a Portugal colonizador. Artistas e desenhadores (...).
As publicações Exposição feira de Angola : guia da exposição. Luanda : Agência Técnica de Publicidade, 1938. - 5 p, e Exposição feira de Angola : catálogo geral oficial. - Luanda, 1939. - 25 p. (Sociedade de Geografia) não esclarecem mais sobre a autoria dos pavilhões.
É neste catálogo que o retrato de Vasco Vieira da Costa se publica, logo após os retratos oficiais do Dr. Frederico Bagorro Sequeira e Augusto de almeida Campos, director e director adjunto da Exp.-Feira, e formaram os três "uma comunidade de trabalho", segundo refere num discurso o 1º responsável (p. 60-63), no Boletim Geral das Colónias . XV - 163 [Número especial dedicado à viagem de S. Ex.ª o Presidente da República a S. Tomé e Príncipe e a Angola (II)] PORTUGAL. Agência Geral das Colónias. Nº 163 - Vol. XV, 1939, 628 pags. (ver em especial pp. 45-75) Disponível em formato digital.
A Exposição-Feira de 1938 é referida por José Manuel Fernandes, em "Arquitectura e urbanisno no espaço ultramarino português", História da Expansão Portuguesa, vol. 5, p. 353, apenas devido ao papel não esclarecido de Vasco Vieira da Costa. E de novo em Geração Africana, Arquitectura e cidades em Angola e Moçambique, 1925.1975, Livros Horizonte, Lisboa 2002, p.85.
Fernando Batalha (1908, Redondo - 2012), em África de 1938 a 1983 (JMF, GA 18), morreu recentemente em Lisboa com 104 anos, e com ele desapareceu uma testemunha central deste caso. É também conhecida a contribuição de Vasco Regaleira - Vasco de Morais Palmeiro Regaleira, 1897-1968 - na Exp. de 1938, Luanda, projectando o Pavilhão do Banco de Angola, que cointou com esculturas de Manuel de Oliveira (a obra foi referenciada nas revistas Arquitectos nº 9, ed. SNA, 4/6, 1939, p. 270; e Arquitectura nº 41, 1938, p. 18). Regaleira viria a ser o responsável pelo definitivo Banco de Angola, um pastiche setecentista concluído em 1956 que se tornou um ex-libris da cidade (enquanto o Mercado de Quinaxixe viria a ser demolido...).
No novo livro de Ana Vaz Milheiro refere-se o pavilhão o Banco de Angola da Exp. de Luanda descrito na revista Arquitectura (pág. 165), dando-se também notícia do Pavilhão de Arte Indígena, que "reproduz uma construção típica africana, fixando um tipo que se vulgariza nas sociedades metropolitana e colonial", a partir de imagem da revista Actividade Económica de Angola (pág. 320). Esta surge reproduzida na pág. 345, acompanhada pela atribuição interrogada a Fernando Barata, tal como sucede numa foto do respectivo interior (pp. 356-357). Mas certamente não se justifica essa atribuição, a não ser que surjam provas no seu espólio, depositado em Lisboa, enquanto em Luanda e na Escola de Arquitectura local, de que foi um principais fundadores, em 1979, e director até 1982, se encontram localizados alguns projectos de Vasco Vieira da Costa para a Exposição de 1938.
(*) Sumário do nº da revista Actividade Económica de Angola / Revista de Estudos Económicosde dedicado à Exposição Feira de Angola (1938):
Discurso do governador geral, cor. António Lopes Mateus, na sessão de abertura da Exposição-Feira de angola.
A situação económica de Angola, conf. pelo dr. Moura Carvalho
Angola e o seu destino, conf. pelo dr. Manuel Múrias
Plano de Fomento da Colónia de Angola (Relatório justificativo e bases de aplicação, apresentados ao Conselho do Governo pelo governador geral; Acta da sessão do Conselho de Governo, em que foram discutidos o Relatório e as Bases, Fevereiro e Março de 1936; etc)
A indústria piscatória do sul de A. e Economia da cultura do tabaco em A.
Índice das gravuras: aspectos da inauguração; diversos aspectos parciais; aspectos exteriores e interiores do Pavilhão Principal; aspectos exteriores e interiores de alguns pavilhões e "stands". (Páginas não numeradas) e em especial a página de créditos
Posted at 19:40 in Africa, Angola, Angola 1938, Arquitectura, Luanda 1938 | Permalink | Comments (0)
O coronel António Lopes Mateus, que foi ministro da Ditadura Nacional, governador-geral de Angola e nesse título "determinou" a realização da Exposição-Feira de 1938 em Luanda, não é referido na História da Expansão Portuguesa, vol. 5, apesar das posições revelantes que ocupou e da responsabilidade por essa mesma exposição.
António Lopes Mateus (1877 - 1955) foi ministro do Interior e da Guerra (de 1930 a 1932), activo na fundação da União Nacional, Comandante da PSP de Lisboa (1932-1935) e governador-geral de Angola (1935-1939), depois presidente do Conselho de Administração da DIAMANG e da Comissão das Colónias na União Nacional (década de 1940).
A Exposição-Feira de Luanda não é mencionada no texto final de Francisco Bethencourt, "A memória da expansão", onde se faz uma referência pormenorizada a situações de celebração da presença colonial em exposições nacionais (1934, 37 e 40) e internacionais (22, 30, 31, 37, 39). Tal como (não) acontece no 1º capítulo "O Império colonial salazarista), de Yves Léonard, onde detidamente se refere o papel de Armindo Monteiro na pasta das Colónias (Acto Colonial, 1930; O Mundo Português, 1934, etc).
Ministros das Colónias:
Armindo Rodrigues de Sttau Monteiro (11 de Abril de 1933 a 11 de Maio de 1935), dp Estrangeiros
José Silvestre Ferreira Bossa (11 de Maio 1935 - 18 de Janeiro 1936)
Francisco José Vieira Machado (18 de Janeiro 1936 a 6 de Setembro 1944)
Marcello Caetano (6 de Setembro 1944 a 2 de Fevereiro 1947)
Ferreira Bossa, que se sucedeu a Armindo Monteiro: antes de ser Ministro das Colónias já fora Inspector-Geral da Administração Colonial e, depois de cessar funções como ministro, viria a ser Subsecretário de Estado das Colónias, Director-Geral da Administração Política e Civil do Ministério das Colónias e Governador de S. Tomé e Príncipe, de 1946 a 1947.
À data da Exp-F. era já Ministro das Colónias o dr. Francisco Vieira Machado
Francisco José Vieira Machado (1898-1972), filho do general Francisco José Machado, licenciou-se em Direito na Universidade de Lisboa em 1919. Posteriormente, tirou em Paris um Curso de Ciências Económicas que lhe permitiu ser integrado nos quadros do Banco Nacional Ultramarino e alçar-se a banqueiro de instituições financeiras coloniais. Da sua carreira político-administrativa, durante o Estado Novo, salientou-se no cargo de Subsectretário de Estado das Colónias (desde 20 de Janeiro de 1934 a 1936), de Ministro das Colónias ( entre 18 de Janeiro de 1936 e 6 de Setembro de 1944 ) e de Governador do Banco Nacional Ultramarino (1951-1972). ver: cronica
ver dic. Estado Novo: dir. F. Rosas
A exp. coincide ou articula-se com a 1ª viagem de Carmona às colónias:
Boletim Geral das Colónias . XV - 163 [Número especial dedicado à viagem de S. Ex.ª o Presidente da República a S. Tomé e Príncipe e a Angola (II)]
PORTUGAL. Agência Geral das Colónias.
Nº 163 - Vol. XV, 1939, 628 pags. (em especial pp 45-75) Disponível em formato digital
Foi director da Exp. o dr Frederico Bagorro Sequeira; Augusto de Almeida Campos, director-adjunto, e este ao lado de Vasco Vieira da Costa foram os criadores do certame (formaram os 3 "uma comunidade de trabalho", segundo refere num discurso o 1º (p. 60-63).
Marques da Costa e Carlos Ribeiro participaram na Missão Cinegráfica, p. 231
Posted at 01:27 in Angola, Angola 1938, Arquitectura, Luanda 1938 | Permalink | Comments (0)
Um photobook de 1938, Luanda/Porto: 2º episódio (começou aqui)
Exposição-Feira de Angola, 1938 / Álbum comemorativo da exposição-feira de Angola. Luanda XCMXXXVIII ( 6 e [144] p.). Fotografia (clichés): C. Duarte (Firmino Marques da Costa, n. 1910-?). Reprodução e impressão "Offset" da Litografia Nacional do Porto
Chefe dos serviços técnicos (plano geral e arquitectura?): funcionário aduaneiro Vasco Vieira da Costa, "artista de elevado merecimento" (sic)
desenhado com a luz
Informações
com público
com indígena (e arte)
montagens e composições fotográficas
Fogo de artifício (a última fotografia)
Alvão em 1934 e Mário Novais em 1940 não fizeram melhor.
Será que os negativos estão nos arquivos de Luanda ou foram parar à Torre do Tombo, via Agência Geral do Ultramar, ou perderam-se? (De qualquer modo estas impressões em "offset" de 1938, mesmo com trama, são provas de exposição...)
A exp. esteve aberta de 15 de Agosto a 18 de Setembro de 1938, e segundo o álbum oficial "foi visitada por setenta mil pessoas, aproximadamente". Foi realizado um "minucioso documentário cinematográfico" pela Missão Cinegráfica às Colónias Portuguesas.
Bibliografia: José Manuel Fernandes, Geração Africana, Arquitectura e cidades em Angola e Moçambique, 1925.1975, Livros Horizonte, Lisboa 2002, p.85.
Rui Afonso Santos, texto sobre Art Déco em Portugal, no catálogo Art Déco – Colecção Berardo, What a Wonderful World!, Casa das Mudas, Madeira, 2010/11.
Existe 1 exemplar do álbum na Biblioteca Nacional (em processamento - ?), outro no CIDAC, mais um na Biblioteca da Universidade de Coimbra (estes dois indicados no portal Memória de África). Existe tb na Sociedade de Geografia de Lisboa (não se encontrava registado na base de dados), e entreguei um exemplar na Biblioteca de Arte da FG, ainda sem entrada no Catálogo - nota de Fev. 2013)
Várias centenas de fotografias de reportagem e de documentação da autoria de Firmino Marques da Costa encontram-se no Arquivo Científico Tropical (ACTD) do Instituto de Investigação Científica Tropical (Visita Presidencial de Américo Tomás a Cabo Verde e Guiné Bissau, em 1968, oriundas da Agência Geral do Ultramar) e no Arquivo Fotográfico de Lisboa COL FMC - Firmino Marques da Costa Âmbito cronológico:1940-1960 (Acessibilidade: disponível on-line)
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