Algumas inaugurações escolhidas: Edgar Martins no Museu do Oriente, António Machado de Mendia no Arquivo Fotográfico de Lisboa, Guy Tillin em Serralves, Alexandr Glyadyelov na Galeria Pente 10. Entre outras.
Hoje, 6ª
Até 19 Abril - Entrada gratuita à sexta-feira: 18-22h - www.museudooriente.pt
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3ª, dia 24: o desconhecido António Machado de Mendia e
e uma pequena 2ª mostra didáctica dedicada à apresentação de vários processos técnicos de reprodução de fotografias, com trabalhos de António Novaes, Domingos Alvão e outros, em geral oriundos do espólio de Eduardo Portugal.
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6ª, dia 27
Guy Tillim, Apartment building, Avenue Bagamoyo, Beira, Mozambique, 2008
AVENIDA PATRICE LUMUMBA, de GUY TILLIM
Museu de Arte Contemporânea de Serralves
Inauguração: 27, sexta-feira, 22h00
Comissariado: Ulrich Loock
Depois de David Goldblatt, um outro grande fotógrafo é exposto no Museu. Também nascido na África do Sul e implicado com a realidade da história e do presente africanos. Serralves tem vindo a descobrir outras direcções da fotografia, antes ignoradas pela sua programação
É comum encontrar ruas e avenidas com este nome nos países africanos. Patrice Lumumba foi um líder africano anti-colonialista que lutou pela independência da República do Congo face à Bélgica nos anos 50. Foi preso e assassinado em 1961, na sequência de um golpe de estado, poucos meses depois de ter sido o primeiro líder legitimamente eleito do seu país.
"In many African cities, there are streets, avenues and squares named after Patrice Lumumba, one of the first elected African leaders of modern times, winning the Congo election after independence from Belgium in 1960. His speech at the independence celebrations in Léopoldville, in the presence of the Belgian King, Baudouin, unequivocally signalled his opposition to the West's idea of neo-colonial order that would replace overt domination with indirect control. He was assassinated in January 1961 by Belgian agents after UN complicity in the secession of the provinces of Katanga and South Kasai, and a Western power-supported military coup led by Mobutu Sese Seko. Today his image as a nationalist visionary necessarily remains unmolested by the accusations of abuse of power that became synonymous with later African heads of state.
Guy Tillim embarked on this project as the recipient of the first Robert Gardner Fellowship in Photography granted by the Peabody Museum at Harvard University. Avenue Patrice Lumumba will be shown in 2009 at the Fondation Henri Cartier-Bresson in Paris, France; The Photographers' Gallery in London; Foam Photography Museum in Amsterdam, The Netherlands; and the Serralves Museum in Porto, Portugal. A book has been published by Prestel." Michael Stevenson Gallery, Cape Town - http://www.michaelstevenson.com
"Avenida Patrice Lumumba consiste numa série de aproximadamente 60 fotografias de edifícios modernistas do período colonial em países como Angola, Moçambique, Benin, Madagáscar e Congo, que hoje se encontram degradados e ocupados por uma população que ainda não encontrou a via para uma sociedade sustentável. Antes desses países alcançarem a independência, as potências coloniais ergueram obras arquitectónicas culturalmente descontextualizadas do local onde se encontravam. A sensação de que essa arquitectura não pertence a esses locais ainda hoje se desprende das fotografias de Tillim. Por outro lado, essas imagens falam, de modo tocante, do fracasso das utopias europeias. Falam também das dificuldades hoje sentidas pela população que ocupou esses edifícios, e que tenta aceitar o seu passado colonial e a respectiva herança. Tillim cria, pois, imagens de lugares intermédios, lugares que pairam entre o passado e o futuro num estado de suspensão e incerteza." Serralves
Guy Tillim, Bust of Agostinho Neto, Gabela, Angola, 2008
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Dia 31, 3ª, a partir das 19h
Galeria PENTE 10 – FOTOGRAFIA CONTEMPORÂNEA
ALEKSANDR GLYADYELOV - “THE PRISON WITHIN”
“(...) Alexandr Glyadyelov, polaco de origem e ucraniano de alma, luta, através do seu trabalho como
fotógrafo, para mostrar que nada mudou. A opressão continua na Grande Rússia. Povo endurecido pela revolução de 1917, massacrado durante a Segunda Guerra Mundial, privado de tudo durante os anos da Guerra Fria e a quem foi finalmente dada a ilusão de liberdade depois da queda do muro. (...) Alexandr Glyadyelov faz parte deste povo. Escolhe como sujeitos as crianças abandonadas das ruas de Kiev, os toxicodependentes de Odessa e os esquecidos nos gulagues siberianos do século XXI. Cheirar cola em miúdo, injectar heroína mais tarde, roubar para sobreviver à miserável realidade. Crime e castigo. A expiação do mal interior. A maldição eterna das estepes. A miragem das grandes cidades. Alexandr Glyadyelov regista com humildade e dignidade para nós a Grande
Tragédia Russa. Ele já viu como morrem os camponeses...” Paulo Nozolino, in catálogo da exposição The Prison Within, de Alexandr Glyadyelov.